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Mundo dos Animais
O animal foi resgatado e apreendido em julho pela GNR na Madeira. Foi entretanto devolvido à família, mas o estado de saúde do animal era muito frágil devido ao stress por que passou. Estava “entre a vida e a morte” e, esta quarta-feira, Bores, de 6 anos, acabou por morrer.
Já esta quarta-feira, a Associação Ajuda Alimentar a Cães partilhou nas redes sociais que desde o dia em que o animal foi sedado para regressar a casa “através de um dado tranquilizante, não recuperou”.
“Chegou sedado a casa e durante mais de um dia não acordou e foi levado para uma clínica veterinária de urgência. Desde esse dia foram várias as tentativas do regresso a casa, mas o estado de saúde só tem vindo a piorar. Desde que foi sedado perdeu a capacidade de andar e de comer. Hoje deixou de reagir a qualquer estímulo”, pode ler-se no publicar publicado esta quarta-feira no Facebook.
Na publicação, a associação explica que para família, juntamente com uma advogada, já se encontra a “apurar resp.nsabilidades“ e acusa as “entidades responsáveis” pelo estado de saúde em que se encontra o animal.
“A lei infelizmente desconhece sentimentos e desde o primeiro dia as entidades responsáveis por este caso não fizeram um bom trabalho. O Furos jamais deveria ter saído do local onde sempre viveu, até porque foi levado para um local inadequado.”
Denúncia no Ministério Público fez com que animal fosse retirado à família
Em comunicado, o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) justificou o resgate e apreensão do animal dizendo Que a família não apresentou “qualquer documento” relativo ao animal ou ao seu licenciamento. Explicou, também, que recebeu um relatório médico representantes forenses da dona do lince do deserto a atestar que“para o bem-estar e segurança do animal”, os proprietários “deveriam ficar como fiéis depositários deste”.
No dia seguinte, o IFCN foi notificado pela “entidade instituída como fiel depositário” que não tem disponibilidade para “mandar a guarda do animal selvagem”. Nesse sentido, o lince do deserto voltou, a partir desta quarta-feira, “à guarda dos proprietários” até à conclusão do processo contraordenacional e respetiva decisão final.
O futuro do animal compete agora ao IFCN e ainda não está decidido. A legislação que regula as espécies exóticas só foi adaptada à Madeira em 2023 e permite que se passe licenças especiais aos animais que chegaram à região antes da entrada em vigor da lei.
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