O realizador americano Morgan Spurlock, espargido pelo documentário sobre a McDonald’s, morreu na passada quinta-feira, vítima de cancroem Novidade Iorque. A morte já foi confirmada pela família.
“Foi um dia triste, dissemos adeus ao meu irmão Morgan. Morgan deu muito através da sua arte, ideias e liberalidade. O mundo perdeu um verdadeiro génio criativo e um varão próprio. Estou tão orgulhoso de ter trabalhado com ele”, disse o seu irmão, Craig Spurlock, citado pelo The Guardian.
Morgan Spurlock nasceu a 7 de novembro de 1970, em Parkersburg, nos Estados Unidos da América e morreu esta semana, aos 53 anos. Durante o seu trajectória, candidatou-se três vezes à Universidade do Sul da Califórnia, mas nunca foi aceite. Acabou por se licenciar em 1993, na Universidade de Novidade Iorque.
O realizador ganhou nomeada pelo documentário Super Size Me – 30 Dias de Fast Food, para o qual comeu McDonald’s todos os dias durante um mês, captando o impacto deste tipo de alimento na sua saúde física e mental. Nascente trabalho valeu-lhe uma nomeação para o Óscar de Melhor Documentário em 2004.
Para realizar o documentário, Morgan Spurlock começou também a fazer menos tirocínio, de forma a corresponder à média de atividade física feita pelos norte-americanos. Face à diferença do seu regime fomentar em virtude do documentário, Spurlock ganhou mais de 11 quilos e acabou também por suportar de depressão e de problemas de fígado.
O trabalho do norte-americano não só lançou o debate sobre os problemas associados ao consumo regular de comida rápidauma vez que levou o próprio McDonald’s a deixar de vender a porção gigante de alguns menus.
A curso de Morgan Spurlock foi também marcada pelo documentário Uma direção esses somos nósdivulgado em 2013. Nascente documentário, em 3D, dava chegada a um lado mais “íntimo” dos cinco cantores que compunham a orquestra britânica: Louis Tomlinson, Harry Styles, Liam Payne, Niall Horan e Zayn Malik. O grupo formou-se em 2010 e ganhou nomeada por todo o mundo, mas separou-se seis anos depois.
Mas não fica por cá. O americano realizou também Onde está Osama Bin Laden?, em 2008. O documentário tinha uma vez que objetivo responder a uma das perguntas que mais atormentava os Estados Unidos (antes de ser morto pelas tropas deste país, em 2011).
Em 2017, quando o movimento #MeToo ganhou força, Morgan Spurlock reconheceu ser “segmento do problema”. O norte-americano assumiu que tinha sido culpado de violação anos antesquando estava na universidade, apesar de não ter sido apresentada qualquer queixa nem ter sido ocasião qualquer investigação.
O realizador partilhou ainda que pagou à sua assistente para que esta não avançasse com uma queixa por assédio laboral em virtude de alguns comentários que lhe dirigia. “Quando ela decidiu demitir-se, disse-me que, se não lhe pagasse, ia relatar a toda a gente. Sendo quem era, essa era a última coisa que queria, portanto, obviamente, paguei. Paguei para ter silêncio de espírito. Paguei pelo seu silêncio e cooperação. Supra de tudo, paguei para poder continuar a ser quem era”, admitiu na estação o realizador.