Maio 10, 2025
MUDANÇA DA HORA – Sabia que mudança de hora afeta humor e aumenta riscos para a saúde?

MUDANÇA DA HORA – Sabia que mudança de hora afeta humor e aumenta riscos para a saúde?

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A mudança dos ponteiros do relógio traz “mais riscos que benefícios” devido à súbita exigência de mudança do “tempo interno” das pessoas, colocando em culpa o bom humor, diz Miguel Meira Cruz, presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono.

Miguel Meira Cruz, profissional em Medicina do Sono, não tem dúvidas: a mudança de hora tem impactos negativos na saúde.

“Apesar do impacto ser claramente maior no recuo que exigimos ao tempo em meados de Março, qualquer das direções em que se proceda uma mudança súbita num relógio de adaptação lenta uma vez que o que temos no cérebro, tem prejuízos significativos e potencialmente graves”, explica ao Resumo Executivo.

O profissional afirma que uma hora a mais de sono com a mudança de hora no Inverno pode, em teoria, promover o bem-estar de quem se encontra privado desta premência, sendo o impacto deste favor maior nas pessoas que se deitam mais tarde e tendencialmente se levantam mais tarde.

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“Os matutinos privados de sono, podem suportar mais nos dias subsequentes à mudança para a hora de Inverno”, oferecido que para “além da menor flexibilidade na resposta às mudanças, as condicionantes impostas pelo novo horário afectam o humor”, explica o presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono.

SINTOMAS

Meira da Cruz aponta alguns sintomas causados ​​pela mudança da hora, uma vez que prevalência de alguns tipos de dores de cabeça, nomeadamente a cefaleia hípnica (surto durante o sono) e a cefaleia em salvas (dor muito possante só num lado da cabeça).

Segundo o profissional em medicina do sono, “estas condições são frequentemente desencadeadas por alterações nos ritmos circadiários estabelecidos naturalmente”. Uma vez que a capacidade de alerta da pessoa oscila com o “jaez circadiário” e com o aumento do tempo na trevas, o risco de acidentes também é maior.

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Para o profissional, a mudança da hora “é mais um exemplo do domínio de interesses econômico-financeiros, que vigora no mundo, em detrimento daqueles direcionados à promoção da saúde”. “Efetivamente a mudança proposta originalmente por Benjamim Franklin, perspetivava a rentabilização de pujança luminosa poupando gastos”, mas “em rigor, não só não se confirmaram os ganhos teorizados, uma vez que se tem vindo a desvendar perdas importantes associadas à mudança brusca da hora”, comente.

GRUPOS MAIS AFECTADOS

“Mudar a hora duas vezes por ano pode ser, de facto, bastante nocivo sobretudo para alguns grupos populacionais”, por exemplo, pessoas vulneráveis ​​em relação ao sono, pessoas imunodeprimidas ou pessoas mais velhas. Explicando que o corpo humano tem “milhares de ritmos”, o profissional referiu que existe a premência de que toda a vida nenhum organização “se sincronize”.

“Quando há alguma instabilidade num relógio biológico que nós temos médio, no cérebro, há uma instabilidade nesse maestro, que é o principal relógio biológico, de orquestrar todos os outros relógios biológicos”, disse, acrescentando que a mudança da hora “pode levar a consequências que podem, em algumas situações, ser dramáticas, de facto”.

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Ao Executive Digest, o coordenador da investigação apontou que a discussão da mudança da hora está ligada “essencialmente ao sono”, mas que estas alterações podem ter efeitos, por exemplo, ao nível “da predisposição para o cancro” ou da frequência com que ocorrem episódios cardíacos agudos, uma vez que os enfartes.

“A atitude maior não é exatamente nós mudarmos a hora, porque nos adaptarmos, uns mais depressivos e outros menos depressivos. A questão é que duas vezes por ano ora andamos para a frente, ora andamos para trás, e exigimos que os nossos genes, que são coisas que demoram muitos, muitos anos a ajustar, se adaptam imediatamente. E isso não acontece”, indicou.

Assim, “seguramente era menos perigoso se mudasse uma vez de dois em dois anos”, ou até mais espaçadamente, advogou, afirmando que o passageiro seria a permanência “no horário de Inverno, porque é aquele que mais se coaduna com o horário real do Sol”.

ATENÇÃO – Mudança da Hora

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A hora muda na madrugada de sábado para domingo e Portugal passa a estar no regime de Verão: à 1h00, os ponteiros do relógio andam 60 minutos para a frente e passam a marcar 2h00.

Nos Açores, a mudança é feita à meia-noite e os relógios passam a marcar 1h. “Perde-se” uma hora, que volta a ser recuperada sete meses depois, a 30 de Outubro de 2022.

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Com Executive Digest

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