Março 19, 2025
mundo está “perto” do “ponto de não-retorno” – Observador

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A Rússia está pronta para cessar-fogo na Ucrânia e inaugurar negociações de sossego se Kiev largar a intenção de pertencer à NATO e retirar as tropas das quatro regiões que Moscovo considera terem sido anexadas em 2022. As exigências foram feitas por Vladímir Putin esta sexta-feira, que aproveitou para alertar que a realização da Cimeira da Sossego, no sábado, exclusivamente daria frutos se Moscovo estivesse presente.

“Logo que Kiev (…) iniciar a retirada efetiva das tropas [das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia]e logo que notificar que está a largar os seus planos de aderir à NATO, daremos imediatamente, nesse preciso momento, a ordem para cessar-fogo e para iniciar as negociações” de sossego, garantiu o líder russo. Putin assegurou ainda que, se a Ucrânia cedesse a estas exigências, a Rússia iria prometer a retirada das tropas ucranianas de forma segura. Esta proposta tem uma vez que objetivo uma “solução final” do conflito, admitiu.

As declarações de Putin foram feitas esta sexta-feira depois uma reunião no Ministério dos Negócios Estrangeiros russo. O Presidente russo não estava presente num encontro deste ministério há três anos.

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Neste dia que antecede a Cimeira da Sossego, que terá lugar na Suíça, e onde é esperado que os países discutam sobre possíveis vias para conseguir a sossego na Ucrânia, Putin aproveitou ainda para deixar o alerta: “O protótipo ocidental para a segurança mundial não funciona.” E acrescentou que o mundo está “perto” do “ponto de não-retorno”, por desculpa da “arrogância” e “egoísmo” do Poente.

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[Já saiu o quinto episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui o primeiro episódio, aqui o segundo episódio, aqui o terceiro episódio e aqui o quarto episódio]

E criticou o facto de o evento se realizar sem a participação de Moscovo. “Sem a participação da Rússia e sem um diálogo honesto e responsável connosco, é impossível conseguir uma solução pacífica na Ucrânia e para a segurança da Europa em universal.”

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Líderes do G7 acordam empréstimo de 50 milénio milhões de dólares à Ucrânia pago com juros dos bens russos congelados

Reagindo à decisão tomada pelos líderes do G7 na passada quinta-feira, Putin disse que “o roubo, pelo Poente, dos ativos financeiros russo não passará sem punição”. O líder referia-se à utilização dos juros desses ativos para entregar verba à Ucrânia, financiando o seu esforço de guerra. Na passada quinta-feira, o grupo dos países mais industrializados do mundo concordou mobilizar 50 milénio milhões de dólares (46,3 milénio milhões de euros) para ajudar na reconstrução da Ucrânia, usando os ativos russos congelados.

Para Vladimir Putin, está em desculpa um “roubo”. “Os países ocidentais congelaram secção dos ativos e das reservas de moeda estrangeira da Rússia. E agora estão a pensar numa base lícito para se apropriarem deles definitivamente. Mesmo que embelezemos as coisas, o roubo continua a ser um roubo e não ficará impune“, repetiu. E acrescentou: “Está a tornar-se óbvio para todos os países, empresas (e) fundos soberanos que os seus bens e reservas estão longe de estar a salvo… Qualquer um pode ser o próximo a ser expropriado pelos EUA e pelo Oeste.”

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