Músico de Carolina Deslandes e Bárbara Tinoco chega ao Porto em 2025
A apresentação de “A madrugada que eu esperava” foi cancelada em seguida acidente com um ator. Os bilhetes já estão à venda.

Retrato: Sebastião Ferreira.
Depois um acidente com um ator durante o experiência universal, Carolina Deslandes e Bárbara Tinoco viram-se forçadas a cancelar a estreia do músico “A madrugada que eu esperava”, no Porto. As apresentações da peça com foco no 25 de abril foram reagendadas para 2025, anunciaram as protagonistas esta sexta-feira, 14 de junho.
O espetáculo no Coliseu do Porto será dividido em três sessões. A primeira acontece às 21 horas do dia 26 de setembro, enquanto as restantes vão decurso no dia seguinte, 27 de setembro, às 16h30 e às 21 horas, respetivamente. Os bilhetes já estão à venda online, com preços entre os 15 e os 35 euros.
A promotora do músico, Força de Produção, avançou ainda que os bilhetes comprados para as apresentações canceladas “podem ser trocados para as novas datas nos locais onde foram adquiridos”. Inicialmente, a estreia no Porto estava prevista para os dias 30 e 31 de maio, mas não foi verosímil continuar devido à hospitalização de um membro do elenco.
Trata-se de Dinarte Branco, de 52 anos, mais sabido pelas participações em séries e novelas portuguesas, nomeadamente “Sarau é Sarau”, “Sr. Rui”, “Rabo de Peixe” e “Marco Paulo”.
A história do músico “A madrugada que eu esperava” decorre em Lisboa, entre 1971 e 1975. Olívia e Francisco (interpretado por Diogo Branco) conhecem-se num grupo de teatro amante, que está a produzir uma versão músico de “Romeu e Julieta” e apaixonam-se.
Olívia tem ideais políticos fortes que se refletem na sua oposição à ditadura. Francisco é um rapaz introvertido, sonha ser ator de comédia e vai aos ensaios às escondidas porque o pai não aprova as suas aspirações artísticas. Procurada pela PIDE, por vender livros proibidos pela repreensão, Olívia refugia-se em Paris para evadir à prisão, sem saber que Francisco foi engrandecido para combater na guerra.
Já em França, Olívia canta num bar, enquanto em África, Francisco tenta sobreviver. Encontram-se, anos mais tarde, no dia da Revolução do 25 de Abril.
Escrito por Hugo Gonçalves, o músico protagonizado pelas cantoras lembra que “o recta da Liberdade implica o responsabilidade da memória”. Estreou em fevereiro, no Teatro Maria Matos, em Lisboa, onde esteve em cena até 28 de abril.
No elenco, estão ainda nomes porquê Brienne Keller, Dinarte Branco, JP Costa, João Maria Pinto, Jorge Mourato, José Lobo, Maria Henrique, Mariana Lencastre e os músicos Feodor Bivol, Luís Ténue, Marco Pombinho, Miguel Casais, Rui Pedro Pity e Sandra Martins.
“O nome do espetáculo, tirado de ’25 de Abril’, um dos mais célebres poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen, levanta o véu sobre a história que será levada a palco no ano que em se celebram, precisamente, 50 anos da Revolução dos Cravos”, revelam os produtores.