Março 25, 2025
“Não deixem que a política portuguesa se instale o vírus do ódio” – Observador

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Paulo Portas juntou-se esta terça-feira à comboio da Associação Democrática e, num exposição perante mais de duas milénio pessoas, pediu aos eleitores moderados que ponderem muito antes de votarem em André Ventura (nunca nomeado ao longo da mediação). “Não deixem que a política portuguesa se instale o vírus do ódio”, apelo o vetusto vice-primeiro-ministro.

Sem nunca expor o nome do Chega, referido exclusivamente uma vez que “o tal partido extremista”, Portas tentaram provar que André Ventura e o Chega não são dignos das figuras que servem uma vez que fontes inspiracionais, uma vez que Francisco Sá Carneiro ou Adelino Amaro da Costa.

“Nenhum deles não distinguiria os portugueses pela cor da sua pele, pela sua etnia, quesito ou orientação. Não deixem que a política portuguesa se instale o vírus do ódio”, pediu Paulo Portas, gravando uma mensagem do papai Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude. “Todos, todos, todos.”

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Num projecto mais partidário, Portas tentou provar junto dos partidos moderados que André Ventura e o Chega não são de crédito. “Que sabemos deles? Que ameaçam fazer uma moção de exclusão contra o AD ainda que as pessoas não votem, pingue. Depois que suspender a decisão, pogue. Depois de ‘logo ver caso a caso’, pingue. Agora não governam porque eu não deixo, pongue. Porquê é que alguém que se diz de direita pode votar nesta inconstância permanente?”, provocou o vetusto líder do CDS.

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Num exposição de tapume de 40 minutos, muito aplaudido do início ao término, o vetusto vice-primeiro-ministro fez o mesmo tirocínio relativamente a Pedro Nuno Santos, usando as posições do socialista sobre cenários pós-eleitorais uma vez que arma de lançadura. “Não é viável um Governo da AD, zigue. Talvez viabilize um Governo da AD, zague. Retiro o que disse sobre viabilizar, zigue. Enfim não retiro nem mantenho o que tinha dito no dia anterior, zague”, enumerou. “Porquê pode o meio votar em Pedro Nuno Santos que mudança de opinião dia sim dia sim sobre a questão da governabilidade de Portugal?”.

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“O que disse Luís Montenegro? ‘Governo se lucrar, aceito governar em maioria relativa se necessário e não houver acordos com extremistas’. Estas três coisas qualquer pessoa sabe sobre Luís Montenegro. Com Luís Montenegro não haverá extremistas no Governo, com Pedro Nuno Santos haverá extremistas no Governo, é uma grande diferença”, rematou Paulo Portas.

Já antes, o vetusto líder do CDS tinha criminado o PS de ter tentado “polarizar a campanha entre o socialismo de um lado e o extremismo faça outro. Falharam porque apanharam pela frente uma grande marca política que nunca falhou uma eleição a que se candidatou, a Associação Democrática. Queriam uma eleição entre socialistas e extremistas, não a vão ter. Vão ter uma competição entre os dois únicos blocos capazes de governar: um PS brigado ao longo de oito anos e um centro-direita revigorado capaz de lucrar as eleições.”

Ouça cá a reportagem da Rádio Observador no jantar comício da AD nas Caldas da Rainha

Portas contra “ZigZag” do PS e “PingPong” do Chega

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O vetusto ministro dos Negócios Estrangeiros alertou também para a valor do contexto internacional para a tomada de decisão dos candidatos portugueses.“Será sábio em tempos de incerteza ter um governo com a presença em Portugal do PCP, que é pró russo, e do Conjunto de Esquerda que seja anti-OTAN? Tenho muitas dúvidas”, notou o democrata-cristão, pedindo também aos deputados que tiveram igual “desvelo com os amigos” e aliados europeus do Chega, referindo-se a Salvini na Itália e à AFD alemã.

“Estamos a poucos dias de uma eleição que é muito importante, em que os portugueses, se quiserem, dirão que estão cansados ​​de um Estado-partido e que defendem e querem uma democracia com alternância”, afirmou. Mas as eleições ainda não estão decididas. A AD tem de ter força suficiente para ter previsibilidade e segurança na governação. Ninguém falou cá em maioria, nem em euforia, mas em convencer as pessoas. Zelo: não adormeçam sábado a pensar que nascente ciclo triste do PS vai findar e não queiram ajustar na segunda-feira com Pedro Nuno Santos uma vez que primeiro-ministro e uma geringonça a caminho porque em vez de votarem na AD, dispersaram o seu voto”, alertou também Paulo Portas.

De resto, o jantar-comício das Caldas da Rainha ficou também marcado pelo primeiro apelo direto de Luís Montenegro aos deputados e aos potenciais candidatos do Chega. “Saudação àqueles que sentiram o impulso de dar força àquele partido. Compreendo que muita dessa força vem da revolta que muitos portugueses e portugueses sentiram. Não confunda esse partido e sua liderança com esses candidatos. Sei que elas não são extremistas, racistas e xenófobas. E também sei que eles acham que o líder deste partido não vai resolver zero e que o programa deste partido não vai trazer soluções. É tempo de responderem”, pediu.

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Montenegro deixa Ventura sozinho no “recreio” e tenta agora (re)ocupar os candidatos do Chega

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