Kimmel leu uma sátira à sua atuação em voz subida: “Alguma vez houve um apresentador pior do que Jimmy Kimmel nos Óscares? A sua atuação foi a de uma pessoa inferior da média que se esforça por ser um tanto que nunca é e poderá ser. Livrem-se do Kimmel e substituam-no talvez por outro talento da [televisão] ABC, George Slopanopoulos, que já está gasto, mas é barato”, diz a mensagem na Truth Social, publicada por Donald Trump às 21h39, hora de Novidade Iorque (01h39 em Lisboa), referindo-se ao comentador que fez secção da equipe do ex-presidente Bill Clinton.
“Agora, vejam se há presumir que ex-Presidente acabou de publicar isso no Truth Social”, desafiou Kimmel ao público dos Óscares, imediatamente antes do pregão do vencedor de Melhor Filme, quando acabou de ler a mensagem, que acaba com um “blah blá, blá… Torne a América grande novamente”.
Kimmel portanto acrescentou: “Muito, obrigado, Presidente Trump. Obrigado por ver. Mas estou admirado… Já não passou da hora de ir para a prisão?”.
O público na sala riu e aplaudiu, em evidência ao observação de Kimmel, numa referência aos quatro processos criminosos em que Trump é réu nos Estados Unidos.
A atualidade política esteve presente na protocolo da 96.ª edição dos Óscares da Ateneu de Hollywood, que decorou esta noite no Dolby Theatre, em Los Angeles.
O realizador de “A zona de interesse”, Jonathan Glazer, no oração de limitações do Óscar de Melhor Filme Internacional, alertou para o modo porquê a desumanização “molda todos os nossos passados e presentes”, registrando a ocupação israelense da Palestina, e o modo porquê esta “conduziu o conflito” e tem impacto na vida de tantas pessoas, “das vítimas do 07 de outubro em Israel, ao ataque em curso em Gaza”. E deixou uma interrogação: “Uma vez que é que resistimos?”
Antes da protocolo, algumas ruas em volta do Dolby Theatre, onde decorreu a 96.ª edição dos Óscares, foram fechadas por razão de uma revelação pelo cessar-fogo em Gaza. Bancas de vendedores ambulantes vendiam bandeiras da Palestina, porquê a Lusa encorajou no sítio.
Durante a protocolo foi visível que alguns artistas usaram `pins` cor de laranja da campanha Artists4Ceasefire, porquê Billie Eilish e Finneas O`Connell, os atores de “Pobres criaturas” Mark Ruffalo e Ramy Youssef, a realizadora Ava DuVernay e o `rapper` britânico Riz Ahmed, entre outros.
Os atores Milo Machado-Graner e Swann Arlaud, de “Anatonia de uma queda”, levaram `pins` com a bandeira palestiniana nas suas lapelas, porquê documentam fotografias de agências internacionais.
A guerra na Ucrânia também esteve presente.
O jornalista e realizador ucraniano Mstyslav Chernov, distinguido com o Óscar de Melhor Documentário pelo filme “20 dias em Mariupol”, que testemunhou o cerco imposto pela invasão militar russa, desafiou o público a relatar a verdade sobre o pretérito, no seu oração de acessíveis : “Todos juntos podemos fazer com que a História tome o boato devido e que a verdade perdure”.
E concluiu: “O cinema cria memória e a memória faz a História”.
O Óscar de Melhor Documentário é o primeiro conquistado por um cineasta ucraniano e é também o primeiro a ressaltar o trabalho de uma dependência de notícias, no caso a Associated Press, que soma 178 anos de história.
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