Iolanda, Marisa Liz, Gisela João, Nuno Markl, Bárbara Guimarães ou Sara Barradas são algumas das personalidades do entretenimento e cultura que se juntaram, nos últimos dias, para uma campanha online de sátira ao atual presidente da Reunião da República, José Pedro Aguiar-Branco.
Em razão está a resposta que Aguiar-Branco deu, esta semana, a Alexandra Leitão, líder parlamentar do Partido Socialista: na sequência de uma frase proferida pelo líder do Chega, André Ventura, que afirmou que o povo turco “não é propriamente divulgado por ser o povo mais trabalhador do mundo”, a deputada socialista questionou Aguiar-Branco: “Se uma determinada bancada disser que uma determinada raça ou determinada etnia é mais burra ou mais preguiçosa ou menos digna, também pode?”
“No meu entender, pode”, respondeu o presidente da Reunião da República, motivando um coro de críticas. No Instagram, são vários os nomes que partilharam uma imagem de um fundo preto com a mensagem “não, não pode”, manifestando-se contra a resposta dada por Aguiar-Branco.
No Instagram, o radialista e humorista Nuno Markl, uma das vozes que se insurgiram contra a posição do presidente da AR afirmou: “Neste dia em que, felizmente, tantos ‘não, não pode’ encheram o Instagram, valeu a pena também ler o que diz o Código Penal (cláusula 240, número 2, alínea b): ‘Quem difamar ou injuriar pessoa ou grupo de pessoas por razão da sua origem étnico-racial, origem vernáculo ou religiosa, cor, nacionalidade, prosápia, território de origem, religião, língua, sexo, orientação sexual, identidade ou sentença de género ou características sexuais, deficiência física ou psíquica l…]é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos.’”