País
Estas eleições são sobre a Europa, “mas também sobre nós próprios”, lembra o Presidente da República.
O Presidente da República fez esta noite uma enunciação ao país para recorrer ao voto dos portugueses nas eleições europeias, nascente domingo, defendendo que “não votar é meter a cabeça na areia” e perder “por falta de comparência”.
“Leste voto é muito dissemelhante de 2019”, antes da pandemia e da guerra na Europa, começou por lembrar Marcelo Rebelo de Sousa. “Vivemos o que sabemos ser a situação mais grave na Europa nos últimos 30 anos”.
O dirigente de Estado lamenta que os portugueses “liguem de menos” a estas eleições que “sendo sobre a Europa, são também sobre Portugalsobre nós próprios, a nossa democracia, as nossas condições de vida, a nossa circulação, as nossas comunidades na Europa”.
“Agora o que está em culpa é uma guerra”, lembra Marcelo. “Não podemos fazer de conta de que não há guerra, que nos é indiferente (…) que não nos toca a todos nos preços, nos salários, no serviço, na incerteza sobre o nosso horizonte.”
“Não votar é metermos a cabeça na areia e perdermos por falta de comparência. Em vez de dizermos o que queremos, de darmos mais força aos nossos representantes na Europa, de darmos mais força à Europa no mundo.”
O Presidente da República destaca ainda que mais de 225.000 eleitores portugueses já votaram antemão para as eleições europeias. E que é provável votar em mobilidade nascente domingo, ou seja, em qualquer troço de voto do país.
“Vale a pena, desta vez, ainda mais do que nunca, mostrar que o voto é uma arma, uma arma de liberdade, uma arma de democracia, uma arma de sossego, arma que não existia até 1974. Desperdiçá-la é desperdiçar uma oportunidade ainda mais única de construirmos o nosso horizonte. Usá-la, neste momento – nos 50 anos do 25 de Abril e, sobretudo, num momento crítico para a Europa, para Portugal e para todos nós – é mais importante, é mais necessário, é mais urgente do que nunca.”
Portugal elege 21 dos 720 deputados ao Parlamento Europeu, eleitos por 5 anos.