O Executivo de Luís Montenegro decidiu assim seguir a recomendação da Percentagem Técnica Independente, considerando que esta avaliação foi “imprescindível e a forma adequada para desbloquear o processo”.
“Nem era uma precipitação irresponsável nem um dilação passivo”, disse Montenegro, acrescentando que que estas decisões, “apesar de rápidas, são ponderadas, fundamentadas e estratégicas para o horizonte de Portugal”.
“Alcochete, em privado, garante margem de expansão física, disposição de procura até praticamente o triplo da atual, a salvaguarda da manutenção e do propagação verosímil do eixo da TAP em Portugal, o fomento da capacidade intermodal de todo o nosso sistema de transportes”, continuou. Estima-se que o novo aeroporto terá um dispêndio aproximado de oito milénio milhões de euros e levará dez anos a permanecer concluído. Até lá, vão ser feitos investimentos para que o atual Aeroporto Humberto Fino aguente a pressão.
Para além da localização do novo aeroporto, o Governo determinou também o desenvolvimento de um projecto de obras no aeroporto Humberto Fino e mandatou a Infraestruturas de Portugal para concluir os estudos necessários para a construção da terceira travessia do Tejo e da relação ferroviária de subida velocidade de Lisboa até Madrid.
A obra deverá estar concluida dentro de dez anos e o o Governo quer que seja financiada sem verba do Orçamento do Estado.
ANA Aeroportos “inteiramente disponível para trabalhar nas soluções apresentadas pelo Governo”
A ANA Aeroportos tem agora três anos para apresentar o projeto final do novo aeroporto.
“A ANA – Aeroportos de Portugal reitera o seu compromisso com o desenvolvimento do setor aeroportuário vernáculo em mercê do turismo e da economia e está inteiramente disponível para trabalhar, no subitâneo, nas soluções hoje apresentadas pelo Governo”, anunciou.
Esta representa uma mudança de posição por segmento da ANA Aeroportos, que anteriormente tinha considerado a solução de Alcochete “muito ambiciosa” e que não resolvia os problemas do transporte alheado a pequeno prazo. A concessionária dos aeroportos tinha manifestado publicamente a sua preferência por Montijo, para o qual chegou a apresentar um projeto.
A concessionária considera agora que a decisão do novo aeroporto inclui o aumento da capacidade do atual aeroporto Humberto Fino, até à ingressão em funcionamento da novidade infraestrutura, que visa continuar a desenvolver a conetividade aérea de Lisboa.