Hot News
“Sei perfeitamente que não estava preparado em termos de pernas, mas sim em termos psicológicos. Já sabia que ia sofrer, mas maratonista é assim mesmo”, confidenciou Nuno Lopes, em declarações à agência Lusa, após ter cortado a linha de chegada no Queimódromo.
O atleta do 3 Santos Populares obteve um inédito título após 2:20.29 horas, ficando à frente de Carlos Costa (Vizela Corre), com 2:21.24, e João Fernandes (Areias de São João), com 2:22.07, para suceder José Sousa, vencedor das duas últimas edições Campeonato de Portugal.
Os três portugueses mais rápidos fecharam o top-10 da classificação geral, que foi dominada pelo ugandês Abel Chelangat, ao completar o percurso de 42,195 quilômetros em 2:10.01 horas.
“Vou ser honesto: eu queria correr mais rápido. Tentei me apoiar no grupo dos portugueses, porque sabia que tinha pessoal para me ajudar. Vi que era impossível tentar fazer a marca que eu queria, devido ao vento. Eu deveria ter arriscado com os quenianos, mas geralmente ficamos naquele ‘se’”, ressaltou.
Nuno Lopes, de 37 anos, recebeu a medalha de ouro das mãos de Domingos Castro, recém-eleito presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), entidade responsável pela organização dos Nacionais de maratona, que foram incluídos este ano no evento portuense.
“A maratona não é para todos e leva muito o corpo ao limite se as pessoas não estiverem preparadas. A cabeça manda nas pernas e, por isso, cheguei muito fácil a 36 ou 37 quilômetros, mesmo levando vento contra. Além de saber que horas o vento se mete aqui, treino bem cedo e conheço esse percurso. Já não tinha mais nada [para dar] aos 40 quilômetros, mas tudo estava medido psicologicamente e eu sabia o que tinha que andar até o final”, lembrou.
O corredor do 3 Santos Populares ficou distante da melhor marca pessoal, de 2:13.41 horas, fixada em 2022, em Valência, Espanha, numa edição em que a Maratona do Porto celebrou 20 anos com o regresso ao trajeto de 2022, ao substituir a passagem de Vila Nova de Gaia por Leça da Palmeira, abdicando da habitual travessia sobre o rio Douro pela Ponte D. Luís I, devido às obras de construção da Ponte D. Antónia Ferreira.
“Dou os parabéns ao Jorge Teixeira [diretor-geral da Runporto, entidade organizadora do evento]porque é um percurso fantástico e plano. Se os atletas portugueses se prepararem bem e não tiver o vento de hoje, eles conseguem fazer uma grande marca”, avaliou.
Laura Grilo (Praças da Armada) também conquistou o Campeonato Brasileiro pela primeira vez, ao suceder Célia Barbosa com a 104ª posição geral, e quinta no setor feminino, dominado pela queniana Naom Jebet, com 2:30.00 horas.
“É uma prova linda de se fazer. Diferente da Maratona de Lisboa, tem muito público em todo o percurso, o que é muito bom. Dá para sentir um pouquinho o vento e não é exatamente plana como vendem. A última subidazinha me matou completamente, mas foi espetacular”, comentou, em declarações à Lusa.
Laura Grilo gastou 2:54.08 horas e melhorou as 2:57.04 cronometradas em 06 de outubro em Lisboa, onde também tinha sido a atleta nacional mais rápida, deixando para trás Patrícia Carreira (Espite), com 3:01.12, e Elisabete Nunes (Salgueiros ), com 3:14.09.
“[O tempo] Está na média. Em Lisboa, foi um pouco mais difícil, porque tinha menos público e isso reflete no ânimo e na corrida. Isso é muito mais mental do que só físico”, reconheceu, após a estreia no evento porto-alegrense, que reuniu cerca de 7 mil participantes e aconteceu simultaneamente a uma corrida solidária de 10 mil metros e uma caminhada de seis quilômetros, sem fins competitivos ou limite de idade .
Siga-nos nas redes sociais:
Hotnews.pt |
Facebook |
Instagram |
Telegram
#hotnews #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual