Esta terça-feira com o início da novidade legislativa, marcou também o volta do CDS-PP ao Parlamento, depois dois anos de privação. A placa do gabinete do partido no Parlamento, que tinha sido retirada, foi hoje reposta e inaugurada numa novidade localização, um momento que contornou com emoções à flor da pele.
Vários rostos históricos do partido centrista presentes para assinalar o momento, incluindo Paulo Portas, que ficou com lágrimas nos olhos aos ser revelado a sinalética que agora volta a figurar nos corredores da Plenário da República.
Entre palmas, abraços e palmadas nas costas, o segundo dia foi “histórico”, sublinhou Nuno Melo.
“É um momento histórico emotivo e com enorme simbolismo. O CDS é um partido fundador da democracia, e vamos comemorar 50 anos do 25 de Abril, não será coincidente, a volta ao Parlamento depois de um pequeno interregno”, declarou, estabelecendo que a placa agora reposta “encerra uma história”, que “ não se mede” pelo período em que esteve ausente, mas por “todas as páginas escritas” na Europa, nas autarquias locais, nas regiões autónomas.
Questionado sobre o facto de a IL não integrar o Governo que o PSD irá formar com o CDS, Nuno Melo afirmou: “Só me interessa o CDS. O CDS está neste Governo, ajudou à vitória, hoje é um dia histórico. Onde o CDS estiver, a direita será poderoso.”
O líder centrista ainda aproveitou para agradecer a todos os ex-presidentes do partido.
Recorde-se que, depois não ter eleito nenhum deputado, e permanecer fora do parlamento, nas legislativas de 2022, o CDS apresentou-se nas legislativas deste ano em coligação com o PSD e PPM, na Coligação Democrática (AD). A AD venceu as eleições de 10 de março e o líder do PSD foi indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República. Luís Montenegro apresenta o seu Governo em 28 de março e a posse está prevista para 2 de abril.
No novo parlamento, o PSD terá 78 deputados (mais um que na anterior legislatura), o PS também 78 (menos 42), o Chega sobe de 12 para 50, a IL mantém os oito deputados e o BE os cinco que já tinha, enquanto o PCP desce de seis para quatro. O Livre cresce de um para quatro e o PAN mantém a sua deputada única. O CDS-PP regressa ao parlamento com dois deputados – foi oriente o tratado a que chegou com o PSD.
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