Nuno Melo, o novo ministro da Resguardo: velho Polícia Militar, colecionador de armas, deputado “brigadão”

Nuno Melo tem um conjunto de características que, à partida, podem deleitar aos militares: cumpriu o Serviço Militar Obrigatório e foi comandante de pelotão, deu instrução uma vez que alferes e exerceu uma vez que Polícia Militarsabe menear vários tipos de armas – aliás, coleciona armas de caça e armas antigas – é líder de um partido e tem esse peso político (apesar de não ser ministro de Estado e de o CDS ser hoje mais júnior do que no tempo de Paulo Portas, depois de ter renovado dois deputados na bojo de arrendamento do PSD).

No campo da linguagem, não será necessário se adequar para compreender e falar o jargão militar. Tem larga experiência internacional no projecto europeu, foi eurodeputado durante 15 anos, e poderá ter a sensibilidade para tentar convencer o primeiro-ministro a atingir mais cedo os 2% de investimento em Resguardo comprometida com a NATO e que o Governo de António Costa adie nascente ano para 2030. Em tempo de guerra na Europa, essa será uma das questões a determinar, uma vez que Luís Montenegro não se comprometa em estugar os novos prazos na campanha eleitoral .