Setembro 29, 2024
o bicho de palco que veio falar de política — e pôs o Rock in Rio a vibrar – NiT

o bicho de palco que veio falar de política — e pôs o Rock in Rio a vibrar – NiT

Macklemore: o bicho de palco que veio falar de política — e pôs o Rock in Rio a vibrar

Subiu ao Palco Mundo para tutelar a desculpa palestiniana e, pelo caminho, deu um dos melhores concertos desta edição do festival.

Um dos melhores concertos do Rock in Rio.

Macklemore subiu ao Palco Mundo jubiloso e bem-disposto, a trovar o “recta de cada um a amar quem quiser amar”. Uma exemplar do que aí vinha — e veio muito.

Possuidor de uma robustez contagiante e uma capacidade de produzir empatia com o público uma vez que poucos, o rapper norte-americano não veio exclusivamente pungir o ponto. Veio ao Rock in Rio com uma mensagem e, no término, do segundo tema disse logo ao que vinha. “Nos últimos oito meses, o que tem estado na minha mente e no meu coração é o povo da Palestina“, atirou.

“Estamos cá para nos divertirmos, para aproveitar, mas está a intercorrer um genocídio no mundo. Não podemos olvidar isso — a nossa liberdade depende da liberdade da Palestina”, sublinhou. O momento foi solene — tanto quanto poderia ser, com 50 milénio pessoas de braços no ar, a tomar cada termo de Macklemore, — quer concordassem ou não. Embora se tenham visto as palavras “Free Palestine” em alguns cartazes.

A seguir, chegou “Hind’s Hall”, o single que lançou de surpresa a 6 de maio, profundeza em que se tornou principalmente vocal em resguardo do povo palestiniano. O título do tema de espeque aos protestos estudantis pró-Palestina que estão a decurso em todo o mundo, principalmente nos EUA, é uma homenagem à Hind Rajab, uma rapariga de seis anos morta pelo tropa israelita a 29 de janeiro.

A melodia de protesto sobre a guerra Israel-Hamas de Macklemore, tem sido descrita uma vez que um “hino contundente e uma raridade numa era de música apolítica”.

Esta não foi a primeira vez que o rapper aproveitou o palco para tutelar a desculpa. Esta sexta-feira (21), atuou em Espanha, no festival Marenostrum, em Fuengirola (Málaga) — e, a dada profundeza, desceu ao público e agitou vigorosamente uma bandeira da Palestina.

No início do mês, a 1 de junho, durante um concerto em Monchengladbach, na Alemanha, também se referiu ao conflito no Médio Oriente. E fê-lo abordando um tema quebrável naquele país e que raramente é referido em público por um artista da dimensão de Macklemore.

“Nunca haverá reparações para o Sacrifício. A única maneira de podermos expiar o nosso pretérito hoje é levantando-nos contra o apartheid, contra a ocupação e contra o genocídio pela Palestina livre. Essa é a única maneira”, afirmou diante de uma povo de 19 milénio pessoas.

Levante sábado, eram mais — 50 milénio, uma vez que não se cansou de repetir, mas nem por isso foi menos incisivo. Geopolítica à segmento, uma coisa é certa: aos 41 anos, Macklemore é um verdadeiro bicho de palco que não pára um minuto e não dá sota ao público.

Ainda se ouviam os acordes de “Dance Off” quando resolveu invocar duas pessoas do público, que estivessem “dispostas a dançar”. O casting-relâmpago tinha alguns requisitos.

“Quero pessoas que SAIBAM realmente dançar, não quero ninguém que tenha estado a tomar”, clarificou. Em seguida uns minutos de vacilação, as candidatas escolhidas subiram ao palco (foram ajudadas pelos seguranças a saltar a barreira).

Matilde do Porto, que segurava um papeleta que dizia: “Let me dance with you. Dance off?”, e Beatrice, 11 anos, tiveram 20 segundos cada uma para mostrar o que valiam. Ambas em êxtase.

“Dançaram frente a 50 milénio pessoas SOZINHAS, aplaudam!”, gritou Macklemore, velho rabi de cerimónias, que sabe uma vez que manter o público ao rubro.

Entre muitos agradecimentos a “Portugal, Portugal”, mais uma injeção de robustez. Chegou o momento “Glorious”: parece que faz tudo, canta, dança, simula flexões.

Seguiu-se “Good Old Days”, o público canta a plenos pulmões, e Macklemore apresenta a orquestra — e, verdade seja dita, é um reconhecimento mais do que justo. Sem eles, principalmente sem os back vocals da “Kamila from LA”, o show seria outra coisa, muito mais morna.

Já no encore, “cá é quando costumo despedir-me, vou para os bastidores, uma vez que e enrolo-me em posição fetal”, oferece mais um hit à povo, “Can’t Hold Us”, do álbum “The Heist”, de 2012, com o qual ganhou reconhecimento internacional.

Uma vez que não poderia deixar de ser, voltou a interromper a público — de 50 milénio pessoas, repetiu mais uma vez: “Obrigada por mostrarem que é preciso chegar. PAZ, PAZ, PAZ. FREE PALESTINE”

No minuto seguinte andava nos braços da povo, um pouco cada vez mais vasqueiro nos grandes concertos (e nos festivais em pessoal). “Os meus amigos chamam-me Ben, por obséquio chamem Ben também. Estou ansioso para voltar”, gritou.

Um sentimento partilhado pelas 50 milénio almas que ali estavam. Mackelmore, das quais nome verdadeiro é Benjamin Hammond Haggerty, deu um dos melhores concertos desta edição do Rock in Rio.

Carregue na galeria e veja mais imagens do espetáculo que deixou o público a pedir mais.

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