O Verão no Hemisfério Setentrião começa esta quinta-feira às 21h51 (hora de Lisboa) com o solstício de Junho e terminará no equinócio de Setembro (no dia 22), que marcará o início do Outono. Com o solstício de Junho chega também o dia mais longo do ano e, consequentemente, a noite mais curta, no Hemisfério Setentrião.
Segundo uma publicação do Observatório Astronómico de Lisboa, os solstícios correspondem a “pontos da eclíptica em que o Sol atinge as alturas [distância angular] máxima e mínima em relação ao equador, isto é, pontos em que a declinação solar atinge extremos: máxima no solstício de Verão [+23° 26′] e mínima no solstício de Inverno [-23° 26′]”.
“A termo de origem latina [solstitium] associa-se ao facto do Sol travar o movimento quotidiano de encolhimento ao projecto equatorial e ‘estacionar’ ao atingir a sua posição mais subida ou mais baixa no firmamento sítio”, acrescenta a nota.
O maravilha é comemorado em todo o mundo, nomeadamente no famoso sítio pré-histórico de Stonehenge, em Inglaterra, cujos monólitos foram esta quarta-feira pulverizados com tinta por activistas da organização ambientalista Just Stop Oil.
Numa publicação no Facebook, o geólogo António Galopim de Roble destaca que oriente é um “momento privativo da posição do Sol, no seu movimento aparente”. “Solstício ou ‘Sol que não se mexe’ [do latim ‘solis’ e ‘sistere’] é o momento em que, durante o seu movimento aparente, o astro-rei atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da risca do equador. Saiba-se que o termo latino ‘parar’ faz referência ao facto de que, visto da Terreno, o Sol parece parado, mantendo uma posição fixa ao nascer e ao se pôr, o que acontece durante qualquer tempo”, acrescenta a publicação.
Galopim de Roble lembra ainda que existem sempre dois solstícios por ano — no Hemisfério Setentrião, ocorre o de Verão (esta quinta-feira às 20h51) e o de Inverno (em Dezembro).
O geólogo frisa ainda que o solstício de Verão “marca o início da estação mais quente do ano” e “tem o dia mais longo e a noite mais breve”. “No de Inverno, pelo contrário, teremos o dia mais limitado e a noite com mais horas e minutos.”
Já no Hemisfério Sul, refere Galopim de Roble, “o maravilha é simétrico ou, dito de outra maneira, tudo se passa ao contrário”.