Era suposto estar a viver o momento mais empolgante da curso, ao interpretar um dos papéis principais da produção de Fantasma na Broadway, mas as coisas não começaram a decorrer porquê Da’Vine Joy Randolph tinha sonhado. Tinha perdido a voz e não conseguia, de forma nenhuma, voltar a tê-la a 100%. Sentia-se deprimida, perdida e uma piada de mau sabor. Notório dia desse ano de 2012, entrou num moca trivial da rua 49, em Novidade Iorque. “Estava tão perdida em meus pensamentos que não percebi que o Al Pacino estava a três mesas de intervalo. Ao longo da repasto os nossos olhos cruzavam-se, acenávamos educadamente e voltávamos aos nossos pensamentos”, história numa publicação que fez no Instagram no final de 2019.
Quando estava de saída, o ator veterano convidou-a sentar-se na mesa dele e recolheu as preocupações dela porquê “um velho companheiro”. Depois, disse-lhe: “Ao subirmos a escada desta coisa a que chamamos vida, temos visibilidade do que está no horizonte. […] Vais perder pessoas e coisas pelo caminho e doi, mas é assim mesmo. Mas, a formosura é que, enquanto estiveres na escada, o real vai sempre considerar o real e vai alinhar-te com as pessoas e as oportunidades certas”.
12 anos depois, tudo parece estar desempenado para a atriz de 37 anos, que acaba de vencer o Óscar de Melhor Atriz Secundária graças à tradução de Mary Lamb em Os Excluídos.
É vista porquê a revelação do ano, mas já anda no meio há mais de uma dez e no currículo tem vários projetos conhecidos. Antes de percorrer a lista, é preciso esclarecer a forma correta de pronunciar o nome dela. Da’Vine (lê-se “deiváine”) Joy Randolph foi assim batizada pelos pais, Joyce e Michael, por ter sido uma “divine joy (alegria divina)” o seu promanação em 21 de maio de 1986 — há sete anos que o parelha tentava ter filhos.
Cresceu em Mount Airy, Filadélfia, onde brincava na rua a toda a hora, porquê qualquer garoto dos anos 90. “Havia uma carrinha de gelados que passava por lá. Tinha uns granizados e uns pretzels de queijo muito bons. Mas, problema: passamos sempre por volta das 17h, antes do jantar. Era o maior pesadelo dos pais”, recordou numa entrevista à Phily Mag.
Adorava ir a museus, porquê o Art Museum e o Please Touch Museum, e, apesar de viver agora em Los Angeles, continua a ir a vivenda durante as épocas festivas para estar com a família (tem também uma mana mais novidade) e a ser a adepta dos Eagles (equipa de futebol americano).
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Queria ser cantora desde cedo e, quando foi para a Universidade Temple, foi para estudar Ópera e Performance Vocal Clássica, vertente que surgiu de forma curiosa.
“Conheci uma mulher num concerto de Natal da igreja. Eu realmente não queria trovar ópera, mas ela viu um tanto em mim. Começou a contar-me que as cantoras de ópera viajavam pelo mundo, eram amadas e elogiadas, os homens suspiravam por elas, e havia os vestidos… Eu pensei: ‘Inscrevam-me, é o trabalho para mim!”, perímetro ao O guardião.
No primeiro ano em Temple acabaria por mudar para Teatro Músico. Seguiu-se a Yale School of Drama, onde concluiu um mestrado, e na Universidade de Oxford, Inglaterra, passou um verão a estudar Shakespeare.
Yale foi a sua primeira verdadeira audição porque “era um bebê, não sabia zero de representação”, confidenciou ao podcast Agindo com Cortney Wills. A cada duas semanas ia ao gabinete do diretor e chorava. Tinha susto de ser um estereótipo. “Isso me assustava. O veste de ser uma mulher negra e curvilínea era, de alguma forma, uma maneira de não ser levada a sério”, disse. Sentia que só lhe estavam reservados “papéis cômicos ou ser o objeto da piada”.
Em 2011 fez um casting para ser atriz substituta no espetáculo da Broadway, Fantasma: o Músico, subindo exclusivamente ao palco se houvesse qualquer contratempo com a atriz que deveria interpretar Oda Mae Brown. Os produtores perceberam logo que seria um desperdício e ofereceram-lhe o papel — com o qual viria a ser nomeado para um Tony, os prémios mais importantes do teatro nos EUA. A produção só teria início em 2012, mas, na versão que já estava em cena em Londres, o protagonista lesionou-se e a produção meteu Da’Vine num avião para salvar a situação. A sua estreia acabaria por ocorrer na capital inglesa, antes de se estabelecer em Novidade Iorque.
Dois anos mais tarde estreou-se no cinema, em Mãe de Jorge. Em televisão passou por Selfie, A boa esposa, Vida em pedaços, Veep, Subida fidelidade e O ídolo. Desde 2021 tem um papel recorrente em Unicamente assassinatos no prédioporquê um detetive Williams.
O ídolo foi uma série controversa, mas a decisão de fazer secção do projeto foi simples. “Demoro muito tempo a olhar para os argumentos, os papéis. O motivo para ter feito O ídolo foi para me manter o mais diversificado provável. As pessoas que admiram, relativamente às oportunidades que têm de simbolizar, são predominantemente mulheres brancas. E, deixe-me ser muito evidente, o que vejo é variação [nas escolhas]”, explicou ao site Yahoo.
No cinema, os elogios chegam com Chamem-me Dolemite (2019), que vale nomeações para diversos prêmios. Quando surgiu uma reunião com Alexander Payne (responsável por Os Excluídos), terminou o encontro a perguntar ao realizador que outros trabalhos tinham feito que ela pudesse ter visto. Os Descendentes, Lateralmente, Nebrasca — enfim, tinha visto tudo, só não associava a face aos nomes.
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