Depois de atrasarmos uma hora no último domingo de Outubro, de conciliação com uma diretiva da União Europeia (UE) do início do século, chega o momento de relatório a… normalidade. Mas que normalidade é esta? Porque temos, todos os anos, de mexer nos nossos relógios – ou esperar que, involuntariamente, faça uma tarefa – duas vezes por ano? A questão que em inglês se designa porquê “Horário de verão”ou poupança da luz do dia, é científico, mas supra de tudo cultural.
As razões da mudança da hora
A responsabilidade desta preocupação com as horas internacionais vem da lógica do mundo industrializado. Todas as tarefas de trabalho seguem uma lógica relojoeira, que é idêntica em todo o mundo. Esteja o leitor no Rio de Janeiro, em Lisboa ou em Luanda, as horas são patroas. Coordenar a vida cotidiana com base nos horários de trabalho tornou-se uma tarefa impossível com o relógio biológico: o nascer do dia e o pôr do sol, pêndulos regulares da atividade humana, não serviram os propósitos da fábrica. As sociedades agrárias funcionavam pelo tempo solar que é mutável, principalmente pelo movimento ligeiro do eixo da Terreno.
A lógica da mudança de hora é permitir que aqueles países que possuem mais horas de luz no verão e menos no inverno tenham as mesmas oportunidades de aproveitar o tempo. Esta perspectiva pressupõe que as pessoas preferem levar a sua vida com o dia pleno do que têm de se impelir na negrume da noite para trabalhar. Portanto, é tudo um resultado da lógica do ser humano porquê trabalhador e também da invenção do relógio mecânico. Ou por outra, acredito nos proponentes que assim se poupava robustezpela redução da premência de iluminação e aquecimento.
Desengane-se quem acha, porém, que nascente movimento é um corolário dos tempos modernos. A verdade é que ajustes de hora para melhor botar aos ritmos das sociedades não são recentes. A teoria era lastrar a perda progressiva de luz entre a Primavera e o Outono. Os romanos, por exemplo, que utilizavam relógios de Sol analemáticos recorriam a escalas diferentes conforme a profundidade do ano. N / D Idade Média Europeiaa tendência era a de uniformizar a duração das horas ao longo do ano e, chegou ao século XVIII, Benjamim Franklin foi até mal interpretado quando satirizou num panfleto a preocupação europeia em estipular cedo porquê sinal de saúde.
Porquê primeiro esforço
O primeiro a propor a sério uma mudança de hora estandardizada, controlada por um organização único no planeta, foi o entomologista e astrónomo neo-zelandês George Hudson em 1895. O diletante pesquisador de insetos, tal qual primeiro trabalho foi outro e por turnos, apresentou à Sociedade Filosófica de Wellington uma proposta para antecipar e atrasar todos os anos duas horas aos relógios. O objectivo era o de ter luz do dia suficiente para se destinar aos seus amados bichos… Despertou interesse, mas não foi legalizado.
Em Inglaterra, em 1907, o empresário William Willett – tataravô de Chris Martin, vocalista do Coldplay – foi o senhor que se agitou com uma proposta semelhante, mas fundada numa razão mais lúdica: o golfe. O senhor não gostou de terminar mais cedo os seus jogos por justificação do ocaso. Por outro lado, Willett argumentava que, durante o Verão, os cidadãos de Londres dormiam excessivo, uma tendência inimiga da produtividade. No entanto, nunca houve força política no Reino Unificado para subscrever alguma coisa do género, mesmo com um jovem Winston Churchill a defendê-lo também.
Só em 1908, atravessando o Atlântico, encontramos no Canadá a cidade de Port Arthur, que o fez localmente. Porém, as primeiras nações a adotarem a forma generalizada foram a Alemanha e o Poderio Austro-Húngaro em 1916. A teoria era preservar a robustez, poupando no uso de carvão no auge da Primeira Guerra Mundial. Os países do lado da Entente, porquê a França e a Inglaterra, pressione seguiram o exemplo. Desde essa profundidade, a mudança da hora serviu porquê estratégia de poupança de robustez, quer em termos de conflito militar, quer em alturas de crise energética porquê aconteceu, por exemplo, em 1973.
Em certos países, no entanto, torna-se difícil adequar a hora. Ó Canadá, com a sua extensão e proximidade do Círculo Polar Ártico, ainda usa o horário solar em algumas regiões porquê Yukon ou Saskatchewan. Estas duas províncias têm cidades que usam até dupla hora solarquando estão experientes porquê pertencem a uma zona horária, mas usam a enumeração de outra.
N / D Turquia, sob o pretexto não só de poupança de robustez, mas também de diminuir a depressão e a sofreguidão, o horário de Verão foi adotado permanentemente. Na verdade, vários especialistas em higiene de sono indicam que um horário manente ao longo do ano, sem afetar o ciclo circadiano originário de cada um, seria a melhor solução. Ou seja, advogam a inexistência de mudança de qualquer horário.
A situação no mundo… e em Portugal
A mudança da hora não é sequer a regra mundial: na Ásia, só seis países o fazem – nenhum deles na China, Índia, Japão ou Coreia do Sul, alguns dos grandes motores económicos do continente – e em África, só Marrocos, devido à proximidade geográfica e econômica com a Europa, alinhava os seus relógios. No setentrião da América portanto, só EUA, Canadá e México alteraram os seus relógios. Na América do Sul, exclusivamente a Argentina aderiu. Crescer que a enumeração das horas e dos fusos horários é radicalmente dissemelhante em certos locais da geografia asiática. Por exemplo, a Índia e a Birmânia têm fusos de meia hora. O Nepal usa fusos de quinze minutos. Logo a adoção do formato das duas mudanças anuais deixaria as coisas ainda mais confusas.
Por outro lado, há mais de centena anos que tal acontece em Portugal. Até 1891, adoptava-se o Tempo Solar Médio, que definia a hora da região pela lonjura. Ora, tendo diferentes observatórios no paísporquê por exemplo em Lisboa ou Coimbra, isso exigia que, técnicos, a hora em Portugal possuísse níveis de variação e não era igual em todo o território. Foi portanto que, um decreto real substituído que a hora portuguesa seria a média decretada pelo Real Observatório Astronómico de Lisboa. “A hora, em todas as estações, seria a média solene contada pelo meridiano do Real Observatório Astronómico de Lisboa; nas principais cidades do reino e em quaisquer pontos do país, quando a conveniência do serviço público aconselhasse, fossem previstas propostas cronométricas destinadas a fazer saber a hora da mídia solene”, poderia ler-se no documento.
Desde 1º de Janeiro de 1912 que a hora portuguesa segue o fuso das 0h, igual a Greenwich, que é atravessada pelo meridiano a partir do qual se contam os fusos horários terrestres. Ó decreto-lei que oficializou a mudança determinou que as horas entre o meio-dia e a meia-noite fossem contadas de 13 a 23, sendo que a meia-noite seria a hora zero. A hora foi adiantada em 36 minutos, que é a diferença de longitudes entre os meridianos de Greenwich e do Observatório de Lisboa.
Em 1916, sintonizado com o resto da Europa, Portugal adere à mudança de horas duas vezes por ano, que tem ocorrido desde portanto, com exceção dos anos de 1923 e 1930. A Primeira República mudou várias vezes de opinião sobre a adoção desta maneira de racontar as horas. Sem Estado Novo, esta fica consolidada, tendo até 1949 surgido uma regra que hoje vigora e torna a mudança muito mais simples. A hora de verão começa no primeiro domingo de abril às duas da manhã e dura até às três horas da manhã do primeiro domingo de outubro.
Quando o primeiro governo democrático tomou posse em 1976, a regra foi a de estatuir todos os anos por lei quando é que a hora mudou, até 2001, quando a diretiva Europa que uniformizou a mudança de hora em todos os estados-membros da UE entrou em vigor. A única exceção ocorreu durante os quatro anos da segunda legislatura de Conversa Silva. Em 1992, o primeiro-ministro decidiu na profundidade que Portugal teria a sua hora homologada pela hora zero, porquê os países do Meio da Europa. A justificativa era do que seria mais fácil legar com Bruxelas e fazer negócios. A disrupção, segundo alguns especialistas, foi notória: durante o Inverno, o Sol só se levantava a meio da manhã, fazendo com que todos fossem trabalhar e estudar ainda na negrume; e no Verão, o Sol descia no horizonte depois das 22 horas, o que transformava Portugal numa Escandinávia perto de África. António Guterres, o sucessor no missão, acabou com a experiência e voltou à fórmula que hoje conhecemos.
Na verdade, Portugal segue as instruções da UE, onde o matéria foi discutido. Em 2018, houve uma proposta para suprimir a mudança horária semestral. Por fim, uma consulta pública on-line promovida pela Percentagem Europeia assinalava que 84% dos participantes europeus desejavam a supressão. O Parlamento Europeu aprovou esta iniciativa, mas o Juízo da UE nunca chegou a fazê-lo. Por essa profundidade, Portugal anunciou que pretendia manter a mudança semestral, com base na decisão numa indicação do Observatório Astronómico de Lisboa. A entidade responsável pela gestão da macarrão da hora lítico é, desde 2023, faça Instituto Português da Qualidade.
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