Março 18, 2025
O paraíso melancólico de Lana del Rey no Primavera Sound Porto: atingir o nirvana e não querer voltar – Música

O paraíso melancólico de Lana del Rey no Primavera Sound Porto: atingir o nirvana e não querer voltar – Música

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As mulheres são as estrelas maiores da edição de 2024 do Primavera Sound Porto. Depois da estreia triunfal de SZA no primeiro dia, esta sexta-feira, 7 de junho, foi a vez de Lana del Rey hipnotizar a poviléu. Cinco anos depois do seu último concerto em Portugal, a cantora norte-americana foi recebida em euforia pelos milhares de fãs que esgotaram o segundo dia do festival.

A presença de uma estrela global fez-se notar a partir da manhã. As filas junto ao Parque da Cidade do Porto prolongaram-se até à exórdio das portas, com fãs a preencherem a clareira do palco principal – todos queriam ver de perto Lana del Rey.

Pouco depois da hora marcada, sentiu-se um suspiro coletivo e aos primeiros acordes de “Without You”. Lana dely Rey estava entre nós, sempre lustroso, uma boneca de porcelana com uma voz que carrega emoções.

Em palco, um cenário teatral com uma espécie de jardim paradisíaco, com varandas, baloiços e vegetação entre os instrumentos. Já a artista diva do Brooklyn apareceu com um vestido bege, com brilhantes, botas de cowboy e com o habitual penteado à anos 1960.

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Para o início, a norte-americana trouxe “West Coast” e uma pitadas de “Doin’ Time”. No concerto, Lana passeia por quase todos os seus discos e não deixa de fora nenhum dos grandes sucessos – e são muitos. Ainda nos primeiros minutos, a cantora trouxe o hit “Summertime Sadness” e a euforia da poviléu prova a força da cantiga.

Sempre no seu universo, com estética vintage, e sem desligar da personagem divina – com movimentos suaves e concentração totalidade -, Lana del Rey carrega na voz a força de cada termo. “Cherry”, “Pretty When You Cry” e “Ride” provaram-no.

“Born To Die” chegou ainda na primeira secção do concerto e todas as vozes se soltaram. Nos últimos versos, a norte-americana desceu até ao público, recolheu prendas, deu abraços e tirou selfies.

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A forma porquê os temas da cantora ecoam nas emoções dos fãs é surpreendente – muitos dos festivaleiros ouviram pela primeira vez ao vivo as canções que são margem sonora de momentos melancólicos.

No desfile de canções seguiu-se “Bartender”, do álbum “Norman Fucking Rockwell!” (2019), e “Chemtrails Over the Country Club”. Os minutos que seguiram fizeram os fãs levitar com “The Grants” – um momento onde Lana del Rey mostra todas as suas fragilidades e se entrega à cantiga, acompanhada por um corpo surpreendente. A subsistir, será assim no paraíso?

Sem tempo para restabelecer, a cantora ofereceu “Did you know that there’s a tunnel under Ocean Blvd”, cantiga que dá nome ao seu último álbum, editado em 2023. Os arrepios e as emoções repetiram-se e prolongaram-se – e ninguém vai olvidar, tal porquê pede a norte-americana nos versos do single.

No início da reta final do concerto no Primavera Sound, a artista recordou “Norman fucking Rockwell”. Logo depois, chegou “Arcadia” e “Video Games”, um dos maiores êxitos da sua curso e que foi cantado pela poviléu a uma só voz.

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“hope is a dangerous thing for a woman like me to have – but I”, do disco “Norman Fucking Rockwell!”, e “have it” foram bónus em relação ao concerto em Barcelona e os fãs agradeceram com sorrisos. “A&W” e “Young and Beautiful” ficaram guardadas para o final majestoso. As vozes dos fãs tremeram de emoção e Lana del Rey agradeceu.

Com um alinhamento certeiro, com todos os sucessos, Lana del Rey fez a poviléu atingir o nirvana com a sua voz e olhar poderoso.

Um palco em suspenso

Os concertos agendados para esta sexta-feira, dia 7 de junho, no Palco Vodafone do Primavera Sound Porto foram cancelados devido a problemas durante a montagem.

“Infelizmente, todos os concertos previstos para hoje no Palco Vodafone foram cancelados. Justice, The Legendary Tigerman e Classe Crua não irão agir”, adiantou organização do festival nas redes sociais.

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“Devido a problemas técnicos imprevistos e fora do nosso controlo, os Justice não poderão atuar esta noite no Primavera Sound Porto. Apesar dos melhores esforços da nossa equipa e do festival, estes problemas impedem-nos de realizar o espetáculo porquê planeado”, acrescentou a dupla francesa, citada pela promotora Ritmos.

A sarau do Último Jantar

Já ao final da tarde, as The Last Dinner Party, que venceram o BBC “Sound of 2024.”, conquistaram novos fãs e reforçaram os elogios de quem já as conhecia.

O quinteto feminino, que nasceu durante a pandemia, editou o seu primeiro álbum, “Prelude To Ecstasy”, em fevereiro e foi esse o mote para o concerto no Primavera Sound Porto.

Nesta edição, os concertos dividem-se por quatro palcos, em vez dos habituais cinco, visto que não haverá o palco Beats, devotado à eletrónica.

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Nascente ano, a tarefa de fechar o Primavera Sound Porto fica a incumbência dos Pulp e The National, num dia que inclui uma homenagem ao músico e produtor norte-americano Steve Albini, que morreu em 8 de maio e esteve em todas as edições do festival com Shellac.

No sábado atuam também, entre outros, Cofre, Billy Woods, Expresso Transatlântico, Conjunto Corona, Joana Stenberg e Best Youth.

Fonte

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