
Nestas próximas horas uma poderoso tamanho de ar polar marítima penetrará em Portugal continental, produzindo pelo caminho chuva, neve e trovoadas. Ou por outra, “respirar-se-á” uma atmosfera bastante invernal nas primeiras horas de maio.
A previsão cumpriu-se e, grosso modo, na primeira metade desta terça-feira – 30 de abril – Portugal continental testemunhou firmamento muito nublado e períodos de chuva fraca a moderada em várias regiões devido à passagem de uma testa associada a uma depressão fria isolada. O vento tem soprado geralmente do quadrante Oeste, poderoso nas terras altas.
Vislumbra-se a provável queda de neve supra dos 1200 metros de altitude perto da meia-noite de hoje nas serras do extremo Noroeste. Ocorreu uma ligeira descida das temperaturas máximas no interno Setentrião. Quanto aos arquipélagos dos Açores é sim Madeira esteve um dia de firmamento com nebulosidade dispersa e, por vezes, períodos de chuva fraca.
Vai chover em grande secção da geografia de Portugal continental, por vezes com trovoada e saraiva
Maio vai arrancar com um tempo invulgarmente fresco de setentrião a sul do território do Continente. O nosso país estará condicionado pela ação de centros de baixas pressões atlânticos e por uma novidade tamanho de ar polar marítimao que resultará em firmamento nublado, chuva ou aguaceiros, risco de trovoadas e saraiva e possibilidade de queda de neve em várias regiões nas próximas horas. E amanhã, dia 1, será um dos dias mais gravosos da semana.

Entre o final da tarde desta terça-feira (aproximadamente 18:00 do dia 30 de abril) e o final da tarde de amanhã – por volta das 19:00 de 1 de maio – o nosso país estará sob a influência de aguaceiros pós-frontais (isto é, aguaceiros posteriores à passagem da frente anteriormente referida), associados à tamanho de ar indiferente, e potencialmente acompanhados de trovoadas e queda de saraiva nalgumas zonas. O envolvente será de verdadeiro inverno.
Ao longo da madrugada e manhã de quarta-feira (1) preveem-se aguaceiros pontualmente intensos e mais prováveis e frequentes nas zonas do Litoral Setentrião e Meio, entre Viana do Forte e Setúbal. Mas, à medida que as horas forem passando, os aguaceiros terão tendência a espalhar-se para as regiões do interno, abrangendo mais zonas do Setentrião e Meio, alguma coisa que ocorrerá também durante a tarde, aproximadamente até às 18:00. A sul do Tejo a precipitação será muito mais escassa, rara e irregular.
A prestação de neve vai decrescer para os 1000 metros
Estes aguaceiros pós-frontais estarão associados à descarga do ar polar. Ó padrão de referência da Meteored prevê que a isotérmica de -29 ºC a 5400 metros de altitude cubra uma grande secção das Regiões Setentrião e Meio em boa secção da manhã e durante quase toda a tarde. Também se preveem várias zonas com isotérmica de -27 ou -26 ºC. Estes valores são muito pouco habituais para esta profundeza do ano, o que oferece uma teoria da potência desta novidade ingresso ou tamanho de ar indiferente.

Entre o final da manhã e até tapume das 17:00 perspetiva-se queda de neve supra dos 1000 metros de altitude nas principais serrasmontanhas e localidades do Setentrião e Meio, com a prestação a poder subir temporariamente para 1400 metros. Nalgumas superfícies planálticas ou cidades do interno Setentrião (porquê Mogadouro, Vimioso ou Bragançaentre outras) poderá mesmo tombar saraiva ou graupel.
Tempo invernal e “repugnante” nas primeiras horas de maio
Entre o final da tarde e o tombar da noite do feriado 1 de maio a precipitação já praticamente se terá dissipadoexceto nalgumas zonas montanhosas do Minho e Douro Litoral, onde persistirá até por volta das 21:00. Em grande secção das serras e montanhas a concentração no final do dia 1 de maio deverá rondar 1 cm/1,5 cm.
As acumulações mais significativas terão lugar na Serra da Estrela (geralmente entre 2 e 3,5 cm). Ao longo da tarde, no litoral a sul do Cabo Mondego e nas terras altas as rajadas de vento serão fortes e ultrapassam geralmente os 50 km/h. Em pleno “coração” da Serra da Estrela preveem-se até 65 km/h.

O tempo estará “repugnante” e praticamente de inverno em quase todo o país, com valores diurnos invulgarmente inferior do normal para a estação do anosobretudo nas regiões do interno Setentrião e Meio. Só haverá temperaturas máximas perto dos 20 ºC no Algarve: nesta região haverá inclusive várias zonas onde não choverápredominando um envolvente soalheiro, com nuvens dispersas.