Hot News
Mundo
O presidente russo, Vladimir Putin, considerou há duas semanas, na cúpula do BRICS, que Trump havia sido sincero quando disse que “queria fazer de tudo para acabar com o conflito na Ucrânia”.

Susan Walsh
A Rússia vai trabalhar com a nova administração norte-americana liderada por Donald Trump e que mantém os seus objetivos na Ucrânia, que invadiu em 2022, anunciou a diplomacia russa esta terça-feira.
“As nossas condições mantêm-se inalteradas e são bem conhecidas em Washington”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado citado pela agência oficial TASS.
O ministério disse que Moscovo trabalhará com a nova administração “defendendo firmemente os interesses nacionais russos e concentrando-se em atingir todos os objetivos da operação militar especial”, referindo-se à Ucrânia.
Durante a campanha eleitoral, Trump, que tomará posse no dia 6 de janeiro, denunciou constantemente as enormes somas de dinheiro libertadas por Washington para Kiev e prometeu impor a paz “em 24 horas”.
O presidente russo, Vladimir Putin, considerou há duas semanas, na cúpula do BRICS, que Trump havia sido sincero quando disse que “queria fazer de tudo para acabar com o conflito na Ucrânia”.
“O desenvolvimento das relações russo-americanas após as eleições vai depender dos Estados Unidos. Se eles estiverem abertos, nós também estaremos”, acrescentou Putin na altura, citado pela agência francesa AFP.
Moscovo tem acusado Washington e os seus aliados de alimentarem o conflito entre a Rússia e a Ucrânia ao fornecerem armas e dinheiro a Kiev desde que as tropas russas lançaram o ataque contra o país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.
O Presidente cessante, Joe Biden, foi o principal apoiante dos ucranianosnomeadamente através de entregas maciças de armas, permitindo-lhes resistir a um exército russo muito mais poderoso.
No comunicado divulgado hoje, a diplomacia russa disse que Moscou não tem ilusões sobre Trump, “que é bem conhecido na Rússia”, nem quanto à nova composição do Congresso, em que “os republicanos, de acordo com dados preliminares, estão a ganhar vantagem”.
“A elite política dominante nos EUA, independentemente da filiação partidária, adere a atitudes antirrussas e a uma linha de ‘contenção de Moscovo'”, disse o ministério liderado por Serguei Lavrov.
Para Moscovo, esta linha “não está sujeita a flutuações no barómetro político” norte-americano, “quer se trate da ‘América em primeiro lugar'”, de Trump, ou de “uma ‘ordem mundial baseada em regras’, na qual os Democratas estão ‘fixados'”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo considerou também que a vitória de Trump “não anula a profunda divisão” da sociedade norte-americana.
“É de se esperar que o retorno de Donald Trump provoque o aumento da tensão interna e a amargura dos campos opostos”, acrescentou.
Siga-nos nas redes sociais:
Hotnews.pt |
Facebook |
Instagram |
Telegram
#hotnews #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual