Onde come um, comem muitos: a marcha triunfal de Slow J na primeira de duas noites esgotadas na Meo Estádio

Esgotar uma Meo Estádio é um feito. Esgotar duas é um maravilha. Ter um artista luso-angolano a fazer-lo e a satisfazer com relevo o duelo a que se propôs é uma chapada retumbante de luva branca a quem ainda hoje sente que só o que vem “de fora” é que está muito feito. Serão menos do que há uns anos, mas neste primeiro concerto lotado de Slow J na sala lisboeta (o segundo acontece esta sexta-feira) ainda ouvimos, à nossa volta, alguém sério: “Eu não tenho aquela coisa por música portuguesa, mas depois deste álbum…”. “Levante álbum” é, esclareça-se, “Afro Fado”, o terceiro de longa duração do artista, que logo que saiu, em novembro pretérito, tornou-se um enorme sucesso – cada uma das suas 14 canções passou hoje, largamente, a marca de 1 milhão de escutas só na plataforma de transmissão Spotify.