Março 19, 2025
Onde é que isso vai parar?  Pedro Abrunhosa leva “tareia” em público – Pátrio

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Esta semana fui surpreendido com uma campanha do Conjunto de Esquerda com o slogan ‘Fazer o que nunca foi feito’. Não será preciso ser um génio para associar de inesperado o dito à minha cantiga ‘Fazer O Que Ainda Não Feito’.“Foi logo que Pedro Abrunhosade 63 anos de idade, reagiu, revoltado, ao marketing do partido de Mariana Mortágua, em cartazes e outdoors espalhados pelo País, para as eleições Legislativas de 10 de março.

Garantindo que não vota no BE, o cantor considere a escolha do slogan uma “chico-espertice”elaborado por “alguém muito pouco criativo“, e afirma que não pode compactar com a “apropriação indevida de propriedade intelectual alheia“. Pedro Abrunhosa adianta que, se o Conjunto de Esquerda tiver solicitado pedido prévio para usar a frase, essa solicitação “teria sido recusada”.

Num extenso texto, Pedro Abrunhosa vai mais longe nas acusações e revoltas, depois de ter visto a campanha dos bloquistas na rua. “Qualquer partido com aspirações governativas tem de testificar uma honestidade intelectual cegada, nomeadamente face à capacidade criativa dos cidadãos e ao recta autoral conforme consagrado na lei.“O músico do Porto acrescenta que já recorreu aos seus representantes legais, para que estes peçam à Sociedade Portuguesa de Autores que notifique o partido de Mortágua, com vista à retirada imediata da frase de qualquer suporte político/publicitário.

Mas a polêmica promete não permanecer por cá, pois rapidamente muitos seguidores deixaram comentários na sua conta social Instagram, com críticas ao seu narcisismo e piadas ao seu protesto. Se há quem, desde logo, sublinhe que a frase do slogan e o título da cantiga não são exatamente iguais – a primeira recorre à termo “nunca” e a segunda a “ainda não” –, outros sublinham que Pedro Abrunhosa “não é o proprietário da língua portuguesa“; “haja noção! Apropriação de propriedade intelectual? Deixa-me rir“; quer expor que nunca mais posso expor ‘o bacalhau quer alho’?“; ou “o melhor é notificar já todos os falantes de língua portuguesa, vivos e falecidos‘; “se eu disser, portanto, ‘vamos fazer o que nunca foi feito’ vou ter de pedir autorização?“;e”concordo, qualquer anedota destas merece o riso de um juiz.”

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