Europeias 2024
Na segunda vitória consecutiva nas eleições europeias, o Eslováquia Progressista obteve 27,81% dos votos, o que lhe dará seis deputados europeus, de concórdia com os resultados amplamente divulgados pela prensa eslovaca.
Kamil Walczak
O partido liberal da oposição da Eslováquia surpreendeu, neste domingo, ao vencer as eleições Europeias contra o partido pró-Rússia Smer-SD do primeiro-ministro Robert Fico, que ficou gravemente ferido numa recente tentativa de assassínio.
Fico, que é hostil à ajuda militar dada à Ucrânia na guerra com a Rússia, era o predilecto nas últimas sondagens, que sugeriam que o atentado falhado de que foi vítima tinha impulsionado o esteio ao seu partido, o Smer-SD.
Numa mensagem publicada oriente domingo à noite nas redes sociais, o partido social-democrata Smer-SD deu os “parabéns ao vencedor das eleições, Progresivne Slovensko” (Eslováquia Progressista, PS), segundo a escritório francesa AFP.
Na segunda vitória consecutiva nas eleições europeias, o Eslováquia Progressista obteve 27,81% dos votos, o que lhe dará seis deputados europeus, de concórdia com os resultados amplamente divulgados pela prensa eslovaca, mesmo antes de se tornarem oficiais.
O Smer-SD, com 24,76% dos votos, terá cinco deputados no Parlamento Europeu (PE).
O partido de extrema-direita Republika ficou em terceiro lugar, com 12,53% dos votos, e terá dois representantes no PE, enquanto duas outras formações, o partido democrata-cristão KDH e os sociais-democratas do Hlas-SD, obtiveram um lugar cada.
Segundo o exegeta Daniel Kerekes, a tentativa de assassínio de Fico, em 15 de maio, acabou por mobilizar tanto os eleitores do Smer-SD porquê os do PS.
“Não foi unicamente o Smer-SD que beneficiou do atentado. Os partidos da oposição, em privado o PS, de quem eleitorado está preocupado com a evolução da situação na Eslováquia, também obtiveram ganhos significativos”, disse à AFP.
O líder socialista e velho vice-presidente do PE, Michal Simecka, considerou que o resultado representa “uma mensagem muito importante enviada pelos eleitores” ao Governo de Fico.
“Abrandem, porque não podem fazer o que querem”, afirmou.
– Com Lusa