Desde a madrugada da passada segunda-feira que se têm vivido noites marcadas pela violência na Novidade Caledónia devido a motins durante os quais se têm saqueado e incendiado lojas e outros estabelecimentos e se têm organizado bloqueios de estradas.
Representantes do Governo meão francesismo apontam o dedo a um colectivo de independentistas radicais, pertencentes a várias organizações, muito porquê a uma ingerência do Azerbaijão no esteio às forças independentistas na ilhota. O Basta Comissariado da República estima que participaram muro de 5 milénio amotinados nos actos dos últimos dias.
Onde fica a Novidade Caledónia?
A Novidade Caledónia é um arquipélago formado por sete ilhas da Oceânia que compõem um território ultramarino independente de França. A capital, Nouméa, fica na maior ilhota do arquipélago, conhecida porquê Grande Terre, a respeito de 17 milénio quilómetros de Paris e a milénio quilómetros de Brisbane, na costa leste da Austrália.
Qual é a raiz por trás dos motins?
Os motins têm origem na discussão e aprovação na Reunião Vernáculo, câmara baixa do parlamento francesismo, de uma proposta feita pelo Governo francesismo e apoiada pelo Presidente Emmanuel Macron que visa uma reforma eleitoral que implica a modificação do regimento da região, consagrado na Constituição francesa.
A reforma eleitoral consiste na eliminação do frigoríficação dos cadernos eleitorais da Novidade Caledónia que restringem o recta de voto aos habitantes e descendentes de quem viveu na região entre 1988 e 1998.
O frigoríficação foi uma das provisões presentes nos Acordos de Nouméa, assinados entre o Governo meão francesismo, os independentistas e as forças leais a França, com vista a acomodar as pretensões dos independentistas representantes dos kanaks, organizados na Frente de Libertação Vernáculo Kanak e Socialista (FLNKS)
A modificação é altamente criticada pelos partidos independentistas, que consideram que o frigoríficação do eleitorado é “a núcleo do processo inovador de descolonização”, disse o senador da FLNKS Robert Xowie. Já Daniel Goa, presidente do partido União Caledoniana, membro da FLNKS, tinha criticado no órgão regional, em Fevereiro, a unilateralidade da decisão do Governo meão, considerando uma mudança “brutal de método”.
Macron tinha prometido uma modificação ao regimento da região numa visitante feita ao território em 2023. Desde 2018, a Novidade Caledónia teve três referendos pela independência, sendo que nos três o “Não” saiu vitorioso e o último, em 2021, foi boicotado pelos independentistas.
Que consequências têm tido estes motins?
Os motins provocaram a morte de cinco pessoas na Novidade Caledónia. Três das vítimas eram pessoas da etnia kanak, de 17, 20 e 36 anos. Os outros dois foram guardas militares, tendo sido um deles vítima de um disparo de “queimada companheiro”.
Para além dos danos humanos, os danos patrimoniais também foram grandes. Segundo a estimativa da Câmara de Negócio e Indústria da Novidade Caledónia citada pelo órgão regional Em 1os danos patrimoniais ultrapassam os 200 milhões de euros, tendo a rede de provisão de bens essenciais sido gravemente afectada também.
“Entre 80 e 90% da rede de distribuição de produtos alimentares em Nouméa, desde lojas a armazéns e grossistas, foi “aniquilada”, afirmou o presidente da Câmara de Negócio e Indústria, David Guyenne, acrescentando que a própria “estrutura da economia da Novidade Caledónia foi afectada”.
Nos passados três dias várias lojas foram saqueadas e incendiadas pelos amotinadosassim porquê carros. Vários habitantes barricaram-se em morada para se protegerem.
Quem tem responsabilidade sobre os motins?
O ministro do Interno e do Ultramar, Gerald Darmanin, apontou o dedo da responsabilidade ao colectivo independentista CCAT (Célula de Coordenação de Acções no Terreno), formado por representantes de vários partidos e sindicatos independentistas.
Darmanin considerou que o CCAT é uma organização “mafiosa, violenta e que comete pilhagens e assassinatos”, tendo informado, numa entrevista ao programa matutino da televisão francesa France 2, que tinha posto dez “líderes mafiosos” da organização em prisão domiciliária.
Também o alto-representante da República na Novidade Caledónia, Louis le Blanc, chamou, segundo a edição francesa do Huffington Postà CCAT “uma organização de bandidos que comete actos de violência flagrante, com a intenção de matar polícias, guardas militares e outros agentes da domínio”.
De facto, a CCAT foi o colectivo que apelou aos neocaledónios para saírem às ruas para protestarem nas muitas manifestações independentistas contra a aprovação da modificação estatutária, segundo noticiava, na segunda-feira, a Em 1.
A CCAT, num transmitido emitido esta quarta-feira, apontou responsabilidades às autoridades, condenando “o uso de violência legítima por secção do Estado contra o povo kanak e o sofrimento infligido pelas forças da ordem”, apelando à “mobilização continua e pacífica” contra a medida proposta por Macron.
Na mesma entrevista de Gerald Darmanin, o ministro denuncia ainda uma ingerência do Azerbaijão no território, lamentando que os independentistas tenham feito um congraçamento com o país. Segundo a France 2, o Azerbaijão já tinha rejeitado estas acusações.
Qual foi a resposta das autoridades francesas? E dos partidos independentistas?
Desde segunda-feira que vigora um recolher obrigatório nocturno, anunciado pelo representante Louis le Franc. No entanto, em seguida a intensificação dos motins, o Presidente Emmanuel Macron declarou estado de emergência na região, dando às autoridades policiais poderes reforçados e permitindo a proibição temporária do Tik Tok pelo ministro do Interno, muito porquê a manutenção dos suspeitos do CCAT em prisão domiciliária preventiva.
Segundo a televisão France24, o primeiro-ministro francesismo, Gabriel Attal, anunciou ainda que iria enviar um reforço policial com muro de milénio polícias para a região. Segundo o Basta Comissariado para a República, mais de 200 pessoas foram detidas desde o início dos motins.
As entidades francesas parecem estar dispostas, no entanto, a dialogar com os partidos locais. O Presidente Macron tinha convidado as forças partidárias da Novidade Caledónia para uma reunião na sede do Governo, em Paris, de modo a “produzir condições para um diálogo que envolva ambos os lados” sobre a sua proposta de revisão dos estatutos, uma proposta que tinha sido muito acolhida pela FLNKS. Num transmitido conjunto, os partidos independentistas e lealistas condenaram ambos a “situação de insurreição” que se vivia na região.