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“As escolas são microcosmos dessa nossa sociedade estruturalmente racista e violenta. Nos consideramos uma família progressista, que há anos procura caminhar e evoluir numa ensino antirracista”, diz a mensagem.
A atriz registrou um boletim de ocorrência formalizando a denúncia do incidente ocorrido no escola da zona Oeste de São Paulo. De entendimento com relatos da artista, colegas da turma do 9º ano da filha, uma jovem negra de 14 anos, pegaram seu caderno, arrancaram as folhas e escreveram ofensas em uma das páginas.
Os pais da aluna disseram ter “levado um susto” quando a filha contou voluntariamente, há uma semana, ao voltar da escola, que havia sido ela — entre outras amigas — quem praticou a violência contra a colega de classe.
“Nossa filha sempre foi uma moçoila educada e afetiva com as amigas nesses 13 anos de vivência escolar. Diferentemente do que alguns disseram nos grupos de Whatsapp, ela não é vezeiro e nunca teve denúncias prévias de mau comportamento. É uma juvenil em formação uma vez que cidadã – uma vez que os filhos de todos vocês. Que comete erros e acertos, uma vez que todos nós já cometemos em nossas vidas”, afirmou o par.
Escola promoveu mediação
A escola Vera Cruz informa que promoveu um encontro com mediação entre as duas alunas acusadas de racismo e a vítima. O escola aponta que as jovens que cometeram o ato foram suspensas por tempo indeterminado e que não há conhecimento de qualquer outra atitude racista de ambas as estudantes. Ações de reparação ainda serão definidas pela instituição (leia a íntegra do posicionamento da escola mais inferior).
A rotina dos alunos do escola continua sendo afetada pela repercussão do caso. Nesta segunda-feira, a escola ofereceu lanche para consumo nas dependências da instituição. A medida foi anunciada uma vez que uma forma de “proteção” dos menores e de evitar contato dos jovens com equipes de mídia que se encontram nos portões do Vera Cruz.
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Em entrevista ao g1, a atriz relatou ter pedido a expulsão das alunas. “Não vejo outra escolha para um violação previsto em lei e que a escola insiste relativizar. Fora segurança e saúde mental da minha filha e de outros alunos negros e atípicos se elas continuarem frequentando escola”, declarou Samara.
“Ainda estou digerindo tudo e talvez nunca consiga, cada vez que olho o caderno dela ou vejo ela debruçada sobre a mesa refazendo cada página dói na psique. Pranto. É um pranto muito doído. Mas agora estou chorando de indignação também.”, desabafou a atriz.
No domingo, Felippo afirmou que está “no meio de turbulência” e questionou se precisa uma “petiz ou juvenil preto ser humilhado para a escola enxergar que suas políticas antirracistas falham miseravelmente”.

“Deixo todo meu carinho pelo guarida de todos que vieram me dar espeque. Racismo é violação e vou até o final para que seja aplicada a lei”, escreveu a atriz no Instagram.
De entendimento com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Samara formalizou a denúncia de racismo, tipificado uma vez que “preconceito de raça ou de cor” na Delegacia Eletrônica. Ainda de entendimento com a SSP, a coordenação da escola foi acionada. O caso será guiado ao 14° DP (Pinheiros), e a Polícia Social vai perfurar investigação.
A jovem escopo de racismo de colegas na escola é filha de Samara com o ex-jogador de basquete Leandrinho, que mora nos Estados Unidos. Além da vítima, ela tem outra filha de 10 anos.
“No início desta semana, tomamos conhecimento de uma grave agressão racista entre alunos do 9º ano. Um caderno de uma aluna negra foi roubado, teve folhas arrancadas, uma ofensa de cunho racial altamente ofensiva foi escrita numa das páginas. Desde o primeiro momento, reconhecemos a sisudez deste ato violento de racismo, nomeando-o uma vez que tal, e imediatamente foram realizadas ações de guarida ao aluno agredido e sua família. Desde portanto, viemos trabalhando cuidadosamente sobre esse caso e nos comunicando muito intensamente com as famílias de todos os alunos envolvidos.
No dia seguinte, os agressores se identificaram e se apresentaram à Escola, com suas famílias, e diversas medidas foram tomadas, sempre no sentido de acomodar o aluno vítima da agressão e sua família, muito uma vez que no sentido de prometer que os alunos agressores entendessem a dimensão de seu ato. Depois de extenso e intenso processo de apuração, foi verosímil promover um encontro entre os três alunos envolvidos, com mediação da escola.
Em seguida, os agressores foram informados das sanções definidas inicialmente, dentre elas, uma suspensão por tempo indeterminado, e proibição da participação no Estudo do Meio na Serra da Canastra. Novas sanções poderão ser adotadas, conforme apuração e reflexão sobre os fatos. É importante sublinhar que as alunas não reincidiram em agressões racistas; a Escola não tem conhecimento de qualquer outra atitude racista de ambas as alunas.
As ações punitivas foram determinadas conforme regras e procedimentos institucionais, que levam em consideração os sentidos das punições no envolvente escolar. As sanções foram definidas pelas equipes da Escola, considerando a sisudez das ofensas. Ações de reparação ainda serão definidas.
Em 2019, a Escola Vera Cruz iniciou um Projeto para as Relações Étnico-Raciais, com ações no envolvente escolar de enfrentamento ao racismo estrutural: olhar sobre o currículo escolar, formação continuada, ampliação da volubilidade racial entre alunos, professores e gestores, dentre outras. Ficou evidente a valor da ampliação do letramento racial, do não silenciamento de manifestações racistas, do pronto e extenso apoio às vítimas de eventuais agressões racistas e do encaminhamento adequado de ações de sanção e reparação nestes casos. Entendemos que um projeto de ensino para as relações raciais é um projeto de transformação dos alunos. Sua construção se dá pelo enfrentamento direto e pelas ações educativa, mais do que pelo entendimento de que o isolamento e expulsão dos alunos que cometeram atos racistas seriam a única medida cabível. O que almejamos é a constituição de um envolvente, para alunos, familiares e profissionais, de promoção da volubilidade e do reverência reciprocamente, um envolvente onde todas as pessoas se sintam respeitadas e valorizadas independentemente da sua raça, etnia, religião, requisito social, deficiência etc.”