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— Chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para esse período. Temos a segurança energética assegurada — disse Silveira, que não descartou o governo voltar a analisar a adoção da medida no fim do ano que vem.
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Para especialistas do setor elétrico ouvidos pelo GLOBO não é possível, diante do quadro de escassez de chuvas, garantir a segurança energética do país, que tem nas hidrelétricas sua principal fonte geradora. Concordam que o horário de verão faria uma pequena diferença, mas alguns apontam que, mesmo assim, é uma alternativa que não poderia ser descartada no cenário atual.
— A diferença (na economia de energia) seria muito pequena. Por isso, o governo pensou mais no desgaste político da decisão — avaliou Edvaldo Santana, ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e doutor em Engenharia de Produção.
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Walter Fróes, diretor da comercializadora CMU Energia, observa que, embora a mudança no horário pudesse gerar uma pequena economia, ajudaria a dar mais segurança para a operação do sistema elétrico, No entanto, ele também avalia que a decisão teve motivo político:
— Daria mais segurança diante do cenário atual de reservatórios em baixa. Se tivessem adotado, poderiam postergar em uma hora a ligação da geração térmica. Mas a decisão foi totalmente política, por temerem uma queda de popularidade (do governo Lula) , já que muita gente não gosta do horário de verão.
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Clarice Ferraz, economista e diretora do Instituto Ilumina, questiona a afirmação do ministro de que a segurança energética do país está assegurada sem o horário de verão:
— Infelizmente ele não pode assegurar isso. Não sabemos quais serão as condições de chuva (no verão). Este mês é bastante determinante para fazer essa avaliação com segurança. Uma hora a mais com geração solar no momento de pico de consumo, quando as pessoas chegam em casa, é um pequeno ganho que não deveria ser desperdiçado. Não entendo porque o ministro abre mão disso em um cenário tão conturbado.
Fabiano Barboza, vice-presidente da consultoria Grupo Studio, lembra que o horário de verão foi historicamente utilizado para reduzir o consumo de energia durante o período noturno, quando a demanda era maior, deslocando o uso para períodos de maior luz solar.
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— Mas, com a evolução tecnológica e o maior uso de aparelhos como o ar-condicionado, que têm elevado o consumo de energia durante o dia, os impactos no setor elétrico se tornaram menos significativos. Atualmente, a economia de energia com o horário de verão é pequena, embora ele possa contribuir para a redução da sobrecarga em horários de pico. Tecnicamente, sob o viés de redução de energia, o impacto é muito baixo, quase zero.
Para Pedro Colleta, analista de energia da Equus Capital, o horário de verão não é solução para a crise energética:
— Diferentemente do passado, quando as lâmpadas incandescentes das residências eram responsáveis por grande parte do consumo ao anoitecer, atualmente, o grande vilão são os aparelhos de ar-condicionado. Se a intenção é realmente enfrentar a crise energética, é necessário pensar em outras medidas, como a modernização do parque elétrico.
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