Novembro 1, 2024
Parlamento debate e vota Orçamento do Estado para 2025 na generalidade
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É uma fase “inesperada” mas “conhecida de todos” e “ficou clara nas últimas semanas”: “hoje, dentro de alguns minutos nascerá um novo Bloco Central entre o PS e o PSD, para aprovar o Orçamento do Estado”, explicou Ventura .



O líder do Chega considera que estes “aliados improváveis há uns meses”, mas “os mais prováveis” , “desde abril de 74”. 


“O sistema sempre se segurou, sempre se salvou”, justificou, afirmando que, “no momento mais difícil para o sistema, nada como os dois grandes partidos do sistema se unirem, para garantir que o que sempre distribuíram entre si, é agora acordado entre si para distribuir entre as clientelas de sempre, em Portugal”.

André Ventura considera por isso que “este Orçamento é uma traição, uma traição à direita deste país”, exemplificando com as forças de segurança, os jovens, os agricultores e os pescadores. O orçamento proposto “continua distribuindo subsídios por tudo e por todos mas esquece os que mais interessam e que sempre sustentaram esse sistema, os que saem de casa todos os dias, para pagar, para trabalhar e para pagar impostos”, acusa ainda.


“Esse era para ser o Orçamento da ruptura” com o socialismo, que deveria parar de “penalizar quem trabalha ou quem trabalhou”, como “nos últimos 40 anos”, diz.



O líder do Chega afirma por isso que o governo fez “o contrário”. “Anunciou que ia dar com uma mão mas tirou com a outra”, acusa, dando como exemplo as verbas arrecadadas com os impostos sobre os combustíveis e sobre o consumo, ou com multas .



O executivo AD é “tão, tão, tão, ladrão como anterior”, conclui, sob aplausos ruidosos da sua bancada e protestos das outras, levando o presidente da Assembleia da Repúblicas a chamar a atenção a todos os deputados, pelo vocabulário e gestos usados.


Dando como exemplo que “as despesas para viagens dos governantes aumenta 38 por cento”, quando “as pensões aumentam dois por cento”, Ventura ironiza, “se isto não é um país ao contrário”.



E dirige-se ao primeiro-ministro, sobre os apelos para o Parlamento “não desvurtuar na especialidade” a proposta de Orçamento, traduzindo o discurso como “não venham pedir aumentos”, “porque não há margem para isso”.


André Ventura acusa o governo de “mentir uma e dua vezes” e de continuar mentindo sobre o descongelamento da taxa de carbono. “Não sei o que o PS fará. Por nós não passarão a aumentar os combustívei!”, garante.



Exclamando que “esperavamos que investisse na Justiça”, e denunciando aumentos previstos de 1,7 por cento para o setor, abaixo da inflação, o líder do Chega apelou à reforma do sistema, cujas leis, sustenta, não defendem os cidadãos cumpridores. 



“Desculpem dizê-lo no Parlamento, mas o que nós precisamos é de homens e mulheres que se defendam de assaltos contra os bandidos deste país”, sustenta.



Este “é um problema que nos cabe a nós resolver”, desafia, afirmando que o Chega “será a oposição que este governo merece”, como “única alternativa”.

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