Março 18, 2025
Patti Smith inaugura exposição no MAC CCB e canta “Lisboa Antiga” que o pai adorava

Patti Smith inaugura exposição no MAC CCB e canta “Lisboa Antiga” que o pai adorava

Continue apos a publicidade

O cabelo branco vem apanhado em duas tranças. Aos 77 anos, Patti Smith vive porquê memórias de puerícia nesta passagem por Lisboa. No MAC CCB, onde nascente sábado inaugura a exposição “Evidence”, que criou com os Soundwalk Collective, a cantora e poeta norte-americana lembra uma música que o seu pai cantava chamada “Lisboa Antiga”

Patti Smith não só arriscou manifestar o nome em português, por duas vezes, porquê trauteou a música que o “pai adorava” e que foi eternizada na voz da fadista Amália Rodrigues.

“Contente e orgulhosa” por estar em Lisboa, Patti Smith recordou: “Já cá dei concertos, andei pelas ruas, admirei os candeeiros, os azulejos e já me senti na mesa de moca de Pessoa.” Smith mostra que está muito feliz por estar em Lisboa.

No MAC CCB, depois de ter visitado a exposição “Evidence”, criada para o Meio George Pompidou, em Paris, e que agora chega a Lisboa, mas com algumas alterações, Patti Smith explicou que o seu trabalho com Stephan Crasneanscki nasceu no ar – foi num voo entre Paris para Novidade Iorque que conheceu o responsável dos Soundwalk Collective, uma plataforma de artes sonoras contemporâneas.

Continue após a publicidade

Patti Smith confessa que não gosta de conversar com ninguém enquanto viaja, mas foi a trova que a mudou de Stephan, num encontro que dura até hoje: são “grandes amigos e companheiros de trabalho”.

Smith e Crasneanscki trabalharam num tríptico de álbuns e, mais tarde, nasceram uma exposição em que quiseram fazer uma homenagem a três poetas franceses: Antonin Artaud, Arthur Rimbaud e René Daumal.

Esta galeria de poetas somaram a sua arte através do som, da imagem, do figura e da instalação. Com curadoria de Chloé Siganos e Jean-Max Colard, uma exposição propõe ao visitante uma experiência sensorial.

Na apresentação aos jornalistas, Colard fala mesmo numa “experiência místico” que é simultaneamente uma “viagem mental e sonora”. Para dar corpo a esta experiência ao visitante, é-lhe entregue um par de auscultadores que lhe permite ouvir um dos “mais de 500 fragmentos de som” que foram gravados para esta mostra.

Continue após a publicidade
Continue após a publicidade

O visitante é convidado a entrar em duas salas escuras onde, além dos sons ambientais, vai poder ouvir vozes de figuras públicas porquê os cineastas Abel Ferrara e Werner Herzog, os músicos Brian Eno e Philip Glass ou a compositora de origem indiana Anoushka Shankar.

Na segunda sala, cruzam-se desenhos de Patti Smith, fotografias de viagens, filmes, objetos coletados em várias partes do mundo. À trova de Artaud, Rimbaud e Daumal são destinos associados. México, Etiópia e a Índia são protagonistas nesta exposição que tem porquê pintura medial um grande mural construído pelos artistas ao longo do tempo.

Patti Smith diz mesmo que o mural reflete “a viagem de cinco pessoas”, juntando assim o seu trabalho, o de Stephan e os três poetas franceses. A cantora explica que “não põe etiquetas nos poetas ou artistas” que adora, mas para si, Arthur Rimbaud foi “desde muito cedo” o seu “guia para a trova mais moderna. Ele lançou o horizonte da trova”.

Questionada pela Renascença sobre o que espera que o público ligeiro consigo depois de visitar a exposição, Patti Smith recorre às palavras do poeta Daumal que, no final da sua vida, se questionou sobre “o que procuramos”, para declarar que “cada um pode sentenciar por si , o que quer com esta exposição”.

Continue após a publicidade

“Talvez procura unicamente ver os locais, os filmes, os materiais de outros países; ou talvez um conhecimento profundo destes poetas, ou até alguma coisa completamente pessoal”, refere a artista conhecida porquê “Poetisa do Punk”.

Também foi o poeta Daumal que escreveu que “A porta para o invisível deve ser visível” e daí nascente título “Evidence” que une esta exposição onde, segundo Patti Smith há “venustidade no caos”. “Produzir espaços é o que todos os artistas devem fazer, mas ao mesmo tempo apurar o sentido para atrair as pessoas para esses espaços de forma que se sintam confortáveis”, disse Smith sobre a exposição.

“Evidence”, que estará no MAC CCB até 15 de setembro, coincide com o concerto que Patti Smith dará nascente sábado no Grande Auditório do CCB, no contextura do Belém Soundfestival. Para domingo, Smtih tem marcado outro espetáculo – será no Theatro Circo, em Braga.

Fonte
Compartilhe:

Continue após a publicidade
Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *