Foi em ritmo de pré-temporada, quase a roçar um jogo pessoal, que o vencedor Sporting voltou a satisfazer e venceu, no sábado, na visitante ao Estoril Praia, por 1-0, em jogo a racontar para a 33.ª e penúltima jornada do campeonato português. Ainda assim, houve tempo e espaço para dois recordes serem quebrados. Mas já lá vamos.
Já vencedor, o Sporting apresentou-se na Traço de Cascais para um duelo entre duas equipas que já tinham os seus objetivos alcançados. É que o Estoril soube, minutos antes do assobio inicial, que continuava na I Liga, beneficiando do empate do Portimonense frente ao Rio Ave. E fruto disso, o encontro teve um ritmo de jogo plebeu nos minutos iniciais.
Com a Amoreira ‘pintada’ de virente e branco, a sarau ainda do lado de fora do Estádio António Coimbra da Mota, com muitos adeptos a irem à loucura aquando da chegada do autocarro do Sporting ao terreno de jogo. E não faltou a guarda de honra da formação da morada aos vigentes campeões em título.
No que diz reverência ao que aconteceu dentro das quatro linhas, a primeira secção foi uma espécie de ‘pacto de não agressão’ entre as duas formações. É que a primeira oportunidade de real risco surgiu mesmo à cercadura do tempo de pausa, quando Rodrigo Gomes atirou ao poste da fronteira defendida pelo estreante Diogo Pinto.
O Sporting tornou-se mais expedito na circulação de esfera na segunda secção e, depois de Marcelo Carné ter sido posto à prova em remates de Esgaio e Gyokeres, eis que surgiu o inevitável Paulinho para ‘matar’ dois coelhos de uma cajadada. O tiro certeiro do avançado, o 14.º no campeonato, permitiu que o clube de Alvalade alcançasse o seu recorde de pontos e de vitórias na I Liga, depois de ter assegurado a conquista do seu 20.º título.
A formação orientada por Rúben Amorim, que promoveu ainda a estreia do jovem Miguel Menino uma vez que havia prometido, somou a sua 28.ª vitória na I Liga esta estação, mais uma do que a registada em 2015/16 por Jorge Jesus, fixando ainda o novo sumo leonino de pontos, 87, mais um do que nessa temporada, que culminou com o segundo lugar.
Dois recordes quebrados, muita sarau na Amoreira e um jogo para o final da I Liga. O Sporting continua a festejar e ainda sonha com a dobradinha no Jamor.
Mas vamos às notas desta partida:
Figura
Paulinho já tinha sido o varão do jogo no Sporting-Portimonense, no pretérito termo de semana, e voltou a fazer a diferença neste sábado. Saltou do banco aos 57 minutos e precisou de pouco mais de vinte minutos para marcar o golo que derrubou dois recordes.
Surpresa
Se o Estoril só sofreu um golo na segunda secção muito o deve ao guarda-redes Marcelo Músculos. Depois de uma primeira secção tranquila, o brasílico foi chamado a aplicar-se na lanço complementar. Negou um golaço a Ricardo Esgaio, foi chamado a proteger um tiro de Gyokeres e ainda brilhou numa outra tentativa de Trincão.
Desilusão
Matheus Reis regressou ao onze inicial, mas não conseguiu fazer a diferença enquanto esteve em campo. Com a ingressão em campo de Nuno Santos sentiu-se uma mudança brutal na renque esquerda dos virente e brancos.
Treinadores
Vasco Seabra:
Entrou no Estoril com a equipa no último lugar e catapultou os canarinhos para um lugar de manutenção a uma jornada do termo do campeonato. O conjunto da Traço de Cascais foi respeitador do contendor, mas não deixou de tentar dar o ar da sua perdão. A oportunidade de Rodrigo Gomes a fechar a primeira secção demonstra isso. Pouco depois da hora de jogo, o treinador promoveu as primeiras alterações e acabou por suportar. A risca defensiva dos canarinhos esteve certinha durante grande secção do jogo, mas as mexidas promovidas para a reta final do encontro acabaram por penetrar brechas que o Sporting aproveitou.
Rúben Amorim:
Foi certeiro nas substituições a penetrar a segunda secção, depois de uma lanço inicial com pouco sal. O jogo estava num ritmo baixíssimo, mas as entradas de Paulinho e Nuno Santos trouxeram vida aos campeões nacionais e foi cá que Amorim arrancou o 28.º triunfo (e recordista) da temporada. Sentiu-se um Sporting um pouco ainda em modo sarau, mas os leões tiveram níveis de concentração elevados que permitiram obter os três pontos.
Arbitragem
João Gonçalves não teve a melhor das prestações na Amoreira. O louvado do encontro foi permitindo que os jogadores fizessem muitos protestos, parecendo não ter o controlo do jogo. Ficam algumas dúvidas em dois lances que podiam ter terminado em penálti, aos 2 e 63 minutos. Louvado teve um critério desequilibrado e cometeu vários erros.
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