O PCP vai seguir com uma moção de devastação ao programa do Governo que deverá ser liderado pelo PSD. Na conferência de prelo para dar conta das instruções do Comité Medial de terça-feira, Paulo Raimundo acenou com o recurso a “todos os meios ao seu dispor” para combater o governo de direita.
Quando questionado o partido avançaria com uma moção de eliminado, o líder do PCP foi direto: “Com toda a transparência digo que sim… O facto de avançarmos para esta iniciativa é um sinal político que queremos dar, que é para permanecer logo simples ao que é que se vai. Todos os instrumentos ao nosso dispor serão utilizados e a movimento de excluído é um instrumento a nosso dispor”. Já as restantes forças políticas, “farão as opções que entenderem sobre essa material”, declarou.
Considerando que, com os resultados do pretérito domingo, “a expansão de forças na Parlamento da República se alterou profundamente”, levando a uma “sentença muito grande dos partidos da direita”, Paulo Raimundo reafirmou que o PCP irá “combater a política de direita ”.
Posteriormente as eleições do pretérito domingo, o comité médio do PCP reuniu-se e decidiu qual será o próximo passo no combate à direita: “Levar por diante uma jornada de contacto com os trabalhadores e população”, avançou o secretário-geral do partido. E acrescentou que, neste combate, um dos instrumentos ao dispor – e que utilizará – é apresentar uma moção de exclusão do programa do Governo. Paulo Raimundo apelou ainda a uma “participação massiva” nas comemorações do 25 de Abril.
Foi na sede do PCP, na capital, que Paulo Raimundo convocou a reunião da reunião do comité médio, que se reuniu na terça-feira. O PCP “decidiu levar por diante uma jornada de contacto com os trabalhadores e a população entre os dias 21 e 24 de Março”, começou por expor. E logo, questionado pelos jornalistas, explicou: “Vamos voltar onde estivemos: ao contacto, às empresas, à Matutano à meia-noite”, exemplificou, aludindo a uma das acções de campanha levadas a cabo. O objectivo é satisfazer os compromissos reforçados nesses quinze dias, frisou.
Para o secretário-geral do PCP, “o projecto e objectivos da direita é prejudicial para o povo”, pelo que era necessário “que não fosse implementado”. Nesse sentido, os comunistas apelam a “uma participação massiva” nas comemorações do Dia da Liberdade, mas também no 1.º de Maio, dia do trabalhador. O PCP alertou também para a premência de exigir “mudança” nas eleições para o Parlamento Europeu. É “uma oportunidade de, com o voto na CDU, declarar o caminho necessário para o país e para a Europa”, elaborou.
PCP admite convergência mas rejeita “diluir-se”
Na passada terça-feira, o líder do Conjunto de Esquerda avançou que convidou o PS, Livre, PAN e CDU para reuniões, repto já aceite por todos. Depois de ter estado em silêncio, nesta quarta-feira Raimundo deixou simples: “Naturalmente participamos.”
Paulo Raimundo assume totalidade disponibilidade do partido “para toda a convergência no concreto”, mas alerta que “o PCP não irá diluir-se em nenhum projecto que implique diluições”. “Penso que não é justo pedirem ao PCP – ou a nenhum outro partido – que se dilua neste projecto”, continua.
O secretário-geral do PCP não quis antecipar que tipo de convergência ou entendimento à esquerda poderá estar em cima da mesa. São “aspectos que trataremos na reunião”, disse. E logo acrescentou que urgente é ter a “convergência toda na solução dos problemas das vidas das pessoas. precisamos de convergência para as atualizações, pensões e saúde”.
E, ainda sobre o tema, deixou simples que o PCP segue o seu trajectória com ou sem suporte: “Nunca me passou pela cabeça que a nossa iniciativa fosse elemento de reuniões desta material. O que fazemos não é para impelir outros, mas para deixar simples que connosco a direita não avança”.
Já na reunião que o PCP terá com o Presidente da República na próxima quinta-feira, Paulo Raimundo adiantou que dirá a Marcelo Rebelo de Sousa que “pode recontar com a congruência de sempre” por segmento do PCP e com “a firmeza” de que será “na primeira risco de combate à direita”.
Actualizado às 13h18 com confirmação de que PCP avançará com movimento de eliminado e revisto porque Paulo Raimundo não rejeita um projecto de convergência à esquerda, recusa sim um projecto que implica a “diluição” do projecto do partido em tal convergência
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