Os indecisos, os falsos indecisos e essa “maioria invisível” que Pedro Nuno Santos diz que não aparece nas sondagens, que sucessivamente vão dar vantagem à Associação Democrática (AD). Todos esses são votos que interessam ao líder socialista, uma vez que ficou evidente numa arruada em Gondomar, que deveria ter ocorrido na feira da cidade, mas foi desviado para o núcleo, na sequência do mau tempo. Ali, falou aos jornalistas, com o objetivo de convocar todos os que deram a maioria absoluta aos socialistas em 2022.
Pedro Nuno Santos garante que não se tem “sentido desanimado, não há nenhum desânimo” por razão das sucessivas sondagens que dão vantagem à AD e que “há uma grande maioria, uma maioria invisível sub-representada nas sondagens”. É essa “maioria” que o líder socialista diz que quer “simbolizar”, para que “não seja prejudicado” por uma eventual mudança de governo, porque “o pior que poderia suceder era caminhar para trás”.
Ou seja, já não é só a questão dos indecisos e do apelo ao voto aos que estão hesitantes. É o apelo a quem deu o voto a António Costa em 2022 para que volte a encarregar no PS e, sobretudo, num novo líder.
A mensagem da “maioria invisível” regressou no exposição no auditório municipal de Gondomar e, de novo, no almoço-comício no Marco de Canavezes, onde, numa sala apinhada, Pedro Nuno Santos falou para aqueles que votaram no PS em 2022, pedindo que voltem a fazê-lo.
Para que “não se dê um passo detrás”, insista que o líder do PS é preciso uma “mudança boa”. É uma transição suave do legado de Costa para o novo ciclo do partido com um novo líder. Pedro Nuno Santos não o diz, mas, a leitura é que a “mudança boa” acontece por oposição ao que seria a “mudança má”, ou seja, uma eventual vitória da AD.
Na reta final da campanha solene, Pedro Nuno Santos faz o apelo da mobilização porta à porta: “Que cada um de nós, cada um de vós convença um indeciso, ligeiro um indeciso a votante.”
Se a mensagem resultar, se se conseguir “mobilizar os indecisos” e “quem votaram” nos socialistas “no pretérito”, se se mobilizar essa “maioria invisível”, Pedro Nuno santos está convicto de que “é o PS que vai lucrar as eleições” . A tal “maioria do povo que não está nas televisões nem nas redes sociais”, concluiu o socialista.
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