Março 22, 2025
Pedro Sánchez não se demite: “depois de refletir, decidi continuar com mais força”

Pedro Sánchez não se demite: “depois de refletir, decidi continuar com mais força”

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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou esta segunda-feira que continuará em funções. “Depois de refletir, decidi continuar. Vou continuar com mais força”, garantiu, agradecendo a “solidariedade e empatia” que recebeu nos últimos dias.

Em seguida um período de cinco dias de reflexão sobre a sua ininterrupção no missão, na sequência do que descreveu porquê uma “campanha de assédio” contra a sua mulher, Begoña Gómez, o patrão do Governo mostrou-se consciente de que “esta campanha de mordacidade não vai parar”, mas assegurou que conseguem “enfrentá-la”.

“Graças à mobilização” dos últimos dias para que continuasse em funções, Sánchez afirmou: “Assumo a decisão de continuar, se provável com mais força ainda. O que está em motivo não é o direcção de um determinado líder. Trata-se de deliberar que tipo de sociedade queremos ser. O nosso país precisa desta reflexão. Durante excessivo tempo deixámos que a lodo contaminasse a nossa vida pública”.

“Apelo à sociedade espanhola para que, mais uma vez, dê o exemplo. Os males que nos afetam fazem segmento de um movimento global. Mostremos ao mundo porquê se defende a democracia”, exortou.

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No início da informação ao país, Sánchez ainda alimentou o suspense. “Na quarta-feira passada, escrevi uma epístola aos cidadãos, perguntando-me se valia a pena. Tenho uma resposta clara. Se permitirmos ataques a pessoas inocentes, logo não vale a pena. Se permitirmos que as mentiras substituam o debate, logo não vale a pena. Precisava de parar e refletir. A epístola pode ser desconcertante porque não é politicamente calculada. Reconheci perante aqueles que procuram quebrar-me que me custa viver estas situações. Agi com uma fé clara. Não se trata de uma questão ideológica”, garantiu.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e a sua mulher, Begoña Gómez, numa sarau no palácio de Alhambra, em Granada

Burak Akbulut/Anadolu/Getty Images

A política espanhola ficou em suspenso na quarta-feira da semana passada, depois de Sánchez anunciar que ponderava demitir-se e que ia parar para refletir durante cinco dias, cancelando a sua agenda pública.

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O pregão foi feito no dia em que um tribunal de Madrid confirmou a exórdio de um “sindicância prévio” por alegado tráfico de influências e prevaricação da mulher do socialista, na sequência de uma queixa de uma organização conotada com a extrema-direita baseada em alegações e artigos publicados na Internet.

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O Ministério Público pediu logo no dia seguinte, quinta-feira, o arquivamento da queixa, por considerar não possuir indícios de delito que justifiquem a exórdio de um procedimento penal.

Madri

Europa Press News/Getty Images

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Internacional

Segundo o também secretário-geral do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, de centro-esquerda), ele próprio e a mulher estão há meses a ser vítimas da “máquina de lodo” da direita (Partido Popular, PP) e da extrema-direita (Vox).

Na epístola que tornou pública na quarta-feira, Sánchez escreveu que não sabia se valia a pena continuar adiante dos cargos perante um “ataque sem precedentes, tão grave e tão grosseiro”. “Muitas vezes esquecemo-nos de que por trás dos políticos há pessoas”, afirmou, num texto publicado na rede social X.

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