André Villas-Boas já deu resposta sobre uma das maiores questões dos adeptos portistas: o porvir de Pepe. Numa entrevista, esta segunda-feira, ao estreante ducto Now, o presidente do FC Porto anunciou a despedida do camisola 3.
“O que transmiti ao Pepe, de certa forma, e que é de bom siso generalidade, é que todo o seu porvir está intimamente ligado ao FC Porto, seja do ponto de vista emocional, ou seja até do ponto de vista profissional. Sobre a sua perenidade, enquanto jogador do FC Porto, isso não irá intercorrer”, disse Villas-Boas, pela primeira vez, confirmando a saída do resguardo de 41 anos da equipa de futebol.
“Foram-lhe muito explicadas as razões pelas quais, infelizmente, não poderá intercorrer. No entanto, temos o supremo reverência pela sua curso”, continuou.
Uma vez que justificação, disse possuir um “caminho dissemelhante e também uma preocupação do novo FC Porto em reduzir a tamanho salarial e os custos.” “Isto foi claramente explicado ao Pepe. Irá tomar a decisão que entender relativamente à sua curso e as portas do FC Porto estarão sempre abertas para ele”, garantiu o moderno presidente dos “azuis e brancos”.
Pepe está, de momento, ao serviço da selecção portuguesa, que se estreia esta terça-feira no Euro 2024. Por isso, só deverá discursar informações sobre o seu porvir depois da competição europeia. No início do mês, alguns clubes da Arábia Saudita demonstravam interesse pelo desportista.
Problemas financeiros
Villas-Boas também falou da possibilidade de vender alguns activos do clube para gerar receitas. “Temos bastante valor nos nossos plantéis, que nos podem dar essas mais-valias e essas receitas para operar no mercado”, explicou.
“No fundo, o futebol português sempre se traduziu por ser um mercado que exporta muito em qualidade e talento e penso que, naturalmente, podemos ser assediados nesse sentido. Se não formos, somos capazes de reter essa qualidade. No entanto, temos obrigações para executar, tal porquê o licenciamento da UEFA”, acrescentou o presidente dos “dragões”.
Segundo Villas-Boas, “o FC Porto sempre vendeu muito muito”, exceptuando os últimos anos em que foram “de certa forma, asfixiados por um garrote financeiro e pelo licenciamento da UEFA”. Por estes motivos, o clube viu-se obrigado “a operar no mercado de outra forma”, mas o presidente expressou a vontade de “restabelecer o FC Porto negociador”. Sobre o porvir demonstrou-se optimista, já que “a credibilidade da equipa profissional” do clube faz com que leste “se sente à mesa com os bancos”.
Um grande caminho “azul e branco”
Képler Laveran Lima Ferreira começou a sua curso no Alagoas, a terreno brasileira onde cresceu. Aos 18 anos mudou-se para Portugal à procura de melhores oportunidades. Por cá, estreou-se no Marítimo B e rapidamente chegou ao plantel principal. É em 2004 que é transferido, pela primeira vez, para o FC Porto.
2007 foi um ano de grandes mudanças para Pepe. Obtém a cidadania portuguesa, começa a servir a selecção pátrio e é contratado pelo Real Madrid, onde ficou durante dez anos.
Em 2o17 é anunciado pelo Besiktas, onde fica até voltar ao FC Porto, a 8 de Janeiro de 2019. Pelos “dragões” conseguiu 14 títulos (uma Taça Intercontinental, uma Taça da Liga, três Taças de Portugal, quatro campeonatos da I Liga e cinco Supertaças Cândido de Oliveira). Pelo Real Madrid já tinha 13 títulos.
De dragão ao peito jogou 288 jogos e ultimamente dedica-se a sovar recordes por longevidade. A 7 de Novembro de 2023, contra o Antuérpia, tornou-se o jogador mais velho de sempre a marcar um golo na Liga dos Campeões, sendo também o mais velho de sempre (excluindo guarda-redes) a jogar na competição.
Ao nível das suas internacionalizações, a história não é muito dissemelhante. Na terça-feira, jogando, torna-se o mais velho de sempre a participar num Europeu.
Para além da sua qualidade técnica, Pepe foi sempre reconhecido pela sua liderança. Quer no clube, quer na selecção, Pepe é continuamente descrito porquê uma peça fundamental na segurança dentro das quatro linhas e no balneário.
E o seu portismo é assumido pelo próprio: “É um clube que eu senhor, onde fui sempre acarinhado, onde as pessoas me tratam muito muito”, disse quando fez o seu 250.º jogo com a camisola do FC Porto, em 2023.