Setembro 17, 2024
Perfil de Ismail Haniyeh: as últimas imagens do líder do Hamas
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Conflito Israel-Palestina

A última aparição pública de Ismail Haniyeh antes de morrer no ataque em Teerão, na madrugada de 31 de julho.

O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto na madrugada de 31 de julho num ataque em Teerão atribuído a Israel. Rosto da diplomacia palestiniana, era no entanto considerado por muitos como um moderado em comparação com os membros da linha mais dura do grupo islâmico radical que governa a Faixa de Gaza desde 2006 e que é apoiado pelo Irão.

Ismail Haniyeh surgiu aos olhos do mundo quando se tornou primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana na sequência da vitória surpreendente do seu movimento Hamas nas eleições de 2006.

Defensor da conciliação da luta armada e do combate político no seio do grupo, manteve sempre boas relações com os líderes dos vários movimentos palestinianos.

Presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas com o primeiro-ministro Ismail Haniyeh

Hatem Moussa

Formou um governo de unidade com a Fatah, de Yasser Arafat, na altura dirigida por Mahmud Abbas. As divergências entre as duas formações ditaram o fim da coligação, a expulsão da Fatah de Gaza e a tomada do poder no enclave pelo Hamas desde 2006.

Haniyeh, de 62 anos, vivia no exílio voluntário entre o Qatar, a Turquia e, soube-se agora, em Teerão onde tinha uma residência.

A Universidade Islâmica e o Hamas

Ismail Haniyeh nasceu em 1962 no seio de uma família de refugiados de Ascalão (Asqalan em árabe), poucos quilómetros a norte de Gaza. Estudou na Universidade Islâmica de Gaza, onde se envolveu pela primeira vez com o Hamas, e licenciou-se em literatura árabe em 1987. Iniciou as suas atividades militantes no seio do ramo estudantil da Irmandade Muçulmana na Universidade Islâmicatendo participado em associações de estudantes em 1983 e 1984.

Três anos depois, juntou-se à criação do Hamas, altura em que foi desencadeada a primeira Intifada, revolta palestiniana contra Israel que durou até 1993. Durante este período, Ismail Haniyeh foi várias vezes preso por Israel e expulso durante seis meses para o sul do Líbano.

Em 2007, depois de assumir o comando de um governo de unidade comprometeu-se a trabalhar para a criação de um Estado palestiniano “na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com Jerusalém como capital”indo no sentido contrário do discurso oficial do Hamas que não reconhece essas fronteiras.

Governo palestiniano de unidade e curta duração

Mas foi sob a liderança de Ismail Haniyeh que quase explodiu uma guerra civil. O governo de unidade com a Fatah de Mahmoud Abbas, durou pouco tempo, o Hamas expulsou a Fatah da Faixa de Gaza em 2007, dois anos após a retirada unilateral de Israel do território.

O movimento islâmico radical tomou o poder na Faixa de Gaza à custa de confrontos mortais que ainda hoje deixou feridas abertas entre os dois rivais.

Haniyeh foi eleito líder do gabinete político do Hamas em 2017 para suceder a Khaled Mashaal, exilado no Qatar.

Líder do Hamas Khaled Mashaal em 2012

Hatem Moussa / AP

Ataque de 7 de outubro e morte dos filhos

Imagens divulgadas pelos meios de comunicação do Hamas logo após o início do sangrento ataque a IsraelHaniyeh foi visto a conversar alegremente com outros líderes do Hamas no seu escritório em Doha, assistindo à reportagem da televisão árabe que mostra os ataques dos comandos do Hamas.

Passados mais de de nove meses de guerra, há zonas de Gaza em ruínas, milhares de deslocados. Haniyeh insistiu repetidamente que o grupo só libertaria os reféns israelitas com um cessar-fogo definitivo.

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