“Há uma grande diferença se tens o melhor jogador do mundo no banco de suplentes ou no relvado”, disse Michal Probierz, seleccionador da Polónia, antes do jogo desta sexta-feira frente à Áustria, que terminou com triunfo austríaco por 3-1, em Berlim. O treinador falava de Robert Lewandowski, que falhou o primeiro jogo por lesão e já jogou meia hora, mas não mudou muita coisa, porquê sugeriu Probierz.
O impacto foi nulo e os polacos mantiveram os mesmos problemas que tinham sem o avançado – até porque, em rigor, não era dali que eles vinham.
Já a Áustria mostrou ser uma equipa muito completa e com princípios de jogo bastante interessantes, conquistando o primeiro triunfo no grupo D. A Polónia, por outro lado, mantém-se no rotundo zero. Porquê? Porque Berlim mostrou que os austríacos são claramente melhores em todos os aspectos do jogo.
Lá onde a coruja dorme ??
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Muita pressão
O Estádio Olímpico de Berlim – palco de influência nazi do qual já se falou neste texto –, receberam, com uma curiosa trivialidade histórica, duas nações também bastante envolvidas na II Guerra Mundial: a Áustria, anexada pacificamente logo nos primeiros tempos de expansão nazi, e a Polónia, invadida no ano seguinte.
No futebol, foi a Áustria quem domou os polacos. Com uma pressão bastante intensa, e por vezes muito subida, a equipa de Ralf Rangnick esteve largos minutos em processo ofensivo, com recuperações sucessivas que permitiam reconstruir ataques em zona bastante subida.
Os polacos, com comportamento semelhante ao que tiveram frente aos Países Baixos, pressionavam cocuruto a saída curta da Áustria, mas com o conjunto descoordenado, sendo fácil de sovar com uma globo vertical. E ficava sempre superioridade da Áustria em qualquer sítio do campo – o problema era só deslindar onde ela estava.
O jogo mostrava duas equipas com ideias parecidas de recuperarem a globo cocuruto, mas com uma clara diferença entre quem sabia pressionar com a equipa toda, os austríacos, e quem colocava dois ou três solitários a fazê-lo, porquê os polacos.
Com domínio quase totalidade, a Áustria acabou por chegar ao golo. Aos 9’, uma insistência posteriormente um lançamento lateral, com a tal boa reacção à perda, permitiu a Mwene cruzar para um cabeceamento de Trauner ao primeiro poste.
A Polónia faz o empate ??
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Ninguém o marcou, havendo entorpecimento colectivo, mas também individual – no caso, do ex-Benfica Dawidowicz.
Aos 31’, numa período em que os polacos chegavam com mais gente ao ataque – sobretudo com alguns raides de Zielinski em meio –, uma globo confusa na superfície da Áustria permitiu a Bednarek rematar contra um contendedor e Piatek fazer o mesmo na recarga, mas com mais sucesso.
Lewandowski na segunda secção
Na segunda secção, a Polónia teve mais globo e mais agressividade sem ela, mas nem por isso mais organização. Aos 66’, a pressão polaca foi novamente batida facilmente, com cinco jogadores a ficarem para trás, e uma globo entre linhas permitiu uma simulação genial de Arnautovic e ulterior remate de Baumgartner à ingressão da superfície.
A construção austríaca foi muito paciente, desde trás, começando no galeria recta, antes de rodar para o esquerdo e completar na zona meão.
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Nesta período já havia Lewandowski em campo, mas a Polónia tinha dificuldade em fazer a globo chegar ao avançado do Barcelona, que ia passando ao lado do jogo.
Aos 77’, Arnautovic lutou por uma globo aérea, que acabou a isolar Sabitzer perante Szczesny. Houve derrube, penálti e golo de Arnautovic. Estava jogo feito.