Março 18, 2025
“Porto in the Night” na Super Bock Estádio: uma vez que não querer ser levado a sério e falhar redondamente – Showbiz

“Porto in the Night” na Super Bock Estádio: uma vez que não querer ser levado a sério e falhar redondamente – Showbiz

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Pedro Ribeiro, Nuno Markl, Vera Fernandes e Vasco Palmeirim são comunicadores natos, com uma pujança contagiante e uma euforia incitadora, que “obriga” o público a estar de pé, a dançar e a trovar, a sovar palmas e a rir… uma vez que se “não houvesse amanhã”. O amanhã há-de chegar, mas depois do espetáculo “Porto in the Night”, será um dia mais ligeiro, mais otimista e mais sorridente. Não há uma vez que evitar! Hão-de vir à memória trechos do espetáculo e havemos de rir, uma vez que se ainda lá estivéssemos. Muito bom!

A equipa das manhãs da Rádio Mercantil não quer ser levada a sério – as palavras são dela – mas omissão redondamente quando apresenta um espetáculo «digno da Broadway», onde o trabalho, o interesse e a entrega são notórios. A magia de apresentar uma noite em que a diversão e o humor falam mais cumeeira deve dar um trabalho “danado”. E que muito trabalham os quatro locutores, a filarmónica e a organização!

“Porto in the Night” é marcado por um conjunto de canções que os ouvintes fiéis sabem de cor. As músicas de Vasco Palmeirim celebram momentos e pessoas, com um cunho de humor inigualável. De Jéssica Beatriz a Luís Montenegro, de António Costa a Theresa May, do Lítio ao Nome da muchacho – e poderíamos seguir nesta lista… A determinado momento do espetáculo, o ecrã de palco exibe fotos de todas as personalidade visadas por Vasco Palmeirim nas suas canções (e são muitas!).

créditos: Paulo Soares

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créditos: Paulo Soares

A recriação de rubricas da rádio foi uma teoria reluzente. Estas quatro pessoas “entram” nas vidas do público todos os dias e há um sentimento de partilha, de conhecimento e de descontração, uma vez que se fizessem, de facto, segmento da vida dos ouvintes. Os que estão sentados frente ao palco parecem levar vantagem: convivem com as quatro vozes todos os dias e fomentam uma privança, tão inexplicável uma vez que única.

Voltemos ao início. A introdução de Rodrigo Guedes de Roble é de rabi. O público não está ali “unicamente” para rir «das tristes figuras dos apresentadores» (que de tristes têm muito pouco). A plateia toma, no espetáculo, o lugar que lhe pertence: um ouvinte extasiado por, finalmente, “saber” as vozes que ecoam ao longo das suas manhãs. A interação que se gere deixa pressentir que, mais do que ver, ouvir ou rir, o público há-de interagir, divertir-se e deixar-se levar. Num famoso “apita o comboio”, nos passes de flamenco, nos braços no ar, de cócoras no pavimento, diversão é a vocábulo de ordem.

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Quanto às rubricas da rádio, passamos por um “Dejajero”, com cores de “Pérola Azul”, até ao sempre bem-vindo “O Varão que mordeu o cão”, desta feita com uma participação peculiar do duo de “Já se faz tarde” e uma viagem de comboio, em que, uma vez mais, não importa o rumo, mas sim o caminho. A “Boooooomba” há-de explodir na Super Bock, com 100 felizes contemplados.

créditos: Paulo Soares

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créditos: Paulo Soares

Simples que “a Estádio é uma disco”. “Eu sei, tu és”, dos Santamaria, é a desculpa perfeita – uma vez que se por essa fundura, desculpas fossem ainda necessárias – para saltar, dançar e desafinar. A felicidade assenta-nos muito!

O quarteto repete, esta noite, a façanha. Numa Super Bock (de novo) esgotada. Em termo de semana de Taylor Swift (quem?), do primeiro grande festival do ano na Invicta, das festas da Nossa Senhora dos Milagres (esta é inventada), esgotar duas noites na Super Bock Estádio é um feito que deve ser levado muito a sério – com muitas gargalhadas à mistura.

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