País
Há já qualquer tempo que o gálico Christian Louboutin, famoso pelos sapatos com a sola vermelha, escolheu Portugal para segunda morada. Uma paixão que já o levou a comprar morada em Lisboa e em Melides, onde construiu um hotel e se prepara para inaugurar outro. O sabido pai gálico investiu, continua a investir, milhões de euros, a produzir postos de trabalho e a proteger o património português.
Está na lista dos milionários mas a postura não podia ser mais simples e descontraída. Foi descalço, num sofá, que recebeu a SIC. Age com naturalidade e com um cintilação próprio no olhar quando fala de Portugal ou das filhas, gémeas de 9 anos.
Recatado, tenta sempre passar despercebido, mas tem uma vez que amigos Madonna, Taylor Swift, Janet Jackson, Sharon Stone e a fadista Mariza, entre outros.
Além de sapatos, gosta de arquitectura e de riscar mobiliário.
Assume ter apanhado o prestígio e o topo da curso com muito trabalho. Há mais de 30 anos que Christian Louboutin começou a vir para Portugal, primeiro de férias para Sintra, depois para a Comporta, e foi paixão à primeira vista.
Depois restaurar uma morada em Melides, para poder ter o seu próprio espaço sempre que lhe apetecesse estar em Portugal, ali criou, do zero, o primeiro hotel da zona. Labareda-se Vermelho e propõe ser uma extensão da personalidade do pai, integrada na paisagem alentejana.
O Vermelho tanto nos lembra a estação mourisca uma vez que nos transporta para o moderno charme parisiense. Da autoria de uma arquitecta portuguesa, em vários pontos destaca-se a marca do designer polivalente e a sua pasmo pelo artesanato português. Traços que, revelou à SIC, vão manter-se no novo hotel.
Depois da sola vermelha, seguiram-se malas, acessórios, cadeiras e óculos de sol, em colaboração com Yvanovitch e Marcolin, sem olvidar o bâton, encarnado, simples. As coleções também se estendem aos homens, porque “a provocação é forçoso e faz secção da tendência”.
No ano pretérito teve uma receita de milénio milhões de euros. Um par de sandálias futuristas, inspiradas na Marvel custam três milénio euros. Há sapatos a partir dos 400 euros mas, apesar do valor, não faltam clientes. Louboutin diz que o quantia que ganha “é para investir, mantendo a integridade dos sitios sem fazer cedências ao turismo”.
Ri-se quando lhe dizemos que os saltos altos que faz não são bons para a passeio portuguesa. Fruto de um marceneiro e de uma dona de morada, nasceu e cresceu em Paris numa familia modesta, de esquerda, com três irmãs e a mãe. O facto de ter sempre lidado com o universo feminino modelou-o para a vida.
Adora a cozinha portuguesa, uma vez que arroz de pato e mesocarpo de porco à alentejana mas pastéis de nata, assume, odeia.
Apesar das visitas frequentes ao Egipto, Itália, Novidade Iorque e Brasil diz ter sempre o Alentejo na mira, com o novo hotel já em construção, num avultado investimento privado, só seu, é uma a certeza de que Portugal vai continuar a ser a sua morada do coração.