Março 19, 2025
Portugueses na Alemanha optam por dupla nacionalidade para poderem votar – Observador

Portugueses na Alemanha optam por dupla nacionalidade para poderem votar – Observador

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Muitos portugueses a viver na Alemanha optam por dupla nacionalidade para poderem votar nas eleições gerais e para evitarem “papelada” numa fundura em que Berlim facilita o processo de obtenção da cidadania.

“Há mais de oito anos que vivo e trabalho na Alemanha e pago os meus impostos cá e incomoda-me não poder votar, não ter uma termo a proferir não que diz saudação à política e ao Governo, sendo que com os meus impostos financeiros as políticas desse Governo”, diz Maria Costa.

Também Diana Gonçalves Osterfeld, a viver em Berlim, admite que um dos motivos que levou a pedir a dupla nacionalidade é o recta ao voto que pretende trenar “ainda mais tendo em conta o quadro político pátrio”.

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O Parlamento Teutónico aprovou em 19 de janeiro uma lei que facilita o processo de naturalização e amplia o chegada à dupla cidadania, sem premência de abjurar do original. O Governo, liderado por Olaf Scholz, espera que, desta forma, o país consiga atrair mais trabalhadores.

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Os imigrantes que vivem legalmente na Alemanha podem solicitar a cidadania depois de cinco anos a viver no país, anteriormente o prazo era de oito anos. Se for demonstrada uma integração fabuloso, uma vez que no domínio do linguagem, em atividades voluntárias ou no desempenho escolar ou profissional, o tempo pode ser reduzido por três anos.

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“Tudo o que facilita a integração de estrangeiros, seja encurtar o tempo de residência para o pedido de dupla nacionalidade ou outras medidas, uma vez que aulas de língua alemã gratuito, por exemplo, é de louvar”, considera José Ponte. Para oriente português a viver na Alemanha desde 2003, solicite a nacionalidade alemã tem sentido por uma questão prática.

“Cada vez que for necessário tratar de um documento ou renovação do cartão do cidadão ou passaporte, tenho que me transladar para Hamburgo, onde há um consulado. Com a cidadania alemã, trato tudo no sítio onde vivo“, aponta.

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Leonel Barbosa da Costa, enfermeiro português a viver na Alemanha, acredita que a mudança das regras na obtenção da cidadania alemã vai facilitar a vida aos cidadãos que não pertencem à União Europeia. “A renovação dos vistos é uma tarefa árdua e chata. Muitos colegas ficam, por vezes, sem visto e não podem trabalhar até o terem”, sublinha, lamentando que o processo esteja muito demorado.

Para Diana Moreira, a viver em Berlim há 10 anos, foi uma “decisão fácil”. “No caso dos meus filhos, eles nasceram cá e foram registados com nacionalidade portuguesa. Penso que dar-lhes também a nacionalidade alemã poderá ajudar no porvir, caso queiram estudar cá”, aponta, acrescentando que lhe agrada poder votar.

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“Tomei conhecimento da redução do tempo mínimo de residência há um pouco tempo, quando estive a ler os requisitos. Acho que faz sentido, uma vez que cinco anos já é bastante específico. Quem vive cá há tanto tempo, deve poder ter recta ao voto, uma vez que influencia diretamente as vidas dessas pessoas”, salienta.

Helena Wildgeborene, que veio viver a primeira vez para a Alemanha em 1985, e que atualmente reside em Bremen, comportar nunca ter querido ou precisado da nacionalidade alemã. “Mas também sempre me chateei por não poder votar. Acho muito importante votar no país onde se vive. É mais importante que nunca”, realça, parabenizando-se com a decisão do Governo de facilitar os requisitos de chegada à cidadania alemã.

“Muita gente está muito muito integrada e acho que tem o recta de poder ter a nacionalidade alemã se quiserem ou precisarem”, destaca.

Diana Gonçalves Osterfeld sublinha que a mudança é “bastante positiva” porque promove uma “integração mais rápida na sociedade”, mas lamenta a morosidade. “Infelizmente os processos já estão tão atrasados, pelo menos cá em Berlim, que acho que vai tornar a situação de pedidos de nacionalidade ainda mais congestionada”, realça.

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As crianças nascidas na Alemanha, das quais pelo menos um dos pais trabalham a viver legalmente no país há cinco anos ou mais, recebem involuntariamente a cidadania alemã. O prazo era de oito anos. “Nunca escolheria a nacionalidade alemã em prol da portuguesa, mas uma vez que há a possibilidade da dupla nacionalidade, consegui que não perdia zero“, sustenta Catarina Vilar Markiewicz, que obteve a nacionalidade alemã há três anos.

“Já vivo há bastantes anos na Alemanha e, com o promanação dos meus filhos, consegui que facilitaria o processo de registo nas escolas”, declara, acrescentando que a instabilidade política e fragilidade atual da União Europeia também pesou na decisão.

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