Março 20, 2025
Pós-eleições na Madeira. PSD quer dialogar e PS acredita ser verosímil apresentar escolha

Pós-eleições na Madeira. PSD quer dialogar e PS acredita ser verosímil apresentar escolha

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Segundo os resultados oficiais provisórios da noite eleitoral divulgados pela Secretaria-Universal do Ministério da Governo Interna, o PSD conseguiu 36,1% dos votos e o PS chegou aos 21,3%.

O Juntos Pelo Povo (JPP) foi a terceira força política mais votada, com 16,9% dos votos. O Chega conseguiu 9,2%, o CDS 4%, a IL 2,6% e o PAN 1,9%. Segue-se a CDU com 1,6%, o BE com 1,4% e o PTP, com 0,9% dos votos.



Contas feitas, o PSD conseguiu escolher 19 deputados (menos um do que nas últimas eleições) e os socialistas elegeram 11.
O CDS perdeu um deputado, ficando com dois parlamentares, e o PAN manteve o lugar no Parlamento, assim porquê o Chega e a IL, que ficaram com o mesmo número de assentos (quatro e um, respetivamente).

O JPP, partido nascido na região e com origem num movimento autárquico independente, aumentou o número de eleitos de cinco para nove. Já o BE e a CDU perderam a representação parlamentar.

PSD quer “dialogar” e PS diz que é verosímil apresentar uma escolha

No oração posteriormente serem conhecidos os resultados, Miguel Albuquerque saudou a “vitória clara” do PSD e apontou para uma “rota copiosa” da esquerda.

O social-democrata diz-se agora disponível para negociar com “todos os partidos com assento parlamentar”, excluindo o PS, e asseverar um “Governo com segurança”.

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“Os resultados são fáceis de interpretar. Nós somos o partido que foi escolhido pelo povo madeirense para governar”, afirmou, reforçando ser necessário subscrever o Orçamento deste ano e um Programa do Governo até julho.

Mas, não mencionou um partido em concreto, nem indicou se pretende governar em minoria, negociar um pacto de Governo ou um pacto parlamentar. Nas eleições de 2019, posteriormente ter perdido a maioria absoluta pela primeira vez, o PSD fez um pacto com o CDS e os dois governaram o arquipélago desde portanto. No entanto, em 2023, os social-democratas assinaram um entendimento de incidência parlamentar com o PAN para que a coligação pudesse racontar com o base de 24 dos 47 deputados da Tertúlia.

O PS, por sua vez, faz uma leitura dissemelhante dos resultados e diz ser verosímil apresentar uma escolha a um Governo do PSD.

O PS e o JPP, juntos, têm 20 deputados, ficando a quatro da maioria absoluta do parlamento. No entanto, Paulo Cafôfo diz que irá dialogar com todos os partidos com representação parlamentar, mesmo à direita, à exceção do PSD e Chega. O objetivo do líder regional socialista é “edificar um novo Governo com segurança”.



Luís Montenegro felicitou Miguel Albuquerque pela vitória e pediu responsabilidade ao PS e ao Chega.



“Os madeirenses escolheram com perspicuidade e escolheram duas vezes, no espaço de oito meses, a mesma força política para liderar o Governo regional e o mesmo candidato a assumir essa liderança”, afirmou o primeiro-ministro.

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Montenegro declarou que o PS e o Chega sofreram grandes derrotas e não apresentam condições para serem Governo na Madeira. “É tempo de reclamar o saudação democrático, a humildade democrática àqueles que perdem”, asseverou.



Já Pedro Nuno Santos destacou o “pior resultado de sempre” do PSD na Madeira, apesar da vitória.
O líder do PS não quis, no entanto, especular sobre possibilidades de governação para respeitar as autonomias regionais.

O que dizem os restantes partidos?

Sobre eventuais acordos com outros partidos, Élvio Sousa, candidato pelo JPP, reafirmou que o PSD está “fora da equação” e remeteu quaisquer outras conversas para esta segunda-feira.

O líder regional do Chega, Miguel Castro, deixou evidente que o partido exclusivamente apoiará o executivo social-democrata sem Miguel Albuquerque na equação. Se o presidente do PSD/Madeira permanecer terá de “ter a coragem” para governar sem maioria, disse o líder regional do Chega.



André Ventura reiterou que não há nenhuma possibilidade de pacto de governação com Miguel Albuquerque e considerou que o presidente do Governo regional não tem condições para se manter no poder.

O CDS-PP já admitiu estar disponível para dialogar com todos os partidos, mas avisou que não voltará a integrar o executivo.



Também a IL reafirmou que não vai fazer acordos com ninguém, embora tenha disponibilidade para negociar caso a caso.
Sobre o duelo de Paulo Cafôfo em falar com a IL, o líder da IL, Rui Rocha, foi perentório: “o melhor juízo que eu daria a Paulo Cafôfo é que não perda tempo connosco”.


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c/ Lusa

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