Março 20, 2025
Presidente Emmanuel Macron descreve Alain Delon como um “monumento francês”
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O anúncio, este domingo, da morte do ator Alain Delon está a desencadear diversas reações de homenagem, entre as quais a do Presidente Emmanuel Macron, que o descreve como um “monumento francês”.

Numa mensagem publicada na rede social X, Macron recordou algumas das personagens que mais marcaram a sua filmografia, salientando que Alain Delon “desempenhou papéis lendários e fez todo o mundo sonhar”.

“Melancólico, popular, secreto, era mais do que uma estrela: um monumento francês”, concluiu o chefe de Estado, que ilustrou a sua mensagem com uma fotografia do ator na sua juventude e com o Arco do Triunfo, em Paris, como pano de fundo.

Jack Lang, que foi ministro da Cultura durante a presidência do socialista François Mitterrand, recordou, numa entrevista à estação de rádio France Info, a grande amizade que o uniu ao que descreveu como um “imenso ator”, assim como a homenagem que lhe foi prestada no Festival de Cinema de Cannes, quando estava à frente do ministério.

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Lang afirmou que, apesar de ser conhecido que Alain Delon era de direita, teve uma “relação de respeito e mais tarde de afeto” com François Mitterrand, a quem prestou homenagem aquando da sua morte em 1996.

“Alain Delon já não existe. Pensávamos que era imortal por ter tido várias vidas”, publicou, por sua vez, no X a ministra demissionária da Cultura, Rachida Dati, considerando que França ficou “órfã da sua mais bela encarnação no ecrã’.

O ator francês Alain Delon, um ícone do cinema, morreu aos 88 anos, anunciaram hoje de manhã os seus três filhos numa declaração conjunta à AFP.

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“Alain Fabien, Anouchka, Anthony, assim como (o seu cão) Loubo, têm a imensa tristeza de anunciar a partida do seu pai. Faleceu pacificamente na sua casa em Douchy, rodeado pelos seus três filhos e pela sua família. (…) A família pede gentilmente que respeitem a sua privacidade neste momento de luto extremamente doloroso”, diz o comunicado, citado pela AFP.

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Figura central em mais de cinco décadas de constantes transformações do cinema francês, Delon deixa um legado de 122 filmes, 88 dos quais como ator, dois como realizador e 32 como produtor, numa carreira ligada a realizadores como Jean-Pierre Melville (“O Círculo Vermelho”, “O Silêncio de um Homem”), Luchino Visconti (“Rocco e os Seus Irmãos”, “O Leopardo”), René Clément (“Em Pleno Sol”) ou Louis Malle.

Em termos de prémios, desde a sua primeira aparição no grande ecrã, em 1957, Delon ganhou um César de Melhor Ator em 1985 por “A Nossa História”, de Bertrand Blier, o Urso de Honra no Festival de Cinema de Berlim em 1995 e o Prémio do Festival Internacional de Cinema de Berlim. Em maio de 2019, obteve o seu reconhecimento mais notável, ao receber a Palma de Ouro honorária em Cannes.

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