“Não há zero a lucrar com a sua prisão e queremo-lo de volta à Austrália”, disse hoje Anthony Albanese.
Julian Assange, 52 anos, aceitou declarar-se culpado de conspiração para obter e vulgarizar ilegalmente informações confidenciais, num negócio com a justiça dos EUA, e saiu da prisão.
Assange “deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho”, foi libertado no aeroporto de Stansted, em Londres, “onde embarcou num avião e partiu do Reino Uno”, tendo a Austrália uma vez que direcção final, disse o Wikileaks.
A libertação resulta de “uma campanha global” que “criou espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, conduzindo a um negócio que ainda não foi formalmente finalizado”, acrescentou o portal, na rede social X (velho Twitter).
O avião que alegadamente transporta Assange parou, entretanto, em Banguecoque, na Tailândia, desconhecendo-se se exclusivamente para aprovisionamento ou se para que o fundador do WikiLeaks mude de avião.
Assange deverá comparecer na quarta-feira perante um tribunal federalista das Ilhas Marianas, um território norte-americano no Oceano Pacífico, de negócio com documentos judiciais apresentados na segunda-feira à noite.
O fundador do Wikileaks vai declarar-se culpado do transgressão de conspiração para obter e vulgarizar ilegalmente informações confidenciais da resguardo vernáculo dos Estados Unidos, confissão que terá de ser aprovada por um juiz.
Cidadão australiano de 52 anos, Julian Assange poderá logo voltar à Austrália.
Ainda antes do pregão da libertação, um porta-voz do Governo australiano defendeu que o caso do fundador do Wikileaks “arrastou-se por muito tempo e não há zero a lucrar com o prolongamento da detenção”.
Assange estava retido em Belmarsh, no leste da capital britânica desde 2019, profundeza em que foi retido, depois sete anos de reclusão na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar ser extraditado para a Suécia, onde era denunciado de violação.
Desde logo que os EUA tentavam a extradição de Assange, denunciado de 18 crimes de espionagem e de intrusão informática pela divulgação no portal WikiLeaks de documentos confidenciais, que em 2010 e 2011 expuseram violações de direitos humanos cometidas pelo tropa norte-americano no Iraque e no Afeganistão.
Washington queria julgar Assange pela divulgação de mais de 700 milénio documentos secretos e estava denunciado pelas autoridades norte-americanas ao abrigo da Lei de Espionagem de 1917, enfrentando uma provável pena de até 175 anos de prisão.
Em 20 de maio, o Tribunal Superior de Londres tinha autorizado Assange a recorrer da ordem de extradição do Reino Uno para os Estados Unidos da América.