Março 20, 2025
Provas de aferição arrancam em formato do dedo com alunos sem Internet e escolas a pedir routers

Provas de aferição arrancam em formato do dedo com alunos sem Internet e escolas a pedir routers

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Charlotte Kesl/Banco Mundial

Contrato de fornecimento de Internet do Estado expirou levante termo de semana. Há escolas a pedir roteadores emprestados aos professores para conseguirem suportar realização offline das provas, que arrancam esta segunda-feira.

Uma vez que provas de aferição arrancam esta segunda-feira e as escolas ainda estão a mourejar com problemas que podem afetar a realização do 5.º e 8.º ano.

As provas de Português do 8.º ano são as primeiras na fileira, a realizar em formato do dedo, mas há alunos que, por não terem Internet, poderão enfrentar dificuldades em executar a tarefa.

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Isto porque o contrato de fornecimento de Internet entre o Estado e os operadores expiroua 31 de maio.

Agora, só os professores e os alunos beneficiários de ação social escolar vão continuar a ter entrada ao serviço até 31 de agosto, de pacto com um email a que a CNN Portugal teve entrada.

“Podemos estar perante um problema de falta de justiça entre alunos porque a partir de agora só os alunos de escalão A, B e C e professores é que de terão entrada aos roteadores. Ou seja, nos últimos dias sistema operacional roteadores dos outros alunos foram-lhes retirados”, confessa à Renascença o presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ADAEP), Filinto Lima.

“Há alunos que não têm escalão, mas a vida deles em termos financeiros é difícil e passam por grandes necessidades. Entendemos a medida se a justificação for razões orçamentais, mas esperamos que seja só uma tempo de transição e que a partir de 1 de setembro todos os alunos e todos os professores tenham entrada aos recursos digitais sem limitações”, diz à CNN.

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Para se prepararem, as escolas estão a pedir roteadores aos próprios professores. Há também escolas que receberam queixas de encarregados de instrução que dizem que o serviço de Internet foi desassociado antes deste prazo limite.

Wi-Fi “pouco fiável”

A Redes Wi-Fi nas escolas também continua a ser um problema. É “pouco fiável e, portanto, aquilo que se pede é que rapidamente seja disposto em todas as escolas redes fiáveis para que os professores não tenham que levar para as escolas o projecto A e o projecto B”, afirma o responsável.

“O projecto A com recurso aos meios digitais, mas quando levante omissão, os professores têm que ter um truque na manga e usam um projecto B que é o recurso aos métodos tradicionais, ao quadro e à esferográfica”, explica, garantindo, no entanto, que “os alunos nunca serão prejudicados.”

Se vai decorrer tudo muito? “Não acho”

Apesar de as provas poderem ser realizadas desligadacom a opção de só depois serem carregadas no sistema, a rede das escolas pode permanecer também comprometida. As escolas que optem por fazer a prova desligada devem fabricar vários servidores no próprio estabelecimento de ensino, onde serão armazenadas as provas resolvidas pelos alunos, antes de serem depois carregadas no servidor do IAVE.

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“Temos de fazer a sincronização com 24 horas de antecedência e temos de carregar as provas no prazo de 12 horas posteriormente a sua realização. Se forem realizadas desligadaa diferença é que os alunos, em vez de estarem ligados a um servidor de Lisboa, vão estar ligados ao servidor da escola”, explica uma responsável pelo departamento de informática de uma escola à CNN.

“E se me perguntar se acho que a rede das escolas tem condições para suportar isso e que vai decorrer tudo muito, eu respondo que não, não acho”, afirma.

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