Março 20, 2025
PSOL pede cassação de Zambelli depois ex-comandante da denunciação Fabr pressão por adesão ao golpe

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O PSOL apresentou ao Juízo de Moral da Câmara dos Deputados um documento que reforça uma representação feita pelo partido que pede a cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) para apresentar estar vinculada a tentativa de golpe. O novo pedido baseia-se em “novas falas incitadoras do golpe de Estado” feitas pela parlamentar, segundo a {sigla}.

O adscrição foi assinado nesta sexta-feira, 15, depois a divulgação de que o ex-comandante da Aviação, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, disse em testemunho à Polícia Federalista ter sido abordado por Zambelli com a exigência de não deixar o ex-presidente Jair Bolsonaro “na mão”. A resguardo de Zambelli afirmou que a deputada nunca fez pedido proibido, não se registrou o veste e “se, possivelmente, pediu guarida, o fez por culpa da guião nas eleições”.

À PF, Baptista afirmou ter recusado atender ao pedido “proibido” do parlamentar. “Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade”, teria dito o militar a Zambelli, segundo seu próprio testemunho.

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O PSOL diz que as falas de Zambelli “são extremamente graves” e que a prática é “incompatível com a moral e o decoro parlamentar e é um “imperativo” que a Câmara casse a deputada.

“Carla Zambelli é um dos maiores expoentes do golpismo – e, portanto, do desrespeito ao Estado Democrático de Recta – dentro da Câmara dos Deputados”, escreve a presidente do PSOL, Paula Coradi, e os 14 deputados da federação PSOL-Rede que assinam o documento. “É fundamental que a representação chegue ao Juízo de Moral: e a cassação da Deputada Carla Zambelli, mais do que uma possibilidade, agora se torna um imperativo.”

A {sigla} já tinha apresentado outro documento solicitando a cassação de Zambelli em agosto de 2023, quando o hacker Walter Delgatti Neto afirmou, à Percentagem Parlamentar Mista de Sindicância (CPMI) do dia 8 de Janeiro, que Bolsonaro ofereceu um indulto para que invadisse o sistema das urnas eletrônicas e exponha supostas vulnerabilidades. Zambelli, segundo Delgatti, mediou uma conversa dele com o ex-presidente.

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Esse primeiro pedido ainda não foi recebido pelo Juízo de Moral e aguarda envio da Mesa Diretora da Câmara. Caso o documento chegue, caberá ao presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União-BA), dar perpetuidade.

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Somente em 2023, foram 29 representações protocoladas, depois um início de ano perturbado na Câmara, com trocas de insultos, palavrões e brigas entre bolsonaristas e apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Todos os 22 casos julgados foram arquivados – um deles envolveu o próprio Zambelli, réu por Duarte (PSB-MA) de tê-lo mandado “tomar no c…” em audiência com o ex-ministro da Justiça, Flávio Dino. Zambelli negou ter dito a termo ao parlamentar e disse que era preciso “acalmar os ânimos”.

O relator do caso, João Leão (PP-BA), optou pelo arquivamento por ter “dúvidas” sobre o que aconteceu no incidente.

Sete outros processos foram protocolados em 2023 e ainda aguardam avaliação.

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