Passei vários dias imerso em Senua’s Saga: Hellblade II e joguei-o na Xbox Series X e no PC, mas sobretudo no PC. Agora já sabem em primeira mão o que penso deste ansiosamente aguardado restrito da Microsoft. A experiência oferecida pelo jogo é verdadeiramente esponjoso, com gráficos deslumbrantes e uma sonoridade envolvente, que juntos criam uma atmosfera única.
Mas uma coisa paira no ar: quanto tempo dura Hellblade II, enfim? Muito, a duração é alguma coisa preocupante, pois pode ser terminado em menos de 6 horas, sem a preocupação de encontrar segredos extra. Para um jogo tão aguardado e que prometia uma experiência tão rica, esta duração pode parecer dececionante para muitos jogadores que estavam à espera de uma façanha mais longa. A linearidade do jogo e o foco na cinemática acabam por contribuir para esta curta duração.
De facto, a duração é até bastante rígida, uma vez que a maior secção da viagem de Senua é traçada pela linearidade e por muito tempo em cinemáticas, que podem ser ignoradas para aligeirar o processo. Esta abordagem linear limita a exploração e a profundidade que muitos jogadores procuram, principalmente em títulos que prometem uma narrativa intensa. A falta de liberdade para explorar e a predominância de cenas não interativas podem deixar alguns com a sensação de que falta alguma coisa à experiência.
Senua’s Saga: Hellblade II é uma experiência cinematográfica transformada em videojogo, com uma duração limitada, mas que recompensa a experiência. É uma magnífica exibição de tecnologia, tanto a nível visual uma vez que sonoro, mas com muito poucos elementos de jogabilidade.
Apesar da curta duração e da linearidade, a qualidade técnica e a apresentação são inegáveis, tornando-o numa obra de arte do dedo que vale a pena testar.