O número de mortos durante o Hajj, a maior romagem muçulmana a Meca, na Arábia Saudita, atingiu esta quarta-feira os 577, mais do duplo do ano pretérito, segundo a escritório francesa de notícias, a France-Presse (AFP). Os números podem ser maiores porque, entre os murado de 1,8 milhão de peregrinos que participam no Hajj, alguns não se registam oficialmente junto das autoridades sauditas para não pagarem a letreiro, estando por isso impedidos de entrar em estruturas com ar condicionado.
Destes 577 contabilizados juntos de diversas fontes oficiais, pelo menos 323 são peregrinos egípcios que morreram durante o Hajj, quase todos devido a doenças relacionadas com golpes de calor, disseram dois diplomatas árabes à AFP. Só um peregrino sarraceno morreu depois de ter sido ferido num movimento de povaléu, disse um dos diplomatas, acrescentando que o número totalidade provém da necrotério de um hospital no bairro de Al-Muaisem, em Meca.
Pelo menos 60 jordanos também morreram, segundo os diplomatas, mais 19 do que o número solene de 41 mortos anunciado anteriormente por Amã.
O número totalidade de mortos durante esta romagem muçulmana compara-se com pelo menos 240 no ano pretérito, embora a maioria dos países não tenha especificado o número rigoroso de casos relacionados com as elevadas temperaturas, escreve a AFP.
A romagem anual, uma das maiores reuniões religiosas do mundo, realizou-se novamente levante ano em pleno Verão numa das regiões mais quentes do mundo, com temperaturas que atingiram 51,8 ºC em Meca, a cidade mais sagrada do Islão. Um estudo saudita publicado em Maio, citado pelo O guardiãoaponta que as temperaturas nas zonas da romagem tendem a aumentar 0,4°C a cada dezena.
As autoridades sauditas afirmaram ter tratado mais de 2000 peregrinos que sofriam de estresse térmico, mas não forneceram qualquer informação sobre mortes, ao contrário da Jordânia, das quais Ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou, na terça-feira, ter emitido 41 autorizações para enterrar peregrinos em Meca. As autoridades de saúde sauditas estão a recorrer aos muçulmanos que utilizem guarda-chuvas, bebam chuva e evitem a exposição solar prolongada, mas alguns dos rituais, incluindo algumas orações, acontecem tradicionalmente ao ar livre.