Hot News
Quatro militares da GNR morreram e um está desaparecido na sequência da queda de um helicóptero de combate aos incêndios no rio Douro, entre Lamego (distrito de Viseu) e Peso da Régua (Vila Real). Luís Montenegro avançou que foi decretado dia de luto nacional para este sábado.
Num ponto de situação sobre o acidente no local das buscas, o comandante Rui Lampreia explicou, por volta das 16h, que foram encontrados dois corpos dentro da aeronave e que os outros três militares que seguiam a bordo estavam desaparecidos no rio Douro. Ao fim da tarde, foram encontrados mais dois corpos.
De acordo com um comunicado da Protecção Civil, o helicóptero sofreu um acidente no regresso de uma operação de combate às chamas na localidade de Gestaçôo que obrigou o piloto a tentar uma amaragem no rio Douro, próximo da localidade de Samodães. O piloto foi resgatado com vida.
INFOGRÁFICO
Há três equipas de mergulho (Mesão Frio, Resende Lamego) a participar nas buscas, uma equipa de dronesvárias embarcações na água e equipas da Unidade de Emergência, Protecção e Socorro da GNR nas margens.
“As buscas estão a decorrer no perímetro da queda e ao longo de toda a extensão da margem de forma evolutiva e por baixo de água, onde há mais dificuldade em fazer a progressão. Neste momento estamos a fazer buscas circulares e depois vamos alargando. Neste momento estão reunidas as condições para que o sucesso das buscas aconteça a qualquer momento”, garantiu o comandante da Zona Marítima do Norte e Capitão do Porto do Douro e de Leixões. “Estão reunidas todas as capacidades que o país tem à sua disponibilidade para dar resposta a uma situação deste tipo. Não descansamos enquanto não os encontramos”.
Rui Lampreia explicou ainda o período da noite pode “dificultar bastante as buscas” e levantou a possibilidade de estas terem de ser interrompidas e retomadas “assim que houver a luz do dia”. O capitão explicou que, nesta altura, não existe necessidade de adicionar mais meios aéreos às operações, dizendo ainda que os drones são mais úteis porque “permitem fazer a visualização aérea de todas as margens e dar outra perspectiva aérea também que poderá contribuir para o sucesso das buscas”.
O comandante explicou ainda que o piloto foi resgatado por uma embarcação e que, entre outros ferimentos, tem uma fractura nas pernas, sem avançar mais detalhes sobre a forma como o piloto foi encontrado. Sobre os corpos dos dois militares que estão dentro do helicóptero, Rui Lampreia disse que “poderão estar encarcerados” e que ainda não foram retirados. Quanto às causas, disse que “existe a necessidade de efectuar algumas perícias para perceber o que levou a este acidente”.
Pelas 18h, estavam no local 120 operacionais, apoiados por 40 viaturas e duas aeronaves.
Acidente aconteceu pelas 12h30
O alerta para o acidente aéreo foi dado às 12h36 e dezenas de meios foram rapidamente mobilizados para o local. De acordo com a GNR de Armamar, o helicóptero estava a regressar do combate a um incêndio em Baião quando caiu ao rio. Esse fogo deflagrou ao fim da manhã e foi notificado na Protecção Civil às 12h12.
Em comunicado, a GNR detalhou que soube às 12h50 da queda de um helicóptero de combate a incêndios no rio Douro, na localidade de Samodães. “Desconhece-se para já, as causas do acidente”, disse fonte oficial da força de segurança. O piloto, que tem década e meia de experiência, estava a minutos de aterrar o helicóptero em Armamar, quando tentou a amaragem. Foi resgatado com vida, com ferimentos ligeiros, adiantou ainda a GNR, e foi encaminhado para o Hospital de Vila Real.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, já está em Lamego, no local onde decorrem as buscas. Rui Lampreia explicou que Montenegro “mostrou interesse” e que irá ser levado numa embarcação até ao local das buscas. O Presidente da República, que já estava a caminho do norte do país para se reunir com viticultores em São João da Pesqueira (Viseu), cancelou a sua agenda para esta tarde e está também a caminho do local.
Durante o ponto de situação feito pelas 16h, Adriano Resende, comandante da GNR de Viseu, avançou que os dois militares que morreram e os três que estão desaparecidos são da região de Armarar e que as famílias já foram informadas do acidente, tendo sido já activado apoio psicológico da Polícia Marítima e do INEM. “A equipa estava a regressar à base e, por qualquer circunstância que ainda vai ser apurada, deu-se este acidente. Vamos fazer de tudo para localizar os nossos militares e trazê-los para terra”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, decide decretar um dia de luto nacional.
Dois investigadores do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários já chegaram ao local onde o helicóptero se despenhou, apurou o PÚBLICO. Uma das primeiras preocupações dos investigadores será ouvir o testemunho do piloto — um homem na casa dos quarenta anos, com “muita experiencia e muitas horas de voo — para tentar perceber o que aconteceu e reconstituir o acidente ouvindo pessoas que tenham assistido à trajectória do helicóptero. O gabinete deverá, primeiro, produzir um relatório preliminar e só depois um relatório final.
O helicóptero acidentado, do modelo AS350 – Écureuil, é operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve. O piloto, sabe ainda o PÚBLICO, trabalhou noutra empresa que opera helicóptero de combate a fogos antes de ingressar na HTA.
Com Gina Pereira
Siga-nos nas redes sociais:
Hotnews.pt |
Facebook |
Instagram |
Telegram
#hotnews #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual