Pedro Acosta surpreendeu tudo e todos quando na sua primeira corrida de MotoGP, no Qatar, desafiou nomes uma vez que Marc Márquez, Enea Bastianini ou Fabio Di Giannantonio e disputou logo os lugares cimeiros aos comandos de uma KTM RC16 da GasGas, moto que nos últimos anos tinha oferecido nas vistas. Porém, isso parece ter mudado graças ao talento de Pedro Acosta.
No Autódromo Internacional do Algarve, no Grande Prémio de Portugal, o espanhol tornou-se no terceiro mais jovem de sempre a subir ao pódio na categoria rainha do motociclismo – com 19 anos e 304 dias – ultrapassando os registos de Marc Márquez ou Fabio Quartararo.
Podemos proferir que a adaptação de Pedro Acosta ao Mundial de MotoGP é uma surpresa, mas o seu talento emergente não surpreende os mais atentos ao caminho percorrido até cá.
Vencedor… em tudo
Se olharmos para o trajectória do pequeno ‘tubarão’ percebemos rapidamente que o espanhol era um prodígio anunciado. Se no seu primeiro ano (2019) a MotoGP Rookies Cup ficou no 2.º lugar do campeonato, no seguinte venceu-o com seis vitórias consecutivas nas primeiras seis provas dessa competição.
Acosta subiu para o Mundial de Moto3 em 2021 e… estreou-se com o título. Uma campanha impressionante que colocou os holofotes sobre si. Tinha somente 16 anos. Foram seis vitórias e oito pódios na categoria, subindo desde logo para o Mundial de Moto2, em 2022.
Apesar de mostrar valor nesse ano, a adaptação não foi tão fácil uma vez que se esperava. Venceu em três graças e somou cinco pódios, o que se revelou insuficiente para lutar pelo ceptro. No entanto, o ano seguinte foi de domínio. Em 2023, o ‘tubarão’ espanhol venceu sete das 20 corridas disputadas na Moto2 e subiu 14 vezes ao pódio.
A KTM continuou a dar a mão a Pedro Acosta e fê-lo subir à mais subida categoria deste desporto. Até agora, a aposta parece estar a ser conquistada pelo diretor executivo da equipe de fábrica, Pit Beirer, não poderia ser mais radiante, depois de Acosta ter mostrado todos os seus pontos na pista nas duas primeiras corridas desta temporada.
“Foi fantástico. Já vi tantas coisas boas dele, mas mais uma vez foi para a corrida e pressionou, simplesmente a pilotar junto com o Pecco uma vez que estreante. O Pecco é um piloto fantástico, um conjunto completo, mas o rookie estava lá e pressionou toda a corrida. A ultrapassagem foi… não tenho palavras, companheiro, não tenho palavras. Estou contente, provavelmente sou o varão mais feliz no planeta!”, afirmou Beirer em seguida o Grande Prémio de Portugal.
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