Setembro 29, 2024
Relembre os últimos dias do Rei do Pop

Relembre os últimos dias do Rei do Pop

Há 15 anos o Rei do Pop faleceu em meio aos ensaios do que seriam os melhores shows de todos os tempos, o ato final de uma curso lendária

O corpo de Michael Jackson estava sobre uma maca de um necrotério no núcleo de Los Angeles. Ele está vestido com calça preta luminoso, um avental hospitalar fino e zero mais. Os pés estão descalços e o braço esquerdo referto de marcas de agulha. O tórax pálido e estreito está enroupado de hematomas mostram os esforços médicos  para salvar sua vida nas últimas horas.

Médicos e seguranças entram e saem da pequena sala onde está a maca, ansiosos por dar uma espiada no corpo de Jackson. Tudo havia começado na manhã daquela quinta-feira, quando o médico que morava com o cantor havia tentado freneticamente reanimá-lo. Quando os paramédicos chegaram, respondendo a uma relação desesperada para o serviço de emergência 911 às 12h21, queriam pronunciar sua morte no ato.

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Mas Michael Jackson não poderia estar morto. Seu corpo foi repleto para uma ambulância e levado ao UCLA Medical Center, onde uma equipe de médicos trabalhou por mais de uma hora, aplicando um desfibrilador no peito de Jackson, todos esperando que pudessem evitar que um dos maiores artistas da música terminasse naquele necrotério.

O rosto de Jackson, que ele reconstruiu tão dolorosamente e escondeu do público por décadas, agora está à mostra, sem máscara, sob as luzes fortes do necrotério. A prótese que normalmente acoplava a seu nariz danificado não estava ali, o que revelava pedaços de cartilagem cercando um pequeno buraco escuro. Mas, para quem passava pela sala, Michael finalmente estava descansando. “Vendo-o deitado ali”, lembra uma testemunha, “ele parecia estar em silêncio”.

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Ainda era um dia antes da necropsia, quando patologistas o abririam para tentar entender por que um varão magro de 50 anos – que havia dançado por horas na noite anterior – morreu tão repentinamente. No entanto, enquanto Jackson estava no necrotério na tarde de 25 de junho, detetives já haviam entrado na mansão alugada pelo cantor em Bel-Air, recolhendo uma quantidade enorme de medicamentos que ele mantinha à mão.

Mais assustadores eram os diversos relatos de que os dois sacos grandes de remédios que os investigadores levaram continham frascos de Diprivan, um anestésico potente utilizado em pacientes antes de cirurgias com anestesia universal. Diz-se que Jackson usava o Diprivan há anos para conseguir dormir, e a polícia de Los Angeles logo começou a investigar se sua morte deveria ser considerada um homicídio, deixando evidente que queria questionar o médico do cantor, Conrad Murray. Murray havia exigido US$ 1 milhão por mês para trabalhar para Jackson – e desapareceu depois que seu cliente foi pronunciado morto na sala de emergência do UCLA.

Michael Jackson
Michael Jackson (Foto: Carlo Allegri/Getty Images)

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Horas depois da morte de Michael, LaToya Jackson supostamente foi à lar do irmão, procurando ansiosamente por malas de numerário que sabia que ele mantinha ali e, em questão de dias, a mãe deles foi aos tribunais para lutar pelo controle do patrimônio de Jackson e pela custódia de seus três filhos. As crianças haviam seguido Jackson até o hospital em um Escalade azul e quem lhes contou que seu pai havia morrido foi o empresário de Michael, Frank DiLeo, que quase desmaiou quando uma enfermeira lhe deu a notícia. Levante era o Michael Jackson que o mundo conhecia e ridicularizava: a família maluca, as plásticas malfeitas, os dois divórcios, as acusações de ataque contra menores, os problemas financeiros que o deixaram com uma dívida estimada em US$ 500 milhões.

Mas Michael tinha uma opinião dissemelhante. Em seus últimos dias, não exclusivamente sonhava generalidade retorno, mas também trabalhou o supremo que conseguia para realizar isso, talvez tanto quanto sempre fizera. Compôs novas músicas, ensaiou por horas a fio para elevar os shows que pagariam suas dívidas e marcariam seu retorno ao topo do panteão e planejou cada pormenor de sua turnê de retorno – um espetáculo imenso que já havia custado pelo menos US$ 25 milhões só em pré-produção, Jackson deu à sua turnê um nome que já dizia tudo: This Is It.

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Jackson sabia o que as pessoas pensavam dele e as faria mudar de percepção, porquê havia feito várias vezes. Nos últimos meses de sua vida, Jackson não pensava em zero além da turnê, e as pessoas que amava e em quem confiava tinham certeza de que leste era o momento pelo qual esperava.

Na noite antes de sua morte, Jackson passou por seis horas de prova de roupas para seu show no Staples Center, em Los Angeles. Mais de uma dezena de pessoas presenciou o experiência final – de seu promotor ao coreógrafo e músicos – e todos concordam com uma coisa: Jackson estava melhor do que nunca. Ele era puro pop, da mesma forma que em seus dias de glória, cantando e dançando melhor que os jovens profissionais que o cercavam.

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“Ele era tão luminoso no palco”, lembra o diretor da turnê, Kenny Ortega. “Eu ficava eriçado.” Ken Ehrlich, que produziu os prêmios Grammy por três décadas, estava sentado na plateia, embasbacado. “Falei para alguém: ‘Isso é impressionante!’ Por muitos anos vi Chris Brown, Justin Timberlake, Backstreet Boys e o En Vogue imitarem o Michael Jackson – e ali estávamos nós, muitos anos depois, e ele estava para voltar. Literalmente me deu arrepios, os pelos na nuca levantaram. Você espera por momentos porquê aquele.” This Is It deveria ter sido o maior retorno de todos os tempos. “Frank“, falou Jackson ao empresário dele, “precisamos fazer o maior show da Terreno“. A tragédia é que ele quase conseguiu.

Um dia, quase no término de fevereiro, Kenny Ortega atendeu ao telefone de seu escritório em lar em Sherman Oaks, Califórnia, e ouviu uma voz suave, familiar em falsete no outro lado da risca. “Kenny, é o Michael.” Imediatamente, Ortega ouviu um tanto na voz de Jackson que estava faltando há muito tempo: empolgação. Os dois ficaram amigos no início dos anos 1990, quando Ortega coreografou a turnê Dangerous, e trabalharam juntos novamente na turnê HIStory.

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Depois sua liberação das acusações de ataque de menores, em 2005, Jackson havia praticamente parado de contatar seus amigos na indústria músico, mas agora, enquanto Jackson descrevia a turnê de retorno que estava montando, Ortega ouviu um foco no planeta que não estava ali há anos. Michael soava preciso e evidente, enquanto contava a Ortega que queria que aquele fosse o show mais espetacular da história da música. “É isso”, disse Jackson, ecoando o que acabaria se tornando o nome da turnê.

No verão anterior, Michael parecia um varão completo. Fotógrafos o haviam flagrado sendo empurrado sob o sol escaldante de Las Vegas em uma cadeira de rodas, usando máscara cirúrgica e pijama. Era difícil não ver aquelas fotos e se perguntar o que havia realizado ao varão que dançava vestindo meias e luvas brilhantes porquê se controlasse a sisudez. Naqueles dias, ele parecia uma pessoa de outro mundo, não regido pela lógica e vulnerável a tudo.

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Jackson havia se mudado para Vegas depois de voltar do Oriente Médio, em 2006, e foi morar com os filhos em uma mansão de dez quartos a oeste da Strip, onde fica boa secção dos grandes hotéis e cassinos. Jack Wishna, um executivo inescrupuloso da indústria de jogos que tinha feito lobby para Donald Trump furar um resort na cidade, estava tentando ajudar Michael a realizar uma série de shows em Vegas que poderiam remunerar suas cada vez maiores dívidas, mas o negócio não ia muito.

Wishna depois contou à CNN porquê o cantor parecia “drogado” e “incoerente” e frequentemente estava tão fraco que precisava de uma cadeira de rodas para se locomover. Jackson e os filhos raramente saíam da mansão, exceto para fazer compras. Quando saíam, as crianças usavam máscaras de tecido e penas para se esconderem dos fotógrafos, com o pai ao lado em seus uniformes esquisitos de um tropa imaginário, referto de dragonas e tarjas no braço. Os shows em Vegas acabaram sendo cancelados devido à requisito de Jackson.

Michael Jackson com os filhos

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Naquele ponto, Jackson estava em uma lesma decadente havia anos. O ponto de ruptura aconteceu enquanto voltava para lar em uma carreata em 13 de junho de 2005, depois ser inocentado das dez acusações de ataque infantil e outras. O clima no coche estava pesado. Ao chegar ao rancho Neverland, Jackson subiu as escadas e olhou para Dick Gregory, um comediante e companheiro da família que o conhecia desde que havia estrelado OMágico Inolvidável.

Jackson agarrou Gregory e o abraçou com força. “Não me abandone”, implorou. “Estão tentando me matar.” Gregory teve a sensação de que Jackson se referia ao mundo inteiro. Michael parecia paranóico e desidratado. “Você comeu?”, perguntou Gregory, sabendo que Jackson frequentemente passava dias sem se nutrir. “Não posso consumir”, respondeu Jackson. “Estão tentando me envenenar.” “Faça-me um obséquio”, disse Gregory. “Vá embora. Todas essas pessoas te enganaram.”

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Embora pareça melodramático, Gregory poderia estar claro. Jackson vivia há muito tempo em um mundo recíproco de puxa-sacos que pareciam ir e vir, ludibriando o cantor ou o acusando de ludibriá-los. Nem mesmo sua família parecia conseguir passar por esse mundo de oportunismo. Na era de seu julgamento por ataque, esse círculo estava cada vez mais obscuro. Havia Marc Schaffel, um ex-produtor de filmes pornô gays que era mentor de Jackson há anos, e Al Malnik, legista que, diz-se, já representou o mafioso Meyer Lansky. E houve seus seguranças da organização Região do Islã, que supostamente brigaram com os irmãos Jackson, que haviam demonstrado preocupação com a influência da Região sobre a vida de Michael.

Jackson sabia que tinha de ir embora – mas seu salvador escolhido só tornou as coisas mais estranhas. Em junho, para ajudá-lo a resolver suas finanças e fugir do foco da mídia, Jackson recorreu a um varão que nunca havia encontrado: o xeique Abdullah bin Hamad bin Isa Al-Khalifa, príncipe do Bahrein. O xeique havia se tornado companheiro de Jermaine, irmão de Michael, que havia se convertido ao islamismo e vivido por quatro meses no Bahrein.

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Abdullah ajudou a remunerar US$ 2,2 milhões em honorários jurídicos para Michael e, no final do mês, Jackson – com os três filhos e a equipe – foi morar com o príncipe. Houve boatos de shows particulares para o xeique. Abdullah, que tinha suas próprias aspirações musicais, mais tarde contou que ele e Michael estavam trabalhando juntos em um disco. Mesmo naqueles dias, Jackson sonhava com um retorno.

“Uma turnê sempre estava nos planos”, diz Miko Lento, fruto do legendário ator Marlon Lento, que conversou com Michael pelo telefone durante a estada do cantor no Bahrein. “Era só para ele se preparar, voltar ao trabalho e ser produtivo. Michael é perfeccionista demais para permanecer sentado sem fazer zero. Sempre estava criando música, criando ideias, sabia porquê juntar tudo, o que funcionava, o que o público queria.”

No entanto, porquê sempre, as coisas pareceram dar incorrecto rapidamente. Depois que Jackson deixou o Bahrein em 2006, Abdullah abriu um processo contra o cantor, alegando que havia gasto quantias enormes com ele – do aluguel de uma mansão palaciana à compra de loções para o corpo e de uma Ferrari – na expectativa de que Michael gravasse um álbum de músicas que havia constituído. Jackson voou para a Irlanda, onde continuou trabalhando em músicas.

Em meados de 2007, Jackson foi contatado pela AEG, uma das maiores organizadoras de shows do mundo. A empresa estava prestes a furar a O2, uma estádio para 18 milénio pessoas às margens do Rio Tamisa, na zona leste de Londres, e precisava de alguém poderoso para lotá-la. Randy Phillips, CEO da AEG Live, era publicado de Jackson desde a dez de 1980, quando ambos trabalharam juntos em um negócio para a operário de tênis LA Gear.

Phillips voou até Las Vegas para se encontrar com Jackson e seus conselheiros, e eles jantaram na frasqueira privado de um condomínio de apartamentos de luxo. Jackson chegou usando óculos escuros e um chapéu, mas parecia desinteressado enquanto Phillips fazia sua proposta para uma série de shows na estádio O2. “Ele estava escutando”, lembra Phillips, “mas não estava empolgado”. Jackson disse que havia estremecido a longa temporada de shows que Celine Dion fez em Vegas, e estava interessado em fazer um tanto parecido.

Michael Jackson no Super Bowl

No entanto, pouco depois a reunião, Phillips recebeu uma relação de Raymone Bain, uma das conselheiras de Jackson, dizendo que o planeta não estava pronto para se apresentar novamente. Logo, em outubro de 2007, credores começaram os procedimentos de embargo do estremecido Neverland. “Ele não pensava em numerário – não era sua motivação”, conta Phillips. “Talvez seja por isso que ele gastava tanto.”

No ano pretérito, com os shows descartados, Jackson procurou Wall Street para uma solução. Por motivo de um hábito de gastar, segundo alguns, até US$ 35 milhões por ano, Jackson havia sustentado seu estilo de vida pomposo tomando empréstimos estimados em US$ 270 milhões do Bank of America, uma boa secção deles assegurados pelo rancho Neverland e por sua secção no catálogo de edição da Sony/ATV, que inclui músicas dos Beatles e dos Jonas Brothers.

No entanto, o Bank of America vendeu o pacote de empréstimos à Fortress Investments, uma empresa de Novidade York especializada em dívidas inadimplentes. Fortress tinha boas relações e sabia porquê tirar vantagem dos infortúnios dos outros. Em março de 2008, Jackson anunciou que havia feito um convenção com a Fortress – que, diz-se, chegou a cobrar dele 20% de juros sobre os empréstimos antigos – para interromper os procedimentos de embargo de Neverland pela firma. Só que o convenção nunca se materializou.

Em vez disso, Michael aceitou o juízo de alguém que havia completo de saber: Tohme Tohme, um financista libanês de Los Angeles. Segundo Tohme, ele foi contatado no ano pretérito pelo irmão de Michael, Jermaine, que lhe perguntou se poderia ajudar a salvar Neverland do embargo. Os dois voaram para Las Vegas e se encontraram com Michael, que confiou em Tohme. O financista rapidamente persuadiu seu companheiro Tom Barrack, o bilionário CEO da Colony Capital, a se reunir com Jackson.

Barrack, de quem fundo de investimento é possuidor do Hilton de Las Vegas e dezenas de outros resorts e cassinos, orgulha-se de seu “contrarianismo diligente”, que define porquê “investir em setores ou mercados de obséquio para explorar desalinhamentos de capital ou resultado”. Se um setor estava sem favores ou desalinhado, leste era Michael Jackson – e Barrack tinha os recursos para resgatá-lo da Fortress.

Em maio de 2008, Colony e Jackson adiaram o embargo de Neverland ao formarem uma holding para propriedade conjunta do rancho, com os dois porquê sócios. Eles reverteram a situação ao devolvê-lo seu nome pré-Jackson, Sycamore Valley Ranch, e imediatamente começaram a reforma, mais provavelmente com o objetivo de vendê-lo.

Tohme, aparentemente pensando que poderia transformar o caos na vida de Jackson em um investimento sólido, também fez um convenção com a lar de leilões Julien’s em Los Angeles para vender o que havia dentro de Neverland. Darren Julien, o leiloeiro, passou meses trabalhando com a equipe de Jackson, catalogando cuidadosamente o imenso teor do rancho de 1.092 hectares.

Só que, naquele outono, o leilão enfrentou uma pausa abrupta quando uma das empresas de Jackson abriu um processo contra a Julien’s, alegando que não havia concordado com a venda. A reversão repentina destacou o que muitos no mundo de Jackson sabiam havia tempos: que ele estava encurralado de conselheiros concorrentes e quem era beneficiado ou não parecia mudar num piscar de olhos. Se Jackson não fosse vender suas coisas de Neverland, teria de encontrar outra maneira de lucrar numerário.

Rancho Neverland, de Michael Jackson
Rancho Neverland, de Michael Jackson (Foto: Frazer Harrison/Getty Images)

Na última primavera, Barrack se reuniu com Phillips e descreveu os planos da Colony para reorganizar a bagunça que eram as finanças de Jackson. Em novembro, o cantor voou de Las Vegas para Los Angeles e se encontrou com Phillips no Hotel Bel-Air. Mais uma vez, falaram sobre a possibilidade de um retorno – mas agora Michael parecia bastante interessado.

Enquanto ele e Phillips conversaram por horas, Jackson abriu o jogo sobre tudo o que queria. Falou sobre fazer filmes que iria estrelar e guiar. Já havia gasto milhões em um – Ghosts, curta-metragem de terror voltado para a família, que estrelou e se baseava em um roteiro que havia pedido a Stephen King. Queria gravar outro álbum. E fazer uma turnê.

No entanto, mais do que tudo, Phillips lembra, Jackson queria poder mostrar a seus filhos o que fazia, o que levava as pessoas a correrem detrás dele na rua quando saía de lar. “Ele queria que as pessoas vissem seu trabalho e não falassem exclusivamente de seu estilo de vida”, diz Phillips. “Michael era um varão de marketing muito inteligente. As pessoas dizem que era fraco e manipulado, mas ele era poderoso e um manipulador. Estava pronto – e queria sanar suas finanças.”

Jackson disse ao promotor que queria remunerar as dívidas para comprar uma lar em Las Vegas pela qual havia se enamorado e que pertencia ao sultão de Brunei. Seria seu novo Neverland. “Ele estava pronto para parar de viver porquê um vagabundo e se estabilizar e lucrar numerário novamente”, conta Phillips. “Michael não era néscio – sabia que uma fada madrinha não viria. A lar e os filmes eram muito importantes para ele.”

Depois da reunião, Phillips conversou com o possuidor da AEG, Phil Anschutz. “Acho que Michael precisa fazer isso financeiramente”, Phillips disse ao encarregado. “E está pronto para fazer isso emocionalmente. Está pronto para retomar as rédeas.” Jackson concordou em estrear uma turnê mundial de retorno com 31 shows na estádio O2, a partir de 8 de julho.

De convenção com Phillips, o número de shows não era facultativo – Jackson o escolheu para ter dez shows a mais do que Prince, que havia inaugurado a estádio com uma série de concertos espetaculares em 2007. Michael, parece, estava envolvido em sua própria competição com Prince desde 1987, quando leste se recusou a fazer um dueto com ele em “Bad“. Duas décadas depois, Jackson ainda estava disposto a superar seu rival e lembrar ao mundo quem era o Rei.

Em fevereiro, depois chegar a um convenção com a AEG, Jackson fez várias ligações para amigos e associados que havia deserto ou exonerado ao longo dos anos. “Era a velha equipe”, diz Ortega. Frank DiLeo, que havia sido remoto do círculo íntimo de Jackson há duas décadas, retornou porquê empresário, assim porquê o coreógrafo Travis Payne e o legista de longa data John Branca, que havia ajudado Jackson a comprar sua secção no catálogo da Sony/ATV e os direitos a todos os seus masters.

“Ele entendia que trabalharia para ter liberdade financeira, e estava muito empolgado com isso”, conta DiLeo. “Ficou estimulado – sabia que estava trabalhando em direção a um tanto.” Para a AEG, agendar Jackson para uma série de shows na estádio O2 era uma aposta enorme. Os custos com seguro eram monumentais e todos sabiam que Jackson não fazia zero com ordinário orçamento.

Uma vez que secção do convenção, a AEG estabeleceu um fundo de desenvolvimento de milhões de dólares para gerar uma versão em filme de “Thriller“, que Michael estava ansioso para produzir. No entanto, apesar dos custos, o verosímil lado positivo era imenso: e se a AEG conseguisse fazer o impossível e trouxesse Michael Jackson de volta ao mundo? “Teve gente que me disse que eu estava louco, que ele me decepcionaria”, afirma Phillips. “Mas simplesmente acreditei nele. Quantas vezes em sua curso você consegue tocar a grandeza? Achei que o risco valia a pena.”

Em março, horas antes de Jackson recontar a uma horda de fãs histéricos em Londres que estava preparando o que chamava de seu “último furar de cortinas”, mais de 1,6 milhão de pessoas se inscreveram para comprar entradas. Dados os números, Phillips ligou para Tohme, que no último ano havia se tornado o principal porta-voz de Jackson, e perguntou se o planeta consideraria amplificar alguns shows à agenda.

Uma vez que eles poderiam se limitar a 31, perguntou Phillips, quando havia muito mais numerário a ser lucro? Jackson ligou de volta 20 minutos depois e disse a Phillips que faria 50 shows – desde que a AEG fizesse duas coisas por ele. Primeiro, queria uma lar de campo inglesa com montanhas, gramado e cavalos para os filhos. Segundo, queria uma cerimônia a ser realizada no final da turnê para comemorar alguma conquista ainda indefinida de Jackson para o Guinness, o livro dos recordes. Essas eram duas coisas aparentemente contraditórias pelas quais havia lutado toda a sua vida: morar recluso, encurralado de crianças e animais, e ser reconhecido porquê o maior artista da história.

Naquele ponto, Jackson havia se mudado com a família para Los Angeles, alugando uma mansão de US$ 38 milhões e sete quartos na Holmby Hills de Hubert Guez, CEO da marca de camisetas de luxo Ed Hardy. Depois de assinar um arrendamento de US$ 100 milénio por mês, Jackson estabeleceu uma certa rotina, saindo principalmente à noite.

No entanto, não demorou muito para fãs e paparazzi o seguirem e fazerem vigília na porta de sua novidade lar. Todos os dias, uma dezena de pessoas esperava do lado de fora, algumas vindas de lugares distantes, porquê Suíça e Suécia, só para tentar ver Jackson, mesmo se fosse exclusivamente um meneamento de mão da janela de um de seus dois Escalades azuis. Algumas delas seguiam Jackson até Beverly Hills, onde ele visitava regularmente seu dermatologista de longa data, Arnold Klein. O consultório de Klein é onde Michael, em meados dos anos 1980, conheceu Debbie Rowe, sua segunda esposa e mãe dos dois filhos mais velhos, Prince Michael e Paris.

Klein, que não quis dar declarações, alegou que tratava Jackson para vitiligo, uma doença de pele que motivo perda de pigmentação, e trabalhava para ajudar a reconstruir seu nariz danificado. Klein insistiu que não medicou Jackson em excesso, dizendo que sedava o cantor exclusivamente durante procedimentos médicos dolorosos. Alguns dias, quando Jackson saía do consultório de Klein, parecia sonolento e fora de si. “Não é um bom dia para ele”, seus seguranças diziam aos grupos de admiradores. “Está cansado.”

No entanto, alguns fãs de longa data não acreditavam nisso. “Às vezes, os guardas diziam que ele havia completo de ir ao médico e estava medicado”, conta um fã fervoroso, que diz que Jackson visitou Klein na segunda-feira antes de sua morte, quando os seguranças o levaram ao consultório do dermatologista às 9h – uma missão no início da manhã aparentemente agendada para evitar a detecção pelos fãs e paparazzi.

De convenção com uma manancial, Michael também tinha um vício desregrado no eBay, ficando acordado até tarde para fazer compras em uma das muitas contas que mantinha. Ele também fazia excursões secretas de compras em LA, levando os filhos à loja Ed Hardy em West Hollywood para ver as roupas ou a uma loja de antiguidades que amava, chamada Off the Wall. Às vezes, simplesmente juntava os filhos e os seguranças e saía dirigindo.

Porém, pela primeira vez em anos, Jackson tinha um show para se concentrar. Em março, os testes para a turnê de retorno começaram no CenterStaging, um dos principais espaços para experiência de Los Angeles. Desde o início, Michael botou a mão na tamanho para a confecção do show, pedindo a quem estava à sua volta para realizar uma espécie de procura de talentos intergaláctica.

“Pense nos maiores artistas e dançarinos do mundo”, disse a Ortega. “Vamos encontrá-los.” Mais de 5 milénio dançarinos se inscreveram, e Ortega e sua equipe reduziram a lista para 700. Os testes finais foram realizados no Nokia Theater em Hollywood, onde a cerimônia do Oscar ocorre. Jackson ficava ali, sentado ao lado de Ortega, totalmente focado. “Vamos nos aproximar”, pediu ao coreógrafo. “Quero ver os olhos deles.”

Quando via uma dançarina promissora, dizia: “Aquela ali, a pequena na ponta – ela é tão formosa”. No final de março, exclusivamente três meses antes da data programada para o primeiro show, uma equipe de dezenas de músicos, dançarinos e técnicos começou a nascer para ensaios diários no CenterStaging – fazendo jornadas longas, sete dias na semana. No primícias, Jackson comparecia exclusivamente algumas vezes por semana.

Michael Jackson

Jackson estava determinado a dar a seus fãs tudo o que queriam. Encomendou um website para que os fãs pudessem votar nas músicas que incluiria, e foi a partir desse fórum que ele e Ortega começaram a compilar um repertório de 30 músicas. Jackson, que sempre se interessou por mágica, parecia ansioso por impressionar as pessoas.

“Quando o show estrear, não quero ser contido em zero”, disse a Ortega. “Quero que esta seja a franqueza mais espetacular que o público já viu. Eles têm de se perguntar: ‘Uma vez que vão superar isso?’ Nem me importa se estiverem aplaudindo, quero queixos caídos no soalho. Quero que não consigam dormir, de tão mesmerizados com o que viram.”

Para entrar em forma para a exaustiva turnê, Jackson começou a se exercitar algumas vezes por semana com Lou Ferrigno, do seriado O Incrível Hulk. Os dois haviam se publicado anos detrás em uma sarau, quando Ferrigno notou Jackson o encarando do outro lado da sala, reconhecendo-o porquê Hulk. “Ele era porquê uma garoto”, diz Ferrigno, que chegava de manhã e era recebido pelos filhos de Jackson correndo pela lar e brincando.

Jackson estava dolorosamente magro – embora tivesse murado de 1,80 m de fundura, pesava exclusivamente 56 kg – e havia sofrido vários ferimentos ao longo dos anos. Ele e Ferrigno iam para uma sala equipada com esteira. Jackson não queria formar músculos, portanto se exercitavam levemente, fazendo alongamentos com uma tira de borracha e uma globo de ginástica. Jackson vestia uma calça de smoking, camiseta, sapatos e meias, todos pretos, enquanto se exercitava, para não ter de trocar de roupa quando fosse para os ensaios.

“Era uma figura”, conta Ferrigno. “Era um piadista. Às vezes me ligava disfarçando a voz por dez minutos. Eu achava que tinha um perseguidor. Dizia que seu nome era Omar e que estava me procurando.” Mas “Omar” fazia mais do que pregar peças nos amigos. De convenção com o site TMZ, Jackson também utilizava o nome para preencher receitas para a imensidão de analgésicos e sedativos que tomava. Documentos da investigação sobre as acusações de ataque infantil contra Jackson incluíam entrevistas com dois ex-funcionários de Neverland que diziam que Jackson tomava até 40 Xanax por noite para dormir.

Embora Jackson tivesse um papel meão na formação da turnê de retorno, pisar no palco para se preparar era outra história. Enquanto a equipe trabalhava por longas horas no CenterStaging, Jackson preferia trabalhar de lar na maioria dos dias. As pessoas que o cercavam estavam ficando nervosas.

De convenção com Phillips, o orçamento inicial da AEG de US$ 12 milhões para pré-produção havia mais do que geminado, mas quando o promotor pressionou Jackson sobre os US$ 150 milénio por mês que havia concordado a remunerar ao doutor Murray, Michael o repeliu firmemente. “Olha”, disse Jackson, “meu corpo é o mecanismo que aciona todo leste negócio. Uma vez que Obama, preciso de meu próprio médico me atendendo 24 horas por dia”.

Outros começaram a pressionar Jackson para ensaiar mais. “Tinha minhas preocupações se ele estava pronto, e o questionei”, diz Ortega. “Havia dias em que perguntava: ‘Você vem? Você vai mesmo vir pra cá? Você precisa fazer isso’.” Citando a urgência de mais tempo de preparação em Londres, Ortega pediu o delonga do show de franqueza para 13 de julho, cinco dias depois do previsto.

No início de junho, o doutor Murray mediou uma reunião na lar de Michael entre leste e Ortega, que achava que o planeta precisava ir mais aos ensaios. Jackson ouviu o diretor da turnê em silêncio, mas não parecia aterrado. “Conheço minha programação”, falou calmamente. “Só confie em mim.” No entanto, depois disso, Jackson começou a ir diariamente aos ensaios.

Para os que o cercavam, parecia focado e prudente a cada pormenor. “Ele estava enferrujado no primícias e errava algumas notas”, conta o diretor músico do show, Michael Bearden. “Mas sempre dizia: ‘É por isso que ensaiamos’. E nos últimos dois ou três ensaios, estava pronto para fazer o show. Sabia disso, tinha aquele clarão, aquela arrogância. MJ é o rabino em encerramentos, tem memória muscular impressionante. Quando fica em frente aos fãs naquele palco, é pura mágica.” Nos ensaios, Michael Jackson começava a assumir o comando rapidamente.

Mesmo assim, algumas pessoas próximas a Jackson estavam preocupadas com sua possante obediência de medicamentos receitados. “Fiquei sabendo disso em 2005”, conta Deepak Chopra. “Mencionei isso a ele várias vezes. Seu assistente ligava frequentemente sobre esse ponto, dizendo que recebia medicamentos de muitos médicos. Não poupava esforços para conseguir os remédios – se um médico não dava, tentava com outro. Era um vício criado e perpetuado por médicos.”

Na maior secção, as noites pareciam ser o maior problema de Jackson – que reclamava de insônia havia anos. No entanto, esse também era o horário em que sentia que um poder superior lhe passava originalidade. “Não dormi muito noite passada”, contava a Ortega. “Fiquei acordado trabalhando nas músicas. É quando a informação vem, e, quando vem, você tem que trabalhar.” “Michael“, Ortega brincou com ele, “por que você não faz um pacto com seu poder superior para arquivar essas ideias até depois de 13 de julho?” “Não”, Jackson respondeu. “Senão, ele pode dar essas ideias ao Prince.”

Apesar de seus exercícios com Ferrigno, Jackson continuava magro, quase esquelético. “Fiquei preocupado com seu peso”, diz Phillips. “Quando comecei a trabalhar com ele, estava um pouco mais pesado – o que para ele pode ter sido 59 kg. Era porquê o professor distraído – ficava tão envolvido na geração do show que se esquecia de consumir, a ponto de Kenny Ortega trinchar o peito de frango e lhe dar brócolis, porquê uma garoto, enquanto trabalhavam. Até levei um associado meu só para lembrá-lo de consumir, coisas do tipo”.

Secção da inspiração de Michael para a turnê era sua preocupação com o aquecimento global. Três semanas antes de sua morte, Jackson enviou a Chopra um CD, entregue em mãos em sua lar em Carlsbad, Califórnia. “A música é muito suave, tranquila”, conta Chopra. “Ela se labareda ‘Breed‘. Ele queria fazer uma música sobre o meio envolvente e queria que eu o ajudasse com as letras. Havia grandes ideias por trás das letras – porquê as árvores são nossos pulmões, a Terreno é nosso corpo.”

Na verdade, a visão de mundo de Jackson parecia ter se incubado e desenvolvido durante seu período fora dos palcos. “Ele construiu um grande arsenal de coisas que queria transmitir”, diz Ortega. “Ele acreditava que o tempo estava acabando e realmente queria se aprofundar e participar. Dizia ‘você sabe isso sobre a floresta tropical?’ ou ‘vamos trazer Norman Lear e Deepak. Quem mais você conhece?'”

Às vezes, essas ideias eram caras. Quem trabalhava no show diz que nunca viu nenhum sinal da pressão financeira que Jackson sofria. Na verdade, ele parecia gostar de gastar numerário mais do que nunca. Ortega lembra que frequentemente tinha de questionar os sonhos de Jackson. “Você quer ir a Victoria Falls e filmar a catarata de um helicóptero?”, dizia a Jackson, que queria o vídeo para o número de fecho do show. “Sabe quanto isso custa?” Mas Jackson não parecia se importar. “Verba não era sua motivação”, afirma Phillips. “Era simplesmente fazer um tanto maior do que qualquer pessoa já tinha feito. Era isso que o motivava.”

Em sua última noite, Jackson chegou ao Staples Center para seis horas de experiência ininterrupto. Primeiro, teve uma reunião com Phillips, Tim Leiweke, presidente da AEG, seu empresário DiLeo e Ken Ehrlich, produtor do Grammy. Eles lançaram ideias para um peculiar de Halloween que estavam preparando: a estreia em rede de Ghosts, o curta-metragem de Jackson, que incorporaria clipes de uma apresentação ao vivo de “Thriller” em Londres. Depois, Jackson foi para outra sala e passou murado de uma hora revisando os efeitos

3D para o show. Jantou – peito de frango e brócolis -, foi para seu camarim e, portanto, saiu para três horas de apresentação. O fecho foi definido porquê “Earth Song“, de HIStory, uma das músicas preferidas de Jackson. Uma balada comovente sobre o estado do mundo que terminava com um refrão repetido que perguntava sobre as vítimas do desenvolvimento desregrado da humanidade, do quina de baleias a florestas devastadas.

What about death again? (e quanto à morte?)”, cantava Jackson na epílogo da balada “Do we give a damn? (damos a mínima?)” Quem presenciou a apresentação – profissionais experientes que já haviam trabalhado com os melhores da indústria – ficou maravilhado. Diante deles estava o Michael que todos lembravam, o artista que havia desenvolvido de um cantor infantil para formar um estilo completamente novo de pop.

Quando Jackson saiu do palco, abraçou DiLeo. “Esta é nossa vez novamente”, disse ao empresário. “É nossa vez de reassumir.” O experiência acabou, mas ninguém queria transpor e ultimar com aquela magia que estava no ar. “Ele estava resplandecente”, lembra Ortega. “Quando acabou, todos ficamos ali, de bobeira.” Michael estava pronto. Em exclusivamente 19 dias, subiria ao palco em Londres e o mundo saberia, mais uma vez, que o Rei do Pop estava de volta. Finalmente, enquanto os artistas começavam a ir embora, Phillips acompanhou Jackson até seu coche e Michael abraçou o promotor. “Obrigado por me fazer chegar até cá”, disse a Phillips em voz baixa. “Consigo assumir a partir daqui. Sei que posso fazer isso.”

Funeral de Michael Jackson
Funeral de Michael Jackson (Foto: Harrison Funk/The Jackson Family via Getty Images)

*Texto publicado originalmente em 30 de setembro de 2009

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