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O ministro do Interno, Matus Sutaj Estok, revelou que o responsável, que foi suspenso posteriormente o ataque, admitiu que o delito teve motivações políticas. Quanto ao estado de saúde de Robert Fico as últimas informações dão conta de que ainda não está fora de risco.
Radovan Stoklasa
O responsável do ataque ao primeiro-ministro eslovaco foi criminado de tentativa de homicídio e o delito teve motivação política, anunciou esta quinta-feira o Governo, que revelou que Robert Fico ainda não está fora de risco e apelou à calma.
O patrão do Governo eslovaco, baleado várias vezes na quarta-feira e submetido a cirurgias, “não está fora de risco de vida”anunciou em conferência de prensa o vice-primeiro da Eslováquia, Tomas Taraba, que indicou que as autoridades continuarão a atualizar o estado de saúde de Fico nas próximas horas.
O ministro do Interno, Matus Sutaj Estok, revelou que o responsável, que foi suspenso posteriormente o ataque, admitiu que o delito teve motivações políticas.
O governante revelou que o varão não pertence “a nenhum partido extremista, nem de esquerda nem de direita” e que era um ‘lobo solitário’ (um atacante que atua sozinho).
“A polícia eslovaca está a trabalhar numa versão única do ataque e o suspeito foi criminado de tentativa de homicídio premeditado”, disse Matus Sutaj Estok à prensa.
O ministro indicou que o suspeito disse seguir a “atentamente a situação política” e que indicou uma vez que razões para o seu ataque medidas do Governo de Ficono poder desde outubro do ano pretérito, a anulação do gabinete privativo do procurador, o termo do base militar à Ucrânia, a modificação do regimento da televisão pública e o retraimento do presidente do tribunal privativo.
“Estas são as razões por que [o autor] se opõe às políticas do atual governo e por isso decidiu tentar massacrar o primeiro-ministro, com quem não concorda politicamente. Os seus passos e decisões foram acelerados posteriormente as eleições presidenciais, tendo ficado insatisfeito com os resultados das eleições que decorreram há um mês” – nas quais foi eleito Peter Pellegrini, mais próximo ideologicamente de Robert Fico -, segundo Estok.
O responsável participou em “múltiplos protestos anti-governamentais, que foram organizados desde o ano pretérito”acrescentou.
O ministro fez reiterados apelos à calma “de todos: políticos, jornalistas e cidadãos”.
“Parem com as paixões elevadas”, pediu.
“Devemos afastar-nos de alguma coisa para que estamos a inclinar-nos lentamente: devemos afastar-nos de uma guerra social só porque somos incapazes de tolerar opiniões diferentes. A resposta ao ódio não pode ser ódio”, acrescentou.
O responsável do Interno dirigiu-se a “alguma prensa”que acusou de “dar espaço a políticos desesperados para espalharem as suas mentiras”, afirmando que assim contribuem “para polarizar a sociedade”.
Matus Sutaj Estok revelou ainda que a polícia está a investigar e vai levar à justiça 32 suspeitos que partilharam opiniões nas redes sociais, “na maioria dos casos a revalidar” o delito, acrescentando que há políticos, jornalistas e agentes das forças de segurança a receber ameaças.
“A esses heróis do teclado, avisamos que vamos atuar sem compromissos. Esta é a principal mensagem do Ministério do Interno e da polícia: todos devem pensar duas vezes sobre usar palavras fortes, desejar a morte a alguém, detrás da segurança do teclado no conforto das vossas casas”, sublinhou.
Robert Fico, de 59 anos, foi atingido no estômago por vários tiros, disparados junto da Moradia da Cultura, na cidade de Handlova, localizada sobre 150 quilómetros a nordeste da capital.
A polícia isolou o lugar e o suspeito foi suspenso.