Resultado da eleição na Argentina:

ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES, ARGENTINA — A eleição na Argentina vai para o segundo vez entre o peronista Sérgio Tamanho e o libertário Javier Miley. Com o progresso da apuração na noite deste domingo, 22, o resultado ficou matematicamente definido por volta das 22h. Com 98,5% dos votos apurados, Tamanho tem 36,48% dos votos e o libertário, 30,04%. Patrícia Bullrichde centro-direita, ficou em terceiro lugar, com 23,85% da preferência do sufragista.

O peronista dissidente Juan Schiaretti, da coalizão Façamos pelo nosso país, teve 6,82%, e Myriam Bregman, da União de Esquerda, ficou com 2,69%. Exclusivamente 2% dos eleitores votaram em branco e menos de 1% anulou o voto. O dia de eleição transcorreu com tranquilidade. O comparência, de 74%, foi o menor desde a redemocratização do país. Na Argentina, o voto não é obrigatório.

O resultado surpreendente, já que a maioria das pesquisas indicava Milei liderando e até mesmo com chance de vencer no primeiro vez, mostra a força do peronismo, sobretudo no interno do país e na província de Buenos Aires, decisiva em qualquer eleição por concentrar boa segmento da população do país.

Na província, Tamanho teve 42,8% dos votos contra 25,7% de Milei. Ele também obteve vantagens importantes no interno, em províncias porquê o Chaco, Santiago del Estero, Santa Cruz e Formosa, onde o domínio dos governadores peronistas é histórico e a população depende da assistência do Estado.

A grande incerteza será para onde vão os votos de Bullrich no segundo vez, marcado para 19 de novembro. Historicamente rival dos peronistas, sobretudo a partir da ingressão da família Kirchner, Bullrich também é mal vista pelos eleitores de Milei. Ainda que compartilhe com o candidato o rechaço à esquerda, Bullrich foi bastante atacada no primeiro vez. Ela venceu unicamente na cidade de Buenos Aires., onde teve 41% dos votos, seguida de Tamanho em segundo com 32% e Milei com 20%.

Milei mostrou força em províncias pobres do setentrião, porquê Salta e Jujuy, e em províncias médias do meio do país, porquê Santa Fé e Córdoba.

Tamanho, no exposição posteriormente a vitória de hoje, acenou ao meio e pediu união com a União Cívica Radical, rival histórica do peronismo que apoia Bullrich. “Precisamos erigir uma novidade lanço. Quero invitar todos que tem o poder de por um ponto final à teoria de devastação do outro a nos unir”, disse. “A polarização morreu.”

Milei, por sua vez, comemorou a chegada ao segundo vez e falou em “trabalhar junto” pela vitória, também em um gesto a Bullrich. “Todos que queremos uma mudança precisamos trabalhar junto”, disse.

Do lado de fora do QG de Milei, no entanto, o clima era de logro. Darwin Gimenez Martinez 21 e Loquaz Ojeda 24 se disseram decepcionados com os resultados. Esperavam que Milei ganhasse já no primeiro vez. Os dois estão confiantes que Milei ganha no segundo vez.

Para Roberto Burgener, 33, Tamanho saiu em primeiro neste vez por razão de uma campanha de pavor que teria promovido contra Milei. “Eles começaram a pegar vídeos curtos do Milei, com frases cortadas e muito antigas para fazer uma campanha de pavor”, afirma.

Sua amiga, Veronica Perini o lembra também das falas sobre o dólar. “Diziam que se o Milei ganhasse, o dólar ia explodir, as pessoas ficaram com pavor”, diz ao dar de ombros.

Milei votou no prelúdios da tarde, aos sons de parabéns pelo seu natalício e em meio ao intenso alvoroço provocado por seus apoiadores na ingressão da Universidade Tecnológica Pátrio, em Palermo.

Ali perto, Bullrich votou por volta de 13h, na Sociedade Rústico, também na região de Palermo. Ela votou rapidamente, em contraste com as primárias em que a candidata levou mais de 10 minutos para enunciar seu voto por dificuldades com o sistema.

O candidato do governo, Sergio Tamanho, votou mais cedo em sua cidade e reduto eleitoral, Tigre. Ali, ele afirmou que quem assumir em 10 de dezembro porquê novo presidente “terá inúmeros problemas para resolver”. Em suas redes, disse que o país precisa de previsibilidade.

O presidente Alberto Fernández votou pela manhã em Buenos Aires. Fernández frisou que foi feito o necessário para que o processo eleitoral decorresse em sossego. Sobre suas expectativas para o porvir da Argentina, o presidente afirmou: “Estamos em uma democracia. O que resolve o povo é o que resolve o povo.”